Dominicanas de todo o mundo, uni-vos

O Colégio de S. José, em Coimbra, vai fechar. A crise toca a todos, e as freiras da Ordem Dominicana de S. Catarina de Siena não conseguem dar conta dos recados, tendo optado por concentrar recursos humanos nos colégios do Restelo e do Ramalhão, o resto é paisagem. O erário publico sempre pode poupar uns trocos, em Coimbra tinham o contratozinho de associação da praxe.

Deixo aqui a minha solidariedade com estas trabalhadoras vítimas de mobilidade forçada, sujeitas como estão a voto de obediência, por vezes ainda mais doloroso do que o da castidade (“de todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência“, rezava o Millôr Fernandes). Valha-lhes Catarina de Siena, santa padroeira da anorexia e madrinha desta cura de emagrecimento.

Comments

  1. Tito Lívio Santos Mota says:

    culpa teve quem deixou estas parasitas voltarem a Portugal.
    Culpa tem quem nunca teve a coragem de fazer o que D. Pedro IV lhes fez.
    Dar-lhes um pontapé no cu.

  2. LUCINO DE MOURA PREZA says:

    De maneira alguma quero entrar em polémicas com quem está embuído em tertúlias nem muito menos ter a veleidade de saber mais do que aqueles que têm uma “tarimba” muito grande no mundo da política. Certo é que, tendo-me licenciado num curso de ciências, ainda tenho na memória que quem expulsou as ordens religiosas de Portugal foi o Marquês de Pombal motivados por varídissimos atropelos à verdade junto da Stª. Sé e, não o pachorrento D. Pedro IV, Pedro I ( Imperador do Brasil) depois das guerras liberais com o seu irmão D. Miguel. Mas, vamos ao que interessa, sabendo de antemão que todos os colaboradores deste magnífico blog me irão cair em cima pelas diversas divergências que irei expor. Magnífica construção, no coração de Lisboa, deve-se aos Jesuítas: Colégio de Campolide. Gloriosas raízes cheias de tradições. Encerrou as suas portas em 1910 com implantação da república. Peço o obséquio de ler a história dos colégios fundados pelos jesuítas quer em território Nacional quer, na Bélgica e Espanha. Mas, ainda os construídos fora da Europa pricipalmente, no Brasil, México, etc., etc..
    De 1912-1914, fechado o colégio de Campolide, os jesuítas construíram o colégio Jette Saint-Pierre, na Bélgica o qual foi encerrado devido a 1ª.Guerra Mundial.
    1914-1916 De novo a coragem, a abnegação e o querer dos jesuítas inauguraram o colégio de Los Placeres, em Espanha, em frente a Caminha por, obviamente, estar a meia porta com Portugal onde, os reconhecidos méritos dos jesuítas na educação dos filhos dos portugueses, na metodologia e responsabilidades era, sobejamente conhecida na formação dos alunos.
    1932 até aos dias de hoje, encontra-se em funcionamento o célebre Institutto NunÁlvres em homenagem a D. Nuno Alvres Pereira. Leiam por favor o vasto currículo deste magestoso e famoso colégio. De novo em Lisboa, fundam o prestigiado Colégio S. João de Brito. A Universidade Católica espalhada e conhecida pelos seus méritos por todo o Mundo.
    Outras Ordens religiosas fundaram muitos e famosos colégio tais como: As Doroteias, Sagrado Coração de Maria, O Colégio Salesiano, etc.etc..
    Perdoai Senhor a estes escribas que muitas vezes somente escrevem para confundirem mentes mal informadas.
    Tenho a consciências tranquila daquilo que escrevi por experiência própria.


  3. Coimbra ficou mais pobre.
    http://colegiosjosecoimbra.com.sapo.pt/

    Onde se instalam, estas irmãs criam comunidades de ajuda a pessoas com grandes necessidades.
    http://www.dominicanas-scs.pt/congregacao/presenca/Europa


  4. #2 O Marquês expulsou apenas e só os jesuítas. As ordens religiosas foram em boa hora extintas pelo meu ilustre conterrâneo Joaquim António de Aguiar. Falamos de acabar com a miséria imensa que aquilo foi, nomeadamente o enorme presídio de mulheres a quem não se arranjava casório. Acreditar que as freiras o era por vocação é pura ingenuidade.
    Que hoje prestam serviços sociais relevantes? no caso de algumas ordens, sem dúvida. Mas não meto nesse saco o péssimo serviço que prestam à educação, misturando-a com proselitismo religioso. As crianças têm o direito de escolha, a religião não pode ser imposta pelos seus pais.
    Os jesuítas foram criados na contra-reforma, e representaram durante séculos o mais retrógrado pensamento anti-ciência e anti-progresso. Pombal expulsou-os porque se opunham a várias reformas, nomeadamente no ensino. Hoje, note-se, são comparativamente o contrário disso dentro da sua religião, e são perseguidos pelos novos dominicanos, com Ratzinguer à cabeça.
    Já agora, essa do “todos os colaboradores deste magnífico blog” não tem pés nem cabeça. Tenho o prazer de escrever aqui ao lado de monárquicos e católicos. No Aventar levamos 3 anos de pluralidade, e com muito orgulho.

