O racismo espreita agora com a morte do líder da extrema direita branca que foi ontem a enterrar. E não escolhe povos, nem cores, nem países. Durante muitos anos os brancos num país africano de maioria negra, constituiram o “apartheid” como política, afastando os negros da governação, da justiça social e da sociedade. Hoje assistimos ao contrário, são os negros que dominam o poder e segregam a população branca, que constitui 10% dos 49 milhões de pessoas que habitam o país.
O Mundial de Futebol, que decorre no próximo mês de Junho, na África do Sul, desperta velhos ódios que Mandela apaziguou mas não resolveu.
Aquela gente branca não tem a governação mas tem o poder do poder. Com Mandela não houve incineração, apenas se tapou o lixo com a manta. Agora os ódios branco e negro começam a ser destapados.
Tenho dúvidas que haja ameaça ao Mundial, além da retórica inflamada do momento. O Mundial é um grande negócio e os brancos ainda dominam grande parte dos grandes negócios. Não devem ter vontade de estragar as coisas.