A frase é da ministra da saúde, ouvida no noticiário de hoje às 13h, na SIC. Podia tê-la concluído depois das duas primeiras palavras. “Nunca pensámos”.
Então não pensaram que era preciso planear? Não tinham já visto o que aconteceu em Itália? Ou na Espanha? Ou em muitos outros países?
Se não pensaram no que poderia acontecer, quem quem é que ia pensar? Recebem um belo salário ao fim do mês para quê? Para vir dizer que não fizeram o que deveriam ter feito?
Desde o início da pandemia que assistimos a uma gestão política da coisa, em detrimento do planeamento e execução. Exemplos? Vejam-se os computadores prometidos para a educação há meses e que só tiveram a compra adjudicada em fim de Janeiro, depois do caos se ter instalado. Ou a constatação de que não existe um plano de vacinação, quando se sabia desde o início que haveria uma vacina. Ou, ainda, as conferências de imprensa diárias que foram actos de propaganda quando poderiam ter sido momentos instrutivos.
Portanto, Sra. Ministra, se não pensou, pensasse. Se não o sabe fazer, dê o lugar a quem sabe.
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