Grow a pair, Dr. Fauci

Não sou (nem preciso de ser) negacionista, e sei, como qualquer indivíduo com mais de três neurónios, que na China a transparência é uma ficção. Mas de que país é mesmo a Pfizer, que lançou uma vacina para o mercado sem a testar na prevenção só contágio, apesar de garantir que o prevenia? Grow a pair, Dr. Fauci.

A verdade (III)

O título deste artigo poderia igualmente ter sido no sentido oposto. Por exemplo “Médicos defendem não existir evidências científicas para recomendar vacinas aos menores saudáveis.”

Além do presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica, bastaria ter também pedido um depoimento ao pediatra Olavo Gonçalves para que houvesse igual número à favor e contra.

Foi uma opção. Da série «A verdade? Primeiro vem o que as pessoas querem ouvir, depois o que elas acreditam e a seguir tudo o resto. Só depois vem a verdade.»

Vacinar crianças e adolescentes??

[Olavo Gonçalves, Médico Pediatra, Novembro de 2021]

Face à publicidade intensiva dedicada às vacinas para o SARS-CoV-2 nos media dos últimos dias, tenho afixado no meu consultório o documento que tomo a liberdade de enviar-vos em anexo [copiado em baixo], em resposta à questão específica colocada por vocês sobre os vossos filhos.

Agradeço que leiam e vejam que para uma doença que afecta gravemente em especial as pessoas de mais de 60 anos, que representam desde sempre cerca de 96% dos óbitos (98,6% com mais de 50 anos), em vez de mais atitudes para melhorar seu atendimento e sobrevida (não basta vacinar), decidiram vacinar: crianças e adolescentes, que praticamente não têm hipótese de ficar gravemente doentes ou morrer, os poucos que ficam doentes a Pediatria trata sem dificuldade, sem que nenhum estudo tenha sido publicado de eficiência das vacinas ( só dizer que produzem anticorpos poucas semanas depois, não é suficiente), não evitam que transmitam a doença e que afinal as vacinas são do tempo que dominavam as variantes que já não existem no país há muitos meses.

Entretanto, continuam os óbitos dos mais velhos, com quem a Sociedade pouco se preocupa excepto se afetar familiares.

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Concorda?

Alguém perguntou alguma coisa ao cavalheiro que falou em nome da dita associação? Será que os “diretores” se reuniram em plenário para decidir sobre o tema? E terão feito um curso intensivo de virologia para emitir opinião? Talvez o tenham feito ao mesmo tempo que Marcelo, nesse lugar onde a grande maioria dos portugueses também o fez.

Foi você que disse “totalitarismo”?

Tenho aqui uma sugestão para aquela malta que vem colando às medidas de combate e contenção da pandemia o rótulo de totalitarismo: construir uma máquina do tempo e ir em excursão até à Alemanha Nazi, se possível entre 1941 e 1945, e ficar lá um mês. Na condição de serem todos judeus, claro.

Findo esse mês, regressam todos ao presente, caso tenham sobrevivido a Auschwitz, Dachau ou a qualquer outro “centro de vacinação”, momento em que – nova sugestão minha – poderão responder à seguinte pergunta:

  • Perceberam o que significa totalitarismo, ou querem lá voltar mais um mês?

Tenho a profunda convicção de que teríamos o problema semântico resolvido. E, seguramente, ninguém quereria lá voltar. Se quisesse, em princípio, é porque também não faria grande falta por cá.

Bailinho

O dia de ontem foi peculiarmente sumarento ao nível da exposição dos verdadeiros intentos da fraudemia.

Por um lado, ficámos a saber que a Madeira adoptou o sistema de castas que já prolifera por alguns países do mundo. Mercados, restaurantes, cabeleireiros e convivência social em geral é luxo inalcançável para quem não se sujeitar ao tratamento médico experimental imposto, nem sequer por médicos note-se, mas por sociopatas engravatados. Obrigarem os madeirenses não-vacinados a deixar crescer o cabelo demonstrou em definitivo que o menosprezo do estado de Direito e o uso da Constituição como papel higiénico não foi circunstancial, mas sim deliberado e permanente. Com esta agravante: a acreditar que a taxa de vacinação na Madeira é semelhante à do resto do país, quantos são os não-vacinados? Meia-dúzia? Considerar que representam um perigo de saúde pública não é não entender de epidemiologia, é declinar qualquer tipo de razoabilidade e honestidade. Direitos inalienáveis, diziam orgulhosas as prostitutas do sistema, proclamando-se amantes da liberdade, de cravo presunçoso na lapela. Que hilariantes montes de merda.

