Há uma ironia profunda na ideia de, chumbado o orçamento, António Borges se transformar no ministro das Finanças de Sócrates, disfarçado de responsável do FMI. É a ironia de se comprovar que o bloco central existe, e nos governa desde 1976.
Dantes chamava-se a isto golpe de estado. Para o pior, e com nada de melhor, Sócrates venceu umas eleições que o PSD perdeu.
Isto para mais tarde, claro, que ainda falta a abstenção patriótica, ou o Paulo Portas salvador da nação.
Tudo isto está cada vez mais a parecer-se com as quezílias Hintze/José Luciano.