Saída limpa? Vai um BANIF para debaixo do tapete.

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“Estou consciente que tempo adicional foi repetidamente dado para que o banco [BANIF] endereçasse os problemas. Isto foi motivado por considerações de estabilidade financeira e, recentemente, por considerações de não colocar em perigo a saída do país do Programa de Ajustamento Económico.” Margrethe Vestager, Membro da Comissão Europeia, 12 de Dezembro de 2014, via TSF

Preto no branco, a Comissária afirma que o problema do BANIF não foi resolvido para não estragar a saída limpa. Houve um conluio entre a CE e o Governo Português, de Passos Coelho/Paulo Portas, para fabricar um sucesso que não era real. Com que objectivo? À CE interessava ter um caso em que a austeridade tivesse “funcionado” e o governo construiu uma teia de medo/sucesso baseada nesta falsidade. Medo reflectido no, ainda hoje, usado pregão “não estraguem” e sucesso ficcionado com argumentos inventados.

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Justiça à medida: o mecanismo de Resolução de Litígios entre Investidor e Estado (ISDS)

ISDS

O mecanismo ISDS é um dos elementos mais controversos do previsto Acordo Transatlântico sobre  Comércio e Investimento (TTIP) e está incluído no texto já finalizado – mas ainda não ratificado – do Tratado de Livre Comércio e Investimento entre a UE e o Canadá (CETA). Mas afinal, porque tem sido este um dos cavalos de batalha dos veementes e abrangentes protestos europeus contra o TTIP?

O Investor-State Dispute Settlement (ISDS) foi incluído pela primeira vez no acordo assinado entre a Indonésia e a Holanda, em 1968; trata-se de um instrumento de direito internacional privado, inicialmente criado para proteger investidores, em países politicamente instáveis e corruptos, de imposições aleatórias desses governos aos investidores, nomeadamente de expropriação. Para tal, o ISDS outorga a investidores estrangeiros, sediados num estado aderente ao acordo, a possibilidade de recurso privilegiado a um tribunal de arbitragem privado. [Read more…]

Novo governo, velha solução…

 

BanifMais um problema no sistema financeiro, desta vez o Banif. Estou-me completamente nas tintas para as responsabilidades do anterior governo, politicamente foi julgado nas urnas, perdeu a maioria, já não existe. Se existirem responsabilidades cíveis ou criminais, a coisa muda de figura, tem a palavra a Justiça. O novo governo liderado por António Costa, certamente aconselhado pelo Banco de Portugal que não conhece outra cartilha, opta pela solução do costume, pagam os contribuintes. Este também é sistémico? Para quando uma falência?

Há sempre alguém disposto a ceder…

O desmoronamento do antigo regime segue dentro de momentos

Passos Rajoy

Passos Coelho continua ressabiado, por muito que tente convencer o país do contrário. O seu desprezo pela democracia representativa é evidente e o acantonamento à direita para onde empurrou o PSD parece indicar aquilo que muitos desconfiavam: Passos Coelho estaria mais confortável na liderança de um regime autoritário, cinzento como ele, que pudesse, sei lá, suspender a democracia durante uns meses. Como o seu amigo e companheiro no PPE, Viktor Orbán.

Vem isto a propósito da reacção do líder do PSD aos resultados das eleições de ontem no país vizinho, expressa numa mensagem enviada a Mariano Rajoy:

Quero felicitar-te vivamente pela vitória eleitoral alcançada nas eleições gerais. Espero, sinceramente, que a vontade dos eleitores espanhóis possa ser respeitada e que, nessa medida, possas ser bem sucedido na formação do novo governo.

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Banif: a força de acreditar (num esquema envolvendo TVI, Grupo Prisa e Santander)

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É interessante que toques nesse assunto Jorge. Não deixa de ser curioso que tenha sido a TVI a lançar o pânico sobre o hipotético encerramento do Banif na semana passada, levando a uma queda abrupta do seu valor em bolsa, quando a TVI é propriedade do grupo espanhol Prisa, que tem como accionista de referência o Banco Santander, o mesmo que ontem adquiriu, pelo habitual preço de saldo, a posição do Estado no Banif. Que conveniente! Não fosse eu tão profundamente crente nos princípios éticos que, como bem sabemos, norteiam a acção da sacrossanta banca, e ficaria tentado a conspirar. Haja força para acreditar!

Banif

Tanta pressa que o governo de Passos Coelho tinha em vender o NOVO BANCO e é o BANIF que vai primeiro. O problema vinha de 2013. Falta saber porque é que foi empurrado com a barriga.

Quanto aos danos causados pela TVI, quem é que ganhou com o pânico intencional? Qual foi a fonte da “notícia”?