Porém, a melhor notícia de ontem foi a informação de que qualquer injectado com a mistela Janssen terá de tomar uma dose de reforço. Não é “poderá tomar”, que é o spin que foi dado por muita comunicação; foi bastante explícito que “terá” de o fazer. Esse reforço terá necessariamente de ser…de outra marca. Algum obscurantista poderia aqui especular interesses financeiros: para citar um apenas, fico-me pelo vencedor de um Globo de Ouro, o nosso amigo Popeye das vacinas, o herói nacional que diz que quem afirma que estamos a usar cobaias humanas por putrefactos interesses corporativos é um perigoso obscurantista, mas que esta terceira dose é inadmissível, porque é claramente usar cobaias humanas por putrefactos interesses corporativos. Poderíamos até, num assomo de loucura, ousar afirmar que reforços de vacinas completamente distintas não são reforços imunitários, é uma roleta russa que se torna particularmente anedótica se verificarmos que a taxa de mortalidade de infectados abaixo dos 50 anos é virtualmente de 0%.

Ficar-me-ei pelo optimismo: atendendo a que a população que tomou a mistela Janssen é maioritariamente composta por homens abaixo dos 40 anos, parece-me que irritaram o sector populacional errado. Esta não é propriamente a população mais impregnada da narrativa. Muitos destes jovens tomaram a injecção em troca de uma liberdade da qual nunca deveriam ter abdicado e rapidamente se aperceberam de que ela não irá voltar por continuarem a submeter-se aos apetites insaciáveis de uma elite psicopata e de compatriotas autoritários. Sentem-se defraudados e agora também assustados. Além disso, homens abaixo dos 40 são os que melhor sabem andar à porrada, o que será uma skill de grande utilidade quando inevitavelmente vivermos no limiar da guerra civil. A todos os jovens que se recusarão a injetar mais doses, bem-vindos ao grupo dos não-vacinados. Não se julgavam mentirosos conspiracionistas de extrema-direita? Não se preocupem, rapidamente os jornalistas vos vão informar de que são.

Vacinação acima da cauda

Dos 5,4 milhões de portugueses com a vacinação contra a covid-19 completa, apenas 16 mil foram novamente infectados, o que corresponde a 0,3% do total de vacinados. Tendo em conta que nenhuma vacina nos foi apresentada como tendo uma eficácia de 100% (nem lá para perto), parece-me um resultado muito positivo, a par do processo de vacinação global, que está a ter um desempenho raro para aquilo que é comum num país habituado a andar pelas caudas de tudo e mais alguma coisa. Para não falar nas dezenas ou centenas de euros que estes 5,4 milhões de pessoas pouparam desde que começaram a emitir o seu próprio 5G. Não fosse a comichão que o microchip causa, seria perfeito.

E se os chalupas que tentaram agredir Gouveia e Melo fossem de esquerda, Ventura?

O que se passou há dois dias com o vice-almirante Gouveia e Melo é a ilustração perfeita do quanto a extrema-direita defende os interesses dos militares, e das forças de segurança em geral, que é nada, excepto quando a defesa desses interesses se cruza com os interesses pessoais se André Ventura. Imaginem que o vice-almirante era cercado por uma manifestação de esquerda, ainda que pequena e insignificante como aquele ajuntamento de chalupas que ontem vimos, sendo igualmente insultado como ontem foi. Ventura e as venturettes teriam rasgado todas as vestes do armário de onde saíram. Como foram negacionistas, importante base de apoio dos neofascistas, nem um pio se ouviu ou leu da parte do Bolsonaro português. Nem vai ouvir, pelo simples facto de que Ventura se está perfeitamente nas tintas para militares, policias ou quem quer que seja. Para Ventura existe apenas Ventura. Nada mais.

Vacinas anti-COVID19: mentiras, superstições e outras loucuras no ano 421 do Antropoceno. Para quando a requisição civil ao INFARMED?

Luísa Álvares*

Mesmo para o mais míope ou egoísta, ou quem não acredita que a sobrevivência da espécie humana depende de responsabilidade recíproca, é do seu próprio interesse que a África do Sul e a Índia possam adaptar, escalar, o que já fazem via licenças para exportação: vacinas anti-COVID19 para imunizar a sua própria população[1].

