Defesa da honra?

Isto arrastou-se durante quase uma hora, antes de começarem a trabalhar. Defesa da honra!? Qual honra?


Na Sexta-feira passada, na Comissão de Economia e Obras Públicas, assistimos a um triste espectáculo por parte de alguns deputados.

Tivemos o PS, com uma atitude de miúdo traquinas, sem qualquer contributo de substância, mas também sem fazer qualquer tipo de pergunta incómoda. Consciência pesada?

A deputada do PEV perferiu indignar-se em vez de obrigar o ministro a falar on the record.

Os deputados do PSD e do CDS-PP, envoltos que estão pelo campo de distorção da realidade que afecta os deputados dos partidos do governo, ficaram-se por alguns louvores ao governo actual e criticas ao anterior – tudo coisas inócuas.

Por outro lado, a prestação do ministro também não foi muito brilhante. Nunca se comprometeu, dando respostas vagas e, especialmente, sem apresentar o Plano Estratégico de Transportes – motivo que o tinha levado Parlamento. Coisa espantosa! Até o presidente fez confusão:

Salvaram-se algumas intervenções do PCP e do BE. Destaco destas a do Deputado Agostinho Lopes do PCP, infelizmente, neste caso como noutros nesta audição, as respostas foram absolutamente inconclusivas.

Pode-se descarregar o vídeo da audição (4 horas) e outros documentos, directamente da página desta audição. As linhas orientadoras do ministro, não servem para nada.

É com algum incómodo medo que espero pelo verdadeiro Plano Estratégico de Transportes…

Comments

  1. Tenham medo, muito medo!
    As linhas orientadoras parecem um trabalho do secundário das novas oportunidades, fraquinho.
    As dívidas das estradas serão em 2034 superiores a 20.000.000.000€, as receitas previstas nas portagens como já todos sabiam são irrelevantes. Haverá rede de estradas em 2034? Quanto custará o gasóleo daqui a 20 anos?
    No transporte de passageiros, enfoque nos números da oferta em relação à procura. Notem que um metro com todos os assentos ocupados e sem passageiros de pé tem ocupação de 40% nas estatísticas, e para circular num sentido com ocupação plena é de esperar que no sentido inverso circule muito menos cheio, porque nos tentam baralhar com números “aparentemente” desconcertantes mas que nada representam? O que importa é quantos passageiros viajam, e quanto custa o serviço.
    No Porto, descobriram em choque que o metro tem percursos coincidentes com os autocarros. Se o metro anda sempre lotado, que querem que se faça?!
    Sobre os custos com pessoal, quantos desses funcionários são necessários à operação dos serviços e quantos são “quadros” e “chefias”(vulgarmente chamados “Boys”)?
    Sobre o endividamento do sector, é culpa dos passageiros? Porque se fazem tantos “elefantes brancos” com recurso ao crédito, que pouco ou nada melhoram o serviço de transporte?
    Haja rigor.

  2. Carlos de Sá says:

    O ministro Álvaro esteve vários anos emigrado; é natural que não saiba rigorosamente nada do País que se dispôs governar.
    O ministro Álvaro, era, até há cento e poucos dias atrás, professor de economia; segundo um reputado economista francês, a ciência económica não tem mais rigor científico do que a astrologia.
    Portanto, tínhamos todos a ganhar se a pasta tivesse sido ocupada pela Maya: sempre esteve por cá, e faz umas previsões muito jeitosas…

Trackbacks

  1. […] dessas ideias foi comunicada pelo ministro Álvaro numa audição parlamentar de triste lembrança, nas chamadas linhas orientadoras do PET, no oitavo slide, pode-se […]

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