Entre o purgatório e o inferno, Ferreira Leite jogou pelo seguro

O “caso” Pedro Passos Coelho seria – é – um pau de dois bicos para Manuela Ferreira Leite. Dizendo não à inclusão do seu ex-adversário interno nas listas para a Assembleia da República, a líder do PSD arrisca críticas internas e externas, acusações de revanchismo político e vingança pessoal. Além de ‘comprar’ um confronto com a distrital de Vila Real.

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Com as primeiras possibilidades pode ela bem. Com a segunda sabe que terminará em breve, em nome da famosa “união” em vésperas eleitorais. E se ganhar as eleições serão águas passadas.

Dizendo sim, seria meio caminho andado para abrir as portas do parlamento e dos deputados ‘laranja’ a um fantasma político que faria marcação cerrada à sua liderança. Ganhe ou perca as legislativas.

Entre o purgatório e o inferno, Ferreira Leite jogou pelo seguro e deixa de fora Passos Coelho. Seguiu o caminho mais simples para a sua estratégia de curto e médio prazo. Quanto ao longo, logo se vê.

Nota: Que favores precisa Manuela Ferreira Leite de pagar para integrar António Preto, o homem da mala cheia de notas, na lista de candidatos? O homem é acusado de falsificação e fraude fiscal num processo que tem contornos políticos. Até eventual condenação em tribunal, está inocente, já o sabemos mas o bom-senso aconselha cautela. A líder do PSD resolveu ignorar. Aqui não jogou pelo seguro.

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