Hoje tivemos o aquecimento na SIC Notícias. No final ficou a promessa da SICN para um debate entre as duas partes, de hora e meia ou mais. A coisa promete.
A hipocrisia não escolhe lado
Quem assistiu ao debate (Linhas Vermelhas) entre Adolfo Mesquita Nunes e Mariana Mortágua fica a perceber uma coisa muito simples: a hipocrisia não escolhe lado.
Como justifica Mariana Mortágua os seus ziguezagues na invasão da Ucrânia? Com os ziguezagues das posições de Mesquita Nunes. Ou seja, o passado deste como governante e a forma como tratou a Rússia não faz dele a pessoa ideal para esta discussão. O que Mariana Mortágua dizia até há três semanas e antes, não faz dela a melhor pessoa para entrar nesta discussão.
Estão bons um para o outro.
O riso de Louçã e o histrionismo da direita
Na sua rubrica semanal da Sic Notícias, Francisco Louçã troçou de Aline Hall de Beuvink, a propósito de umas declarações proferidas quando era deputada à Assembleia Municipal de Lisboa, em 2019. Na ocasião, Aline Hall relacionou o mito de que os comunistas comem criancinhas com o Holodomor, o que é, no mínimo, discutível.
Francisco Louçã esteve muito mal ao transformar este episódio numa afirmação de que o canibalismo infantil dos comunistas era uma realidade: Aline Hall foi muito clara ao classificar isso como um “mito”. Louçã terá querido ridicularizar uma pessoa de direita, mas foi, no mínimo, descortês, distorceu, de modo desonesto, um enunciado claro e portou-se como outros que quiseram transformar a metáfora de Mamadou Ba num discurso de ódio. Ficaria bem a Louçã pedir desculpa, mas temo (e lamento) que isso nem lhe passe pela cabeça.
A direita, no entanto, incluindo a pessoa visada, quis transformar a troça de Louçã numa ridicularização ou mesmo negação do Holodomor, o que não corresponde à verdade. Há, contudo, para isso, razões que a razão desconhece: o ódio cego à esquerda que provoca descargas de adrenalina e de consequente tresleitura ou a mais absoluta desonestidade, aliados a um forte desejo de criar falsas equivalências entre ideologias com base na prática. Histrionismo – palhaçada, para os amigos.
O milagre da multiplicação dos ministros
Imagem via Os truques da imprensa portuguesa
O governo minoritário de António Costa tem 17 ministros, número ao qual acresce o próprio Costa, como 18º e primeiro-ministro. Já a SIC Notícias detectou 20 ministros a acompanhar as operações de limpeza de matas e florestas que ontem se realizaram. É o milagre da multiplicação dos ministros, que convém não se repetir muitas vezes, que não há erário público que aguente tanta ajuda de custo.
SIC Notícias facilita acesso à pós-verdade
Estes estalinistas não se dão nada bem com a verdade. Bloqueiam-na. Reconstroem uma sociedade cada vez sinistra, de informação manipulada, com o auxílio da imprensa em bloco. Com a excepção, claro está, da SIC, da RTP, da TVI, do Sol, do I, do Correio da Manhã, do Público Dinis, do Expresso, do JN e dos blogues disfarçados de jornais como o Observador, o ECO e o Jornal Económico. Tirando estes, está tudo ao serviço da maldita Geringonça. Conseguirá a resistência repor a verdade?
Imagem via Os truques da imprensa portuguesa
Para o arquivo do rigor jornalístico
A SIC Notícias transformou os aumentos de 0,49 cêntimos no gasóleo e de 0,34 cêntimos na gasolina, previstos para o início desta semana, em aumentos de 49 e 34 cêntimos, respectivamente. Seria de esperar que ninguém no seu perfeito juízo acreditasse numa treta destas. Porém, quando o título da notícia foi alterado, poucos minutos após a publicação original, já as redes sociais tinham tratado de explodir em indignação e disseminado mais este lapso da nossa imprensa atenta. Onde estaria o Hugo quando se publicou este aborto jornalístico? Será que deu OK?
via Os truques da imprensa portuguesa
Aquele momento em que o ridículo atinge proporções descomunais
e o humorista faz o seu trabalho.
Nuno Carvalho da Padaria Portuguesa não convive bem com a verdade dos factos
Ontem, interroguei aqui, confesso que a título exploratório, o porquê do vídeo publicado aqui neste post, e de outras versões dos mesmos conteúdos republicados no Youtube terem sido misteriosamente retirados ou terem misteriosamente desaparecido da vista humana no referido site de partilhas de vídeos.
