foi como RAP resumiu o passeio de Mário Machado à Ucrânia. E foi perfeito.
Bandex – Cova da Moura (feat. Suzana Garcia)
Beat do ano. Mandávamos isto para a Eurovisão e os italianos nem cheiravam.
O Trump do Samba

Imagem: ARD – Plante soja comigo
Há uns dias, num dos melhores programas humorísticos do primeiro canal de televisão alemã (humor, no mínimo, de calibre RAP), Bolsonaro recebeu as honras que merece:
Resta apenas dizer que a conivência da UE com todo este despautério é vergonhosa. Mas os eurinhos à vista para as indústrias automóvel e química são irresistíveis.
O coreto mais correcto
Crows swoop down into the empty bandstand. I don’t know what they could be looking for.
— Sam Shepard“Cow that went into them boots musta had the measles, huh? What kinda hide you call that?”
“That’s belly ostrich, sir.”
“Belly ostrich. I’ll be. Ostrich ain’t even a cow, is it?”
— Sam Shepard
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Duvido que Ricardo Araújo Pereira tenha pronunciado o correspondente a correto, ou seja, [kuˈʀetu]. Muito provavelmente, pronunciou [kuˈʀɛtu], ou seja, correcto. Aliás, Araújo Pereira tem razões para estar irritado com o «politicamente correto», mas contente com Barreto [barrete+o], forreta, carbureto, jarreta, cloreto, coreto e correto, perdão, correcto. Exactamente. Atenção aos ataques ramificados: porque o ‘coreto mais correcto’ funciona, mas o ‘coreto mais concreto’, variante do título, ou até «os teus segredos mais secretos», dos Rádio Macau, nem por isso. Porque, como os crows no coreto e a cow que não é avestruz, «there are more things in heauen and earth Horatio then are dream’t of in your philosophie».

O coreto mais correcto: o da minha infância (http://bit.ly/2G2EO9B). Foto via mapio.net: http://bit.ly/2FUZ0XX
No sítio do costume, já se sabe, não há problemas, é tudo facultativo:
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Obrigado.
São inúmeras as vezes que diferentes órgãos de comunicação social utilizam como fonte o Aventar (e outros blogues) sem o cuidado e a educação de os citar como fonte. E sobre isso já se escreveu, sobretudo no passado, no blogue.
Porém, quando acontece o oposto não nos custa nada sublinhar o facto. É o caso desta peça do JN que cita o Aventar (texto do Dario). Assim como o Ricardo Araújo Pereira na TVI24 (programa “Governo Sombra“) que cita os textos do nosso Francisco Miguel Valada. Obrigado.
Sons do Aventar – O Jardim dos Mind da Gap
Interventivo por excelência, o (bom) rap português caracteriza-se pela análise profunda do país e do mundo em que vivemos, longe do estilo gangster norte-americano ou das vertentes “bling-bling” dos artistas pop da MTV que se fazem passar por rappers quando na verdade são apenas fotocópias uns dos outros sem conteúdo, que dissertam sobre cus grandes, jóias ainda maiores e festas onde chegam de casaco de peles sob um tronco nu inchado de esteróides.
Nas duas últimas décadas, Portugal viu nascer músicos que fundiram a alma e a expressividade dos grandes poetas lusos com ritmos e batidas encaixadas de forma harmoniosa. O resultado são bandas e artistas como os Dealema, Valete, LCR, Sam the Kid, Chullage e, entre tantos outros artistas que respiram talento longe dos holofotes da artificialidade, os Mind da Gap, percursores do movimento no norte do país e autores do tema que vos trago, O Jardim, uma radiografia cantada com beats partidos de um país partido em pedaços.
Desfrutem. A cultura Hip-Hop regressa em breve ao Aventar.
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