“Plafonamento vertical”? “Cenário macro-económico”?

As palavras da linguagem técnica e obscura do actual combate político, que o cidadão comum gostaria de ver trocadas por miúdos, como bem lembraram Pedro Lopes Marques e Pedro Adão e Silva na TSF hoje ao fim do dia.

Novamente, relação PSD/banca obriga os “contribuintes” a pagarem buraco

bes prejuizo

Depois de Cavaco Silva, Carlos Costa, Maria Luís Albuquerque e Pedro Passos Coelho terem, todos eles, afirmado solene e repetidamente que a solução que eles escolheram para o BES não teria impacto para os portugueses, ou para os “contribuintes”, como eles dizem, logo se começou a duvidar da seriedade das posições por eles assumidas.

Durante o último ano uma coisa e o seu oposto disseram sobre este assunto. A ideia de que, afinal, os portugueses seriam chamados a pagar o buraco do BES foi sendo sucessivamente trabalhada na opinião pública.

Este é o terceiro banco que, por mão do PSD, volta a ter o buraco das contas pago pelos portugueses. Primeiro foi o BPN e o BPP, bancos dos quadros do PSD e falido pelos quadros do PSD. O BPN foi nacionalizado pelo PS, para mal das nossas finanças, que viram um prejuízo privado transformado em prejuízo público. O BPP foi outro banco cujos prejuízos foram transferidos para o erário público. E agora é o BES, o qual pela mão do PSD e do CDS, volta a ser um banco no qual as trafulhices da família Espírito Santo estão prestes a ser pagas pelos portugueses.

Qual é a pressa, como perguntaria Seguro, qual é a pressa para vender o BES com tal urgência?

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Longe de mim defender Artur Baptista da Silva

…mas o que será mais grave? Aparecer na televisão, depois de enganar jornalistas, ou chegar a primeiro-ministro, depois de enganar um país?

Pontal: a manutenção da silly season

Na política, não existe silly season, porque a silliness está no leito e nas margens desse rio de cabotinos que nos arrasta, enquanto finge que nos governa apenas para inventar novos problemas, a acrescentar àqueles que a vida, de qualquer modo, nos traria. O Pontal, a festa do PSD, é um dos momentos altos da estação tolinha, previsível como o refrão qualquer música pimba. [Read more…]

Passos Coelho, o quinto gato fedorento

“Nestes nove meses, nós no Governo temos cumprido aquilo que prometemos”

Primeiro-Ministro contesta Passos Coelho

Já durante a campanha eleitoral, foi possível assistir a terríveis disputas entre Pedro Passos Coelho e o então presidente do PSD. Recentemente, já o Ricardo Santos Pinto pôde demonstrar que o actual Primeiro-Ministro tomou decisões contrárias àquilo que Pedro Passos Coelho tinha prometido. No discurso de ontem, o Primeiro-Ministro acabou por atacar o chefe do governo português, que, recentemente, defendeu a emigração dos desempregados:

Estou bem consciente dos problemas que tantos enfrentam, sobretudo o dos jovens que querem começar a realizar os seus sonhos e o daqueles mais velhos que, apesar do capital acumulado de saber e de experiência, se vêem afastados do mercado de trabalho. Uma sociedade que se preza não pode desperdiçar nem os seus jovens nem as pessoas que se encontram na fase mais avançada da sua vida activa.

Pela parte que me toca, devo dizer que já dei por mim a concordar, algumas vezes, com Passos Coelho, embora nem sempre tenha estado de acordo com o Presidente do PSD. Do Primeiro-Ministro discordo quase sempre, à excepção da última frase do seu discurso natalício. O facto de uma multidão ser a mesma pessoa já foi experimentado por um poeta com resultados fecundos e já deu origem a vários internamentos por razões psiquiátricas. Quando isto acontece com um governante, são os cidadão a beneficiar de tanta fecundidade e de parcos pagamentos.

O larápio volta a atacar


«Pedro Passos Coelho – Eu já ouvi o primeiro-ministro [José Sócrates] dizer, infelizmente, que o PSD quer acabar com muitas coisas, e também com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e isso é um disparate. Está bem?
Aluna – Pois, nós também achamos isso.
Pedro Passos Coelho – Isso é um disparate. Obrigado.»

Mais disparates deste homem disparatado no Best of Pedro Passos Coelho 2010 – 2011