A resposta está dada: as republicações no Youtube foram retirados graças a vários reports à administração do site, declarando que o vídeo em causa violava os direitos de propriedade intelectual? Propriedade intelectual? As declarações de Nuno Carvalho devem ser entendidas como propriedade intelectual? Os pais do liberalismo moderno ou neoliberalismo como Hayek, Milton Friedman ou Von Mises devem estar às voltas na tumba porque no fundo ninguém gosta de andar à roda anos e anos a estudar os fenómenos da vida social e económica para depois ser surripiado intelectualmente à má-fé por um simples padeiro, fazendo jus à profissão por si declarada publicamente aqui na entrevista que saiu hoje no Caderno do Expresso.
Ensaio sobre os centrais
O Luisão escorrega, não é? No golo. Toda a gente pode escorregar. Escorregou. Escorregou. Quer-se dizer, estes centrais já estão um bocado ó tio, ó tio!
— Rodolfo Reis, 4/12/2016Le fait que l’acte de porter une lettre à la poste est un comportement différent de celui de se promener dans la rue est dû à l’objet-but de l’acte.
— Joseph Nuttin
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Efectivamente, Fevereiro, mas direto. Sim, estamos em Dezembro de 2016 e já terá havido tempo para a consolidação dos conhecimentos obtidos durante as acções de formação anunciadas, onde provavelmente até terão sido proferidas barbaridades como «se disser Egito escreve sem ‘p’, mas se disser Egipto escreve com ‘p’». Aliás, recordemos que a grande divisão da doutrina era entre «não mais que 15 minutos» e «basta uma meia hora».
O desastre prossegue, imparável. Imparável? Nem por isso. Temos sempre [Read more…]

O estranho caso do elogiador de Trump
Uma história com contornos obscuros, em estreia na página d’Os truques da imprensa portuguesa.
Da ausência de pluralidade no comentário político em Portugal
São 23:40. Nos três canais noticiosos que existem em Portugal, discutem-se as eleições presidenciais. Na TVI24 estão três comentadores, todos de direita, a discutir a vitória do comentador de direita. Temos João Miguel Tavares, António Costa do Diário Económico e David Dinis da Fox News portuguesa do Observador. A Fox News portuguesa O Observador está também representado na RTP3 com o incontornável José Manuel Fernandes, num painel feito de comentadores e politólogos essencialmente de direita. Num e noutro canal, não há um único comentador próximo das posições do PCP ou do Bloco de Esquerda. Eles até existem, mas a sua opinião aparentemente não conta. Pacheco Pereira, na SIC Notícias, será porventura aquele que mais se aproxima. Um perigoso e radical social-democrata.
Quando o jornalista da CMTV alucina
Com tanta porcaria pseudo-informativa que dali vem, alguns jornalistas que levam o seu trabalho a sério correm o risco de sofrer alucinações momentâneas. Poderá ser este o caso.
Jorge Jesus: o conforto e o risco
Jorge Jesus, em entrevista à SIC Notícias, explicou que trocou “o conforto pelo risco”. Não está só. Há cinco anos, o Expresso também trocou o conforto de uma ortografia adequada à realidade do português europeu pelo risco. Um dos resultados patentes é esta mistela:
Como Jesus e como o Expresso, também o Governo decidiu trocar o conforto de uma ortografia adequada à realidade do português europeu pelo risco. Eis aquilo que acontece no sítio do costume:
E eis a solução.
Continuação de uma óptima semana.
Serviço Público
Após a declaração do Banco de Portugal sobre o destino do BES, a SIC Notícias e a TVI24 logo analisaram ao pormenor com comentadores e analistas.
Já a RTP Informação continuou a debater futebol com o “Trio de Ataque”.
Serviço Público, dizem eles…
O *acessor e a Cristine
Segundo a SIC, o acessor… *Acessor? Acessor? Ah! Assessor. Segundo a SIC, Rudolfo (sim, é com ‘u’) Rebelo, acessor, perdão, assessor do PM, assinou uma carta como se fosse a directora… Não, não é *diretora que se escreve em português europeu: é directora. D-I-R-E-C-T-O-R-A. Com cê. Perdão? Está directora? Muito bem. Mas a SIC não adopta o Acordo Ortográfico de 1990? Não? Sim? Não sabem? Adiante. Rebelo assinou uma carta como se fosse Christine Lagarde? Mentira! Rebelo assinou como se fosse Cristine Lagarde. Se tivesse assinado uma carta como se fosse Christine Lagarde, o Cristine teria H. Uma Cristine, como sabemos, não é uma Christine. Pronto. Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.
Artur e o Ludíