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O sexismo da Porto Editora já vem de longe

Dicionário da Língua Portuguesa, editado em 1986, Porto Editora
O João Mendes trouxe o texto do Ricardo Araújo Pereira (RAP) no qual se demonstra que, afinal, os cadernos não eram assim tão sexistas como se apregoou. E que o trabalho jornalístico à volta da questão deixou muito a desejar. Na verdade, os meios de comunicação social pegaram numa montagem de duas páginas para, a partir delas, tecerem ilações. E, por fim, a Comissão para a Igualdade de Género (CIG) laureou-se de poderes censórios e, “por orientação do Ministro Adjunto”, Eduardo Cabrita, recomendou à Porto Editora, que “retire[retirasse] estas duas publicações dos pontos de venda”.
RAP desmontou a questão, no programa Governo Sombra, implacavelmente e com graça, conforme se pode visualizar no vídeo seguinte. [Read more…]
“Portugal 74-75” – O retrato do 25 de Abril
Um excelente documentário com a assinatura de Joaquim Furtado, José Solano de Almeida, Cesário Borga e Isabel Silva Costa – RTP
Faz todo o sentido
Isto faz sentido porque vivemos num país onde as reformas mínimas são exorbitantes, o desemprego é baixíssimo e só vive mal quem quer.
O futebol é uma coisa estranha
No jogo Bayer Leverkusen – Borussia Dortmund, perante a teimosia do treinador do Leverkusen em não sair de campo, depois de ter sido expulso, o árbitro chateou-se e foi embora.
E só descobriram isso agora?
“O principal factor de morosidade nos tribunais está relacionado com a falta de funcionários judiciais, aponta o Conselho Superior da Magistratura no relatório anual de actividades relativo a 2014/15.” [Público]
E só descobriram isso agora?
Os oficiais de justiça sempre foram os parentes pobres da justiça. Quer em termos de vencimentos, quer de progressões na carreira. Enquanto as carreiras dos oficiais de justiça foram congeladas, nas dos juízes e procuradores sempre houve progressões.
Mas se não forem os oficiais de justiça a colocarem os processos nos gabinetes e a dar cumprimento aos despachos os processos ficam parados. Infelizmente o poder não quer saber e a opinião pública desconhece.
Devia morrer-se de outra maneira
(foto do FB do próprio datada de 2 de Outubro de 1978)
Para o José João Cardoso, um poema do José Gomes Ferreira.
Devia morrer-se de outra maneira
“Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados,
fartos do mesmo sol, a fingir de novo todas as manhãs,
convocaríamos os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer:
“Fulano de tal comunica a V. Exa. que vai transformar-se
em nuvem hoje às 9horas. Traje de passeio”.
E então, solenemente, com passos de reter tempo,
fatos escuros, olhos de lua de cerimónia,
viríamos todos assistir à despedida.
Apertos de mãos quentes.
Ternura de calafrio.
“Adeus! Adeus!”
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes…
primeiro, os olhos… em seguida, os lábios…
depois os cabelos… a carne, em vez de apodrecer,
começaria a transfigurar-se em fumo…
tão leve… tão subtil… tão pólen…
como aquela nuvem além vêem?
Nesta tarde de Outono ainda tocada por um vento de lábios azuis…”
E já fazíamos outro
“Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado.
Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos.
Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos!
De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto.
Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!”
Salgueiro Maia, 24/04/1974
Dia da Mãe
(Almada Negreiros, Maternidade, 1935)
Carregam na barriga, mas é no coração que os ou nos guardam.
São chatas. Impõem regras. Obrigam a fazer, mas fazem também.
Lavam, limpam, varrem. Os lixos e o que nos vai na alma.
Correm para a frente para dar o exemplo, e levam os filhos atrás.
Contam histórias dos livros, outras constroem-nas, por analogia, para o que é amargo de dizer.
Controlam, mas fingem nada saber quando, em torrente, os filhos despejam o que os atormentam.
Ser mãe é ter a profissão mais completa e complexa que existe.
E as nossas são sempre as melhores.
O que seriam os nossos mundos sem elas?
O que seriam os mundos dos nossos filhos sem nós?
Um feliz dia a todas as mães e a todos os filhos que sabem sê-lo.
Memórias do meu Abril
Há 40 anos vivia num aldeia da zona oeste, num vale assente entre montes, onde só ia quem tinha que ir, pois não era zona de passagem. E esse isolamento sentia-se na mentalidade das pessoas, fechadas sobre si próprias, sobre o trabalho nos campos, ao ritmo da migração da geração mais nova para a zona da Grande Lisboa e sobre a vida uns dos outros. Os homens usavam um barrete preto com uma borla na ponta, que servia também para guardar o tabaco e as poucas moedas que tinham disponíveis para o dia a dia, as mulheres vestiam-se de escuro, e na hora da missa usavam véu sobre a cabeça.
A vida das mulheres resumia-se à casa, a lavar no chafariz (já que água canalizada era uma miragem, tal como a luz eléctrica em muitas delas) e a alguns pequenos trabalhos no campo. Era o Portugal do “respeitinho é muito bonito” e o homem é que mandava na casa, na mulher e nos filhos.
Os meus pais eram muito jovens, na casa dos 20 quase à beira dos 30, mas tinham já feito uma incursão pela estranja. Meu pai tinha emigrado primeiro, com uma das famosas autorizações de Salazar, depois de ter passado 31 meses, em Alto Moloqulé, em Moçambique, em plena zona de guerra, onde vira morrer muitos dos seus camaradas. Primeiro partira ele, com contrato de trabalho, mas sem casa. Mais tarde juntar-se-ia a minha mãe e, só tempo depois, tinham voltado para me vir buscar.
O amargo sabor de um chocolate quente
E se lhe oferecessem um chocolate quente quando faz compras num Centro Comercial, aceitaria? E se esse chocolate fosse tão amargo, que fosse impossível de beber, como o é a vida das crianças que trabalham nos campos de cacau na Costa do Marfim, conseguiria ficar indiferente?
Numa iniciativa da Getinspirit, uma organização de sensibilização para o flagelo do trabalho infantil na Costa do Marfim, foi feita, há uns dias, no Oeiras Parque, uma prova, sem que os visados soubessem o que iam provar. As reacções estão espelhadas no vídeo.
Um bilhete de avião para o Passos Coelho
O Movimento Irrevogável tentou hoje, oferecer um bilher de avião a Pedro Passos Coelho, para um destino à sua escolha .
O objectivo, segundo o lider do movimento, é que o Primeiro Ministro «faça aquilo a que vem obrigando os portugueses e emigre para longe».
Aconteceu em em Santa Maria da Feira.
Que pena ter entrado por uma porta secundária e o bilhete ser apenas simbólico.
Percorre 10 km a pé para levar filha ao médico
Isto é para quem diz que temos estradas boas demais, sem utilidade alguma e governa no conforto dos gabinetes esquecendo que o país real não é só o Terreiro do Paço
Crato e os Sindicatos
Para Ministro da Educação os Sindicatos fazem “uma oposição sindical quase soviética”
Há coisas muito estranhas no futebol
O jogo de futebol do Campeonato Distrital de Coimbra, entre o Vigor e o Poiares, acabou aos 65 minutos, depois de o árbitro ter expulso 6 jogadores do Vigor, num jogo que, segundo a Antena 1, “não foi nenhuma batalha campal”.
Segundo relatou na Antena 1, o Presidente do Vigor da Mocidade Clube de Coimbra, o “árbitro deve ser um psicopata”, pois segundo afirma, não houve qualquer problema no jogo e tudo não passou de “coisas” entre árbrito e jogadores.
O futebol tem coisas muito estranhas!
Nota: Esta é a minha primeira colaboração como “Aventadora” e não como convidada.
E este post não significa que os “futebóis” sejam um dos meus temas de eleição, mas a este não consegui resistir pelo estranho e caricato da situação.
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