Quanto mais tempo o vírus circular pelas populações, maior a probabilidade de variantes mais virulentas emergirem e/ou, um cenário ainda não descartável, a inversão do tropismo viral para grupos etários relativamente mais novos. Tal aconteceu com a gripe espanhola em 1918-19. É como diz o presidente das Nações Unidas, António Guterres: “ninguém está seguro, enquanto não estivermos todos seguros”.

Usando da curiosa formulação de questões dos exames em tecnologia farmacêutica da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) – o que é mais verdade, o comunicado da África do Sul “no centro [das barreiras] está a utilização da propriedade intelectual (PI) e outras exclusividades para restringir as opções de produção e distribuição que iriam reduzir o preço dos medicamentos e aumentar o acesso dos doentes[2] ou a alegação das grandes farmacêuticas que o maior entrave são o aprovisionamento de matéria prima, e a capacidade de produção? [Read more…]

Hoje tomei a vavina

Sim, o título deste artigo está correcto: hoje tomei a vavina.

É muito mais eficaz do que a vacina. E é administrada em centros de vavinação.

Vacinas e centros de vacinação, são para totós.

Maria Vieira e a instrumentalização política da morte de Maria João Abreu

Maria Vieira não teve sequer a decência de deixar o corpo arrefecer. Ainda a família, os amigos e a comunidade artística choravam a partida precoce, já a antiga actriz, hoje profissional da política, instrumentalizava politicamente a morte de Maria João Abreu. E fê-lo de forma absolutamente desonesta, como é de resto apanágio do Chega e dos grupelhos que se dedicam a negar e a conspirar contra o conhecimento científico. Maria Vieira usou a morte para instigar o medo, levantou dúvidas sobre uma vacina que não sabe sequer se a falecida tomou, e usou uma das tácticas mais comuns entre a extrema-direita: flood the zone with shit. Donald Trump textbook.

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Conversas vadias 10

Na décima edição das “Conversas vadias”, vadiaram António Fernando Nabais, Francisco Miguel Valada, Fernando Moreira de Sá, José Mário Teixeira, Orlando de Sousa e João Mendes, à volta de: gravidez masculina, vacina, agulhas, barba, concorrência, sotaques, Brasil, José Mourinho, galones, Carlos Queiroz, fusos horários, pandemia, Baleares, Marega, super-liga, capitalismo, mercado, mérito e comentadores.

Conversas Vadias
Conversas Vadias
Conversas vadias 10







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Pod do Dia – O ecmófobo e a vacina

No último fim-de-semana, fui um dos muitos professores vacinados contra o vírus da moda. Confesso que estava ansioso, não por causa das ínfimas probabilidades de sofrer uma trombose em consequência da vacina, mas por outra razão que não me fica bem confessar. Por não ficar bem, vou confessá-la.

Pod do dia
Pod do dia
Pod do Dia - O ecmófobo e a vacina







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Agora é a Janssen…

Portanto, em 7 milhões de doses já administradas a cidadãos dos Estados Unidos, seis mulheres, seis, desenvolveram um problema raro de coagulação sanguínea, que não se sabe se está relacionado ou não com a vacina.

E já suspenderam a vacina. Ou seja, vamos mesmo morrer da cura. É que sem vacinação em massa não se consegue ter parte substancial da economia a funcionar. Sem a economia a funcionar não se consegue obter meios de subsistência. a não ser que se seja funcionário público ou político no activo.

Entretanto, a Ministra da Saúde já está a deixar avisos à navegação…

Conversas vadias 5

A quinta ronda vadia em torno do Futebol Clube do Porto, do bairrismo, Miguel Carvalho, centralismo, PCP, bandeiras e Aliados, o vermelho e o encarnado, Nuno Melo, Carlos Guimarães Pinto, comunismo, capitalismo, nazismo, religião, Marcelo Rebelo de Sousa e o bairro da Jamaica, TAP, banca e intervenções do Estado, bazucas e fisgas, a conquista liberal da Holanda, vacina, António Costa e a baixa médica, o tiroteio nos EUA, BE e Moçambique, Maçonaria e Opus Dei,

Isto com os vadios Fernando Moreira de Sá, António de Almeida, Orlando Sousa, José Mário Teixeira, Francisco Salvador Figueiredo e António Fernando Nabais.

Conversas Vadias
Conversas Vadias
Conversas vadias 5







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Vai ficar tudo bem? Não,vai ficar tudo na mesma

A organização international ONE – que conta, no seu “board of directors”, com perigosos paladinos anti-capitalistas como David Cameron, Lawrence Summers, Sheryl Sandberg ou Bono Vox – publicou, no final da passada semana, um relatório que revela que o excedente de vacinas adquirido pelas nações mais ricas (UE, EUA, UK, Austrália, Canadá e Japão) seria suficiente para vacinar toda a população adulta do continente africano. Só que não, porque vamos todos sair disto mais unidos e fortes, a fazer corações com as mãos e a desenhar arco-íris nas janelas, a cantar kumbayas e o “põe tua mão na mão do meu Senhor”. E vai ficar tudo bem, eventualmente, excepto para aqueles que nasceram do lado errado da sociedade capitalista.

Conversas vadias 1

Estreia das “Conversas vadias”, com Francisco Miguel Valada, Fernando Moreira de Sá, J. Mário Teixeira, Orlando Sousa, Francisco Salvador Figueiredo, Carlos Araújo Alves, e a ausência especial de António Fernando Nabais.

Conversas Vadias
Conversas Vadias
Conversas vadias 1







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The Ana Rita Cavaco meltdown show


Ana Rita Cavaco não é uma ilustre desconhecida, muito menos uma bastonária imparcial ou com um percurso à prova de bala. Aliás, para quem fala “do alto da burra” contra quem passa à frente da fila das vacinas, seria interessante perceber se o ajuste directo de 72 mil euros, celebrado em Março de 2020 com o seu amigo pessoal Tiago Sousa Dias, para mais uma assessoria jurídica à Ordem dos Enfermeiros – que são inúmeras, quase todas com os grandes escritórios deste país, como o do seu companheiro de partido e dos bons velhos tempos do passismo, José Pedro Aguiar Branco – teve fila de concorrentes ou se pautou pelo habitual critério que assiste aos ajustes directos à moda do bloco central, algures entre a amizade pessoal e a camaradagem partidária.

Em bom rigor, importa sublinhar que Tiago Sousa Dias milita hoje no Chega, em cuja convenção, marcada pelo total desrespeito pelas mais elementares regras e restrições de combate à pandemia (o que não admira, considerando a concentração de negacionistas por metro quadrado), Ana Rita Cavaco deu o ar da sua graça, para “dar um beijo de amiga” a André Ventura. Sobre esse atentado contra a saúde pública, que levou mesmo à intervenção da GNR na reunião magna da extrema-direita portuguesa, é que não se ouviu uma palavra de indignação da bastonária. Nem um pio contra aquele festim de desrespeito pelo esforço dos profissionais de saúde que representa. Amigos, amigos, comportamento negligente que coloca a saúde pública em risco à parte.

 

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Resistir à vacina

Sou uma das pessoas mais importantes do mundo. Pode haver algumas mais importantes, dentro da minha família. Tenho amigos, todos eles importantes, mas nenhum é tão importante como eu. Tenho amigos maravilhosos, mas sou muito mais importante do que qualquer um deles, mesmo aqueles que são os melhores amigos. As dores que sinto, quando, por exemplo, bato com um cotovelo numa esquina são infinitamente maiores do que as de uma fractura exposta de qualquer outra pessoa. Há pessoas que se magoam a menos de um metro de mim, sem que eu sinta a mais pequena dor. Peço desculpa, mas é assim mesmo.

Isto quer dizer que também eu quereria ser vacinado antes da larga maioria da população, incluindo uma enorme quantidade de velhos, de enfermeiros, de médicos, de bombeiros, de gente que, em geral, estará mais exposta do que eu ao vírus. E por que razão quereria eu ser vacinado antes de toda essa gente? Porque sou uma das pessoas mais importantes do mundo, como é evidente.

Não tenho conhecidos em lugares suficientemente importantes para conseguir ser vacinado antes dos milhões de pessoas muito menos importantes do que eu, porque como eu não há ninguém.

Se tivesse essa possibilidade, mesmo sabendo que ninguém iria saber, aceitaria ser vacinado? Se um amigo chegasse a minha casa com a vacina na mão, seria eu capaz de resistir a essa oferta? Não sei, gosto de acreditar que sim, mas gostaria de deixar claro que se eu, devido a algum privilégio ou outra circunstância favorável, fosse vacinado antes da minha vez, passaria a fazer parte da nojenta e viscosa categoria dos filhos da puta, tal como foram magistralmente definidos por Alberto Pimenta.

Compulsões

OMS avisa que a Europa pode enfrentar uma segunda vaga letal de covid-19 a partir do Outono”

Hans Kluge recomendou que os países europeus que estão a começar a levantar as restrições de circulação e actividade económica olhem para os exemplos de Singapura e do Japão, queentenderam desde cedo que este não é o momento para celebrações, mas sim um momento para preparativos”.

Ninguém previu que esta segunda vaga surgisse tão cedo

Marcelo deu o exemplo e garante que há vacinas da gripe para todos

DGS garante que não há racionamento da vacina da gripe

DGS alerta que vacina da gripe não chegará para todos devido à elevada procura

 

É notória a tendência compulsiva que esta coligação Governo/PR tem pela mentira.

Claro está que se pode sempre contra-argumentar que todos os Governos mentem.

A questão é como essa mentira é lidada pelos instrumentos de controlo de poder e de contra-poder.

E aqui reside o maior perigo dos efeitos da mentira: a impunidade que a legitima.

Foi prometida uma vacina da gripe, que afinal não chegará sequer a todos os que fazem parte do grupo de risco. Repare-se que a DGS fala que chegará “à maioria as pessoas de grupos de risco”. Ou seja, nem sequer todos os que pertencem aos grupos de risco, serão vacinados.

E a desculpa é que houve um demanda por vacinas superior ao previsto.

Como se as mesmas, não fossem receitadas por indicações expressas da DGS e do Ministério da Saúde. Pois que não se compram vacinas, como quem compra máscaras no hiper.

Na Primavera e no Verão, não faltaram alertas sobre a necessidade de preparação para a segunda vaga que chegaria no Outono. Foi, inclusivamente pela voz de Hans Kluge que é nada mais nada menos do que o Director Regional para a Europa da OMS.

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A vacina muçulmana


Os dois cientistas por trás da vacina da Pfizer são filhos de imigrantes turcos na Alemanha. Ugur Sahin e Özlem Türeci, da BioNtech, começaram a estudar o vírus ainda a Europa não sabia o que a esperava, em meados de Janeiro, e são os parceiros da farmacêutica que, aparentemente, está mais próxima de disponibilizar a tão ansiada vacina.

Sublinho a ironia de sermos “salvos” da pandemia do século por filhos de imigrantes, ainda por cima muçulmanos, enquanto outros, com menos sorte, se afogam no Mediterrâneo, numa outra pandemia sem fim. Ou são perseguidos e espancados por grupos de extrema-direita. Ou são estigmatizados e enfiados no mesmo saco que a minoria terrorista. Ou são usados como arma de arremesso por demagogos oportunistas com agendas totalitárias. Não sei quanto a vós, mas eu vi aqui um belo raio de sol neste 2020 sombrio. Quanto à extrema-direita xenófoba e racista, bem, é lidar.

Informação versus Democracia

Não sou muito dado a teorias da conspiração, embora algumas façam pensar e outras sejam de uma criatividade digna de apreço.

Todavia, é interessante o facto da notícia da vacina da Pfizer, ter surgido logo após a confirmação de Biden como vencedor das eleições presidenciais dos EUA.

A tal vacina que Trump garantiu que iria surgir em breve, e que muita gente, na qual me incluo, gozou e zombou. E isso, não porque não se queria a vacina o quanto antes. Mas, pelo facto de que a palavra de Trump, por inegável mérito próprio, tinha o mesmo crédito do Pastorinho Pedro da fábula atribuída a Esopo.

É razoável pensar que se esta notícia tivesse surgido ainda durante a campanha eleitoral, Trump teria ganho uma credibilidade potenciadora de uma vitória, face à importância que teve na decisão dos eleitores, a gestão que a Casa Branca fez da pandemia.

Trump iria conseguir algo inaudito: credibilidade científica.

O mesmo Trump que zombou da ciência quanto lhe apeteceu, desde as alterações climáticas até ao uso da máscara.

Não seria de espantar, que a indústria farmacêutica tivesse decidido dar uma mãozita, ao derrube de um presidente que passou grande tempo do seu mandato num exercício de escárnio e mal-dizer, em relação à ciência e à comunidade científica. Num contínuo e execrável esforço de descredibilização, como foi seu apanágio.

