As purgas que não te farei: uma história de perdão e estratégia, com Rui Rio e Nuno Morais Sarmento

Há purgas e purgas. E se foram por demais evidentes os ajustes de contas no aftermath das internas, reflectidos na construção das listas do partido à Assembleia da República, nem todos os opositores, desertores e/ou traidores foram tratados da mesma maneira por Rui Rio. Veja-se o exemplo de Morais Sarmento. Integrou a actual direcção desde o início, abandonou o barco após Rangel ter desafiado Rio para o duelo eleitoral, mostrou-se indisponível para voltar a integrar a direcção, recusou-se a apoiar o líder posto em xeque, colocando-o no mesmo patamar do “oportunista” que desestabilizou o partido na antecâmara das Legislativas, e agora, consumada nova vitória de Rio, não foi acossado ou alvo da vendeta do incumbente. Antes, foi premiado com a presidência do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD.

E porquê?

Porque, como em tudo na vida, nem todos os barões são iguais. Alguns são mais iguais que outros. E porque o spin, neste caso o do Robin Hood laranja, que tira aos notáveis para dar às bases, não passa disso mesmo: propaganda.

Passos Coelho com os dias contados na liderança do PSD

PPCMS

A foto em cima, por si só, já dava uma boa posta. Presumo tratar-se de um desses congressos opulentos financiados pelos nossos impostos e, para além do abraço, com a devida distância de segurança, entre Morais Sarmento e Pedro Passos Coelho, podemos ver todo um conjunto de barões na primeira fila, Aguiar-Branco relegado para a segunda linha com cara de poucos amigos e sem aparentemente aplaudir o que é que aquela gente toda aplaudia – talvez ainda ressabiado pela emboscada montada pela máquina de propaganda que levou Passos ao poder no PSD – e, mesmo ao lado do líder, se a vista não me engana, aquele ex-patrão do ex-primeiro que foi escolhido para elaborar o programa de governo apresentado pela caranguejola nas últimas eleições e que recebeu uns ajustes directos muito generosos do governo de Passos Coelho. Coisas para a posteridade. [Read more…]

RTP 2 fechada

O Governo dá um tiro à RTP 2 e talvez o faça também com a Antena 3.

António Borges disse: “É um serviço que custa extraordinariamente caro para uma audiência muitíssimo limitada.”

Lembrei-me agora do fim do Acontece com o Carlos Pinto Coelho em 2003… Morais Sarmento disse algo semelhante. O programa Acontece “chegou a ser o mais antigo jornal cultural da Europa e acabou depois de uma polémica com o ministro Morais Sarmento que afirmou que seria mais compensador oferecer uma volta ao Mundo a cada espectador”. Que coisa estúpida e triste de se dizer. A mim não me foi dada nenhuma viagem!

É mais um tiro que se dá na Cultura em Portugal. Já estamos sem ministério e agora mais esta machadada.

Aquela «audiência muitíssimo limitada» torna-se cada vez mais reduzida à medida que se vão tomando decisões políticas como esta.

O Governo terá com certeza outras alternativas mais «atraentes» e com qualidade…

Privatizar é o que está a dar.

Directas PSD #4:

Eu gosto mais de usar a seguinte frase: “Rabo escondido com o gato de fora“. Vejamos:

1. O famoso, pelas piores razões, António Preto apoia e colabora afincadamente com Paulo Rangel. Este não sabia. Nem eu.  Nem o Pedro Picoito

2. Morais Sarmento consegue ser, simultaneamente, árbitro e jogador. Alguém acredita que Aguiar Branco não consegue as assinaturas?

3. Call center de António Preto + Actores contratados = Ruptura

Sobre as eleições directas no PSD podemos sempre recorrer a uma conhecida frase publicitária: “Ele há coisas fantásticas”!

Adenda de última hora:

“Tome-se, só para exemplo, o caso da educação. Sócrates não teve pejo em apresentar como relatório da OCDE um estudo privado encomendado à la carte. Sócrates não hesitou em lançar os quadros interactivos perante uma plateia de estudantes simulada, composta por crianças contratadas. Sócrates nunca enjeitou a encenação, repetida dezenas de vezes, da distribuição de computadores Magalhães, que, no minuto seguinte, eram retirados aos alunos. Este padrão de comportamento diz tudo sobre a substância da política do PS.” Escrito por Paulo Rangel em 17/9/2009…

Freeport : há depósitos, cartas, mails, pagamentos…

Na Assembleia da República José Eduardo Moniz não só afirmou a sua convicção que Sócrates não poderia deixar de conhecer o negócio PT/TVI, como confirmou as constantes pressões políticas que sofreu enquanto Director-Geral da estação televisa e nisso envolveu Morais Sarmento do PSD.

Indicou mesmo o nome de vários jornalistas que teriam sofrido tais pressões e que ele, Moniz, foi pressionado para afastar vários jornalistas. Quando rebentou o escândalo Freeport tudo se tornou mais dificil, com as pressões a subirem de tom e as exigências de afastamento do “Jornal Nacional” das sextas feiras.

Ouvido durante mais de três horas na mais longa inquirição, Moniz não deixou os seus créditos por mãos alheias reafirmando o envolvimento do governo numa operação de controlo da comunicação social através do seu parceiro preferencial, os espanhóis da Prisa, que muito necessitados de dinheiro, se colocavam a jeito para prestarem favores políticos. Sócrates não se fez rogado!

José Eduardo Moniz reafirma o que Manuela Moura Guedes já tinha dito, há documentação na posse da TVI sobre o Freeport que não é publicado, exemplificando com cartas e mails entre os intervenientes, depósitos e a “pirâmide” dos pagamentos!

Faltam 429 dias para o Fim do Mundo

…e continua a divulgação da manifestação Pela Liberdade. Enquanto isso, a imprensa não se cala com o processo Face Oculta, com ambos os lados da barricada a esgrimir argumentos. Agora, comparar o nosso primeiro com Berlusconi e Chávez não lembra a ninguém. Excepto ao Sarmento (hei, malta, olhem para mim, eu estou aqui, allô directas) que teve o descaramento de insultar estas grandes figuras internacionais e exemplos de defesa intransigente da Liberdade de Imprensa. Que maldade!

Por falar em maldade: a ERC está a pensar chamar o PM!!!

Por último, hoje é dia de bola na segunda circular e se uns se calam outros falam pelos cotovelos.