  5. Paulo Fonseca says:

    Caro José João Cardoso

    No seu comentário diz: “As crianças têm o direito de escolha, a religião não pode ser imposta pelos seus pais.”. Isto aplica-se só à escolha de uma religião ou também à generalidade da educação da criança?

    Paulo Fonseca


  6. Religião, política, sexualidade…

  7. LUCINO PREZA says:

    JJC: muito obrigado pelas suas dicas. Efectivamente quando estudante do colégio de S.Pedro, em Coimbra, lembro-me muito bem do nosso professor de história nos ter falado dum tal: MATA FRADES, mas não fazia ideia de que o mesmo era seu conterrâneo. Pelo lapso, peço-lhe imensas desculpas. Sobre o novo Papa, Ratzinguer não é um papa do meu agrado por estar, dizem às más línguas, conectado com o nazismo.
    Muito do que escreveu no seu comentário, não estou minimamente de acordo pois, a educação eclesiástica não foi, assim, tão má como pinta no seus ditos.
    Para mais, dou-me muito bem com todas as religiões desde que, não entrem no campo do radicalismo e do terrorismo. Lidei com muitas e, tratei-as como se fossem católicos. Perante Deus, são meus irmãos e, para que eu seja respeitado, terei que me dar aos respeito e aceitar a fé e o credo de cada um.
    Sinceramente, quando você chegar a minha idade, faço votos para que retenha em sua memória muito daquilo que aprendeu há mais de 60 anos.
    Chama a atenção para um escrito que está apenso ao seu comentário: * todos os colaboradores deste magnífico blog* não tem pés nem cabeça… Sabendo que existem colaboradores que se exprimem melhor que outros, não acha que este é um maravilhoso blog?. O que tem de errado?
    Sei que no antigamente e ainda hoje se pratica nos meios eclesiasticos aberrações que não se deveria cometer perante crianças e deficientes, seres inocentes… É a isto que que se quer referir quando fala do papa BentoXVI? Refere-se ao que escreveu: *RELIGIÃO, POLÍTICA, SEXUALIDADE?…
    Também sei de histórias infelizmente mutio tristes de pais a obrigarem seus filhos a seguirem a vida eclesiàstica… Assim como quando uma jovem não tinha predicatos para se casar, o caminho da mesma era, um convento. Sei que muitos que não tinham dinheiro para comer ou para estudar, abraçavam o catolicismo ou, na melhor das hipóteses, a tropa.
    São outros tempos. Contudo, ainda hoje muitos e muitas vão para os seminários e conventos, por devoção a Deus. Nem todos nasceram em berços de ouro… A que separar o trigo do joio….


  8. Joaquim António de Aguiar nasceu em Coimbra e não matou nenhum frade. Limitou-se a devolver à nação o que era da nação, convém recordar que até ao séc XIX a religião e o dízimo eram obrigatórios. Claro que depois, no processo de privatização dos bens das ordens religiosas, houve o que há sempre, apropriação por interesses privados. Mas sempre nos livrámos dos crúzios, gente muito interessante mas que na prática era dona de Coimbra.

  9. LUCINO DE MOURA PREZA says:

    Deus me livre pensar que o Joaquim António de Almeida matava frades para o seu almoço e criancinhas para o jantar por serem menos indigestas…. Somente recapitulei através de si uma passagem da história de Portugal que, *já se me tinha varrido da memória*.
    O dízimo era obrigatório.. não o nego… mas tudo na vida tem um fim e tudo na vida sofre evoluções… Veja o que sucedeu com a evolução do próprio homem ao longo destes milénios todos.Claro: quem pagava sempre as favas quando o País não tinha dinheiro (como agora), era o povo e as ordens religiosas. O que sucedeu com os cruzados no tempo dum rei francês?… Como este devia muito dinheiro aos cruzados, arranjou tamanha tempestade de modo a não pagar as suas dívidas, torturando-os e matando-os. Somente se salvaram alguns que, fugindo para Portugal, constituíram a Ordem dos Templários em conjunto com os cruzados portugueses.


  10. Deixe de fantasiar com os templários: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Templ%C3%A1rios

  11. LUCINO DE MOURA PREZA says:

    1º. QUERO PEDIR DESCULPAS PELO MEU GRANDE LAPSO. PRETENDIA ESCREVER JOAQUIM ANTÓNIO DE AGUIAR E NÃO DE ALMEIDA.
    2º. – SE ESTOU A FANTASIAR COM OS CRUZADOS E COM OS TEMPLÁRIOS, COMO GOSTA QUE LHE FAÇAM AS VONTADES OU IRMOS ATRÁS DO QUE DIZ, MANDE RISCAR TUDO DA HISTÓRIA UMA VEZ QUE, EM VEZ DE SER HISTÓRIA PASSARÁ A SER ESTÓRIA.
    NÃO É PRECISO DAR-ME O SITE DA WIKIPÉDIA PORQUE, SEI PROCURAR NESSE SITE TUDO QUANTO ME INTERESSA.
    FIQUE COM A SUA QUE EU FICAREI COM A MINHA, CONTUDO SEM SER PELA WIKIPEDIA, TENHO MUITOS RELATOS SOBRE OS CRUZADOS E TEMPLÁRIOS. POR FAVOR: A SUA CHAMADA DE ATENÇÃO ESTÁ A CLASSIFICAR-ME DE IGNORANTE, MAS QUAL DOS DOIS SERÁ MAIS?…


  12. Neste momento estou a classificá-lo de ignorante e mal-criado. Aqui não se berra, debate-se, a menos que tenha a tecla do caps lock avariada, vá aprender o que significa o uso de maiúsculas na net e depois apareça.

  13. LUCINO DE MOURA PREZA says:

    Sei todas as regras da internet e, fiz de propósito para lhe chamar o que me está a chamar. Berrar é um termo que se aplica aos irracionais e, além do mais, sei muito bem que aqui se debate temas muito interessantes, mas você deve-se julgar por ser conimbrecense, uma pessoa intelectual ou menino birrento que não gosta que o contrariam.


  14. Berrar também se aplica aos que elevando a voz tentam demonstrar a razão que não têm. Está ao nível de quem acredita nas patranhas místicas sobre os Templários. E sim, aqui debatem-se temas com quem se sabe comportar como um adulto. O recreio dos meninos é noutro lado.

    • Tito Lívio Santos Mota says:

      Portugal é um estranho país onde o facto de a seita franquista fazer prédicas todos os anos, dias a fio de Maio a Outubro em horário nobre na RTP, não escandaliza ninguém.
      Um país onde êxtases místicas com mulheres a rebolarem por escadas de Basílicas e santuários, aos gritos, e homens de joelhos esfarrapados em nome de Deus, são considerados como “manifestações legítimas de fé”.
      Um país onde fazer escolas é esbanjar dinheiro mas desviar 80 milhões dos cofres do Estado para uma basílica, via CARITAS, são coisas que não importam nem ao menino Jesus.

      Um país que falam de véus islâmicos quando ainda não soube acabar com os que tem nas suas aldeias. Mesmo se até a própria Igreja Católica já não obriga as mulheres a ir de véu à Novena.

      Um país onde dizer que beatas chupistas do dinheiro alheio, em nome da educação de meninos, merecem um pontapé no cu, é um escândalo mas se acha muito mal a existência de escolas corânicas sem saber que são exatamente o mesmo tipo de coisas.

      Um país com lei de separação da Igreja do Estado e onde apenas 15% da população frequenta a missa dominical, mas onde se continua a fazer de conta que todos são Católicos apostólicos romanos sem exceção.

      Um país onde se pode dizer o que se quer de todas as religiões, tratar um ateu de Herético, fariseu e tudo o que passar pela cabeça mas não se pode denunciar a atitude da Igreja Católica em relação à SIDA, homossexualidade, casamento, pedofilia, etc. sem se ser insultado por uma horda de beatos que nem católicos sabem ser.

      Eu fui criado por uma avó que fazia as 5 rezas da praxe (comuns aos católicos e aos muçulmanos, sim, sim) acreditava na vida dos santos e pensava que os judeus não eram uma religião mas gente “muito má” que viveu “no tempo dos reis” e matou Jesus Cristo (que também ignorava ter sido judeu e até rei deles).
      Só que sabia o papel da Igreja no regime do Salazar e a hipocrisia que reina na padralhada. O que a levava a ir à Igreja de preferência fora da hora da missa para poder “estar à vontade com Deus”.
      O que faz com que eu continue a ter um milhão de vezes mais respeito por ela e pelas pessoas como ela que por todos os beatos censores de Portugal e arredores.