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E dizem-se democratas

Está fácil de ver que a solução apresentada pelo Governo para “achatar a curva”, é limitar-nos a liberdade.

Isto quando a curva chegou onde chegou, e o SNS abeirou-se da ruptura, porque o Governo não fez o que lhe competia e permitiu o que não devia.

Milhões terão de ficar em casa, para que umas dezenas de milhar pudessem fazer aquilo que queriam.

Milhões terão de ficar em casa, porque a economia tinha que trabalhar, ao ponto dos hotéis poderem exibir o selo “Clean & Safe” com base em mera declaração de compromisso dos donos, e não numa efectiva avaliação técnica. E as praias tinham semáforos, mas se estivesse vermelho, podia-se ir na mesma.

Não houve uma única campanha nacional de sensibilização digna desse nome. Num país em que constantemente se juntam cantores, actores e afins, em campanhas solidárias. Algo para o que esta pandemia, pelos vistos, não teve dignidade suficiente.

Só tivemos direito às constantes conferências de imprensa a debitar números, por entre disparates que uma DGS, claramente inapta para o cargo, lá ia dizendo por entre a estatística.

Ficam na memória as máscaras que davam uma falsa sensação de segurança, e a desnecessidade de distanciamento nos aviões porque as pessoas vão a olhar para a frente.

O SNS está à beira da ruptura, porque, contrariando os apelos dos médicos que estavam no terreno, o Governo não aproveitou a Primavera e o Verão para reforçar os hospitais com recursos humanos nas valências mais sensíveis como a dos cuidados intensivos.

Descurou a segunda vaga, que há meses que a comunidade científica, nacional e internacional, avisou que ia chegar. Mas que pelo vistos o PM nunca ouviu falar, a avaliar pela entrevista que hoje deu a Miguel Sousa Tavares.

Ao contrário, foi-se pelo mais barato: mandar sms para quem tinha consultas agendadas, a desmarcar e a dizer para não ir ao hospital nem sequer telefonar. E, mais tarde umas sms a disponibilizar apoio psicológico gratuito. Enquanto consultas, rastreios, tratamentos e cirurgias eram desmarcados por todo o país.

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O capitalismo em tempos de corona

DTJB

Foto: EPA (via Rádio Renascença)

Os Estados Unidos conseguiram a proeza de eleger Donald Trump presidente. Desde então, as proezas sucedem-se. De Trump já vimos quase tudo aquilo que não esperamos de alguém que dirige uma democracia ocidental. O racismo, a normalização do racismo e o elogio dos racistas. A xenofobia, a demonização do emigrante e o muro. A ignorância, a negação da ciência e as notícias falsas. A boçalidade, a falta de escrúpulos e ausência de uma espinha dorsal. A chantagem, a trafulhice empresarial e a corrupção. Nenhum dos seus antecessores ousou ir tão longe. [Read more…]

A ciência ou a vida

Por outras razões, insurgi-me, recentemente, contra tudo o que faça de nós egoístas ou bairristas. A ideia de que os meus são sempre melhores do que os outros e que, portanto, merecem mais e melhor é simplesmente repugnante. Somos todos tendencialmente egoístas, bairristas e nacionalistas, mas só gente abjecta é que permite que essa tendência se transforme numa perversão que desumaniza. Ser humano é outra coisa; espezinhar o Outro é só ser selvagem.

A ciência, tal como o ar ou a água, é património da humanidade e todos os estados têm de zelar para que assim seja, sob pena de serem só uma confederação de criminosos. Uma vacina, por exemplo, não pode estar apenas ao alcance de quem tiver dinheiro para a comprar. O mundo ainda é demasiado desigual e sabemos que uma vacina comum no mundo ocidental é, muitas vezes, uma miragem nos países subdesenvolvidos.

Segundo parece, Donald Trump tentou comprar o exclusivo de uma vacina para os Estados Unidos a um laboratório alemão. Se o negócio fosse avante, Trump reclamaria mais uma vitória, festejando o facto de que os americanos sobreviveriam, enquanto os outros poderiam morrer. [Read more…]

O governo amigo das crianças por nascer

A vacina contra a meningite, ministrada em quatro doses que rondam os 70 euros cada, passa a ser gratuita, mas apenas para crianças nascidas a partir de 1 de Junho próximo. Todas as outras vão ter direito a apenas 15% de comparticipação do custo da vacina.

Alguém que lhes explique que discriminar, ainda por cima, crianças não é só feio mas inconstitucional.

De como a gripe A não quis nada comigo, e do desassossego em que isto me deixa

Tenho passado o inverno na expectativa de que me chegue a gripe A. Não me vacinei, não tomei nenhuma medida preventiva especial, a não ser continuar a lavar as mãos quando chego da rua, se bem que isso é mais um resquício de uma fase vagamente obsessivo-compulsiva. Ora, tendo em conta que eu me constipo ou engripo 5 a 6 vezes por inverno, que, na verdade, é mais fácil assinalar os dias em que não estou constipada ou engripada, então seria certo que o insidioso H1N1 me apanharia a jeito.

E cá estou, desde ontem em casa com uma gripe, sim, mas uma gripe normalíssima (até há quem me diga que é só constipação, mas eu recuso essa hipótese), sem febre, sem dores de cabeça insuportáveis, sem prostração, sem nada que dignifique uma gripe. Bem espreito o termómetro a ver se o mostrador digital se altera, e nada. O mercúrio tinha, diga-se de passagem, um efeito muito mais dramático, vê-lo a subir era uma exaltação, uma vertigem na qual um hipocondríaco podia perder-se. Este de plástico, tão inócuo, tão infantil, retira gravidade até a uma febre de 40 graus. [Read more…]

O que se diz por aí

É voz corrente que a chuva e o vento põem Portugal em estado de alerta. Compreende-se que as intempéries causem esse estado. Pena é que a dívida pública, a insegurança ou o desemprego, por exemplo, não causem o mesmo efeito. Mas deve ser por causa do tal ilusionismo de que fala Jerónimo de Sousa, que já começa a atingir o pico do hipnotismo com as novas previsões do Banco de Portugal sobre o crescimento do PIB.
Sem ilusionismos dois automóveis foram engolidos, devido ao rebentamento de uma conduta de água, em Rio Tinto. Já não bastava o carjacking…
Filipe Menezes afirma que seria uma tonteria excluir-se de qualquer cargo do PSD. A questão é se não seria uma tonteria ainda maior aceitarem-no?
No processo movido pelos McCann contra Gonçalo Amaral, existe um sério risco do feitiço se virar contra o feiticeiro. Para além do apuramento de eventuais responsabilidades, será interessante acompanhar o escrutínio que se irá fazer sobre métodos e rumos da investigação criminal e da influência da comunicação social em Portugal.
No Porto, a PSP deteve 19 pessoas numa operação de combate ao tráfico de droga. Agora quero é ver como vão decorar a mesa com as doses apreendidas. Sempre apreciei o modo como fazem a disposição do material apreendido, digno de um decorador profissional. Oxalá haja também dinheiro e armas e munições, para dar mais cor.
Por fim, é apresentada hoje uma nova vacina que previne a meningite, a sépsis, a pneumonia e otite médica aguda, para crianças dos seis meses aos cinco anos. Por azar, não é comparticipada…

A máquina do tempo: vacinar ou não vacinar

A ex-ministra da saúde da Finlândia, Dra. Rauni Kilde, falou sobre a gripe A. Realmente foi muito esclarecedora, mas… a seguir foi despedida… Vejam porquê.

Hoje, a nossa máquina, não viaja nem até ao passado nem na direcção do futuro – fica-se pelos nossos dias. Instalada que está a polémica sobre a  bondade ou a nocividade de nos vacinarmos contra a gripe A, com alguns médicos, enfermeiros e outros técnicos de Saúde a recusarem essa medida preventiva, os leigos como eu, ficam confusos. Depois, para aumentar a confusão, circulam por aí e-mails, textos e vídeos que, pelo seu conteúdo sensacionalista, não podem deixar de alarmar e de causar preocupação. É o caso do vídeo que mostro acima.

 

Dois dos meus melhores amigos são médicos e então, sempre que me surgem questões destas não hesito em lhes bater à porta e indagar sobre a credibilidade deste tipo de «informações» – quase sempre é preciso pôs aspas. Com a paciência que por certo lhes advém do exercício da profissão (e, claro, da amizade que há décadas nos une), nunca me deixam às escuras. E, mais uma vez, me iluminaram.

 

O que escrevo a seguir é o resultado das duas consultas que fiz aos Doutores Carlos Leça da Veiga e Rui de Oliveira. As suas palavras esclarecem-nos sobre a credibilidade da «ministra» finlandesa e sobre o momentoso problema das vacinas contra a gripe A. Peço a vossa atenção:

Ser a Sra. Rauni Kilde ministra, ou não, nada traduz que saiba do que está a falar. Para afirmar-se a causa real de qualquer doença infecciosa há critérios objectivos que nesta caso da vacina da gripe não estão confirmados. Os vírus utilizados nas vacinas da gripe são vírus inactivados e, desde há muitos anos, que a vacina da gripe é a vacina vírica indicada para todas – todas – as grávidas. Até agora a mortandade anunciada pelo uso da vacina não está à vista. Não se acredita que seja possível torná-la obrigatória nem mesmo, para tanto, invocando o precedente da vacinação anti-variólica que era obrigatória e, desse modo, conseguiu acabar com a doença no mundo.

Procurando nas mesmas fontes da Net onde se vão buscar estas intervenções “espectaculares”, o que se encontra não credencia especialmente a Sra. Rauni Kilde. Correndo o risco de fazer juízos errados (mas usando as mesmas fontes…), parece (nas palavras de um seu apoiante 1) que nunca foi ministra (logo nunca demitida) mas apenas responsável provincial (e nem sequer responsável – chefe). Em particular após o seu acidente de carro (causa do afastamento ?), afirma-se defensora da presença de extraterrestres entre nós (ver texto abaixo 2 ) e, entre outras campanhas de que é dinamizadora, destaca-se a tese de que há uma conspiração para o controlo da mente pelas microondas (telemóveis, implantes de micro-chips, etc). Encontram-se, por exemplo, tais congeminações no artigo “MICROWAVE MIND CONTROL: MODERN TORTURE AND CONTROL MECHANISMS ELIMINATING HUMAN RIGHTS AND PRIVACY by Dr. Rauni Leena Kilde, MD September 25, 1999” a que se pode (e deve) aceder pelo link http://www.raven1.net/kilde1.htm Diz-se deve porque o artigo é um pouco aflitivo pela sua argumentação paranóide.

Em suma, o discurso da Dra. Kilde nada acrescenta e não será por aí que devemos ir. Questionar o lucro e o peso de certa indústria farmacêutica é legítimo e defensável, achar que a vacina aconselhada a grávidas e crianças é para diminuir a espécie é transtorno mental.

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 1 Rauni-Leena Luukanen-Kilde (born 1939 in Värtsilä, now in the Republic of Karelia) was the provincial medical officer of the FinnishLapland Province with a doctorate in medicine from 1975 until a car accident in 1986, which took away her ability to continue her work and career. She likes to advertise her former title, but often she rather calls herself a former Chief Medical Officer of Finland.

 

2  “Finnish physician Rauni-Leena Kilde, MD spoke of the extraterrestrial experience among the Sammi (Laplander) people she was raised with above the Arctic Circle and in Scandinavia. Her first remembered contact was when she was in a severe car crash. As she laid there mortally injured, a small ET was at her side working on healing her injured liver. Later, the hospital staff could not understand how she survived the crash. Later she remembered ET contacts as a child living among the Sammi. She reported that there is a change of attitude in Scandinavia and the European Union about cosmic contacts. She hears positive reactions to ET encounters. …  Her country borders Russia, where cosmonauts were threatened with death if they talked openly about UFO encounters…”

 

 

 

Gripe A: À dose

Afinal a vacina é só para tomar uma dose, ao contrário do que se dizia e fazia há um mês atrás, em que eram precisas duas doses.

 

Isto não ajuda nada, a credibilidade e a confiança andam muito por baixo, e as pessoas vão começar a pensar que isto de cientifico nada tem, agora é só uma dose porque não há vacinas para todos.

 

Entretanto a febre tambem é à dose, de manhã em casa as crianças não têm febre, na escola passam a ter e no centro de saúde já não têm. Isto reforça a desconfiança.

 

Trezentos alunos no Distrito de Aveiro foram mandadas para casa, após as escolas constatarem que as crianças estavam febris, o que nuito preocupou os pais, que de imediato foram aos centros de saúde que verificaram não haver o quadro febril o que muito zangou os pais.

 

Se as crianças não fossem mandadas para casa, teríamos por aí acusações de desleixo, assim como as escolas jogaram pelo seguro, aqui del-rei que que as escolas querem é fechar as portas e ir de férias.

 

O pânico está a tomar conta das pessoas e não é à dose o que é a pior notícia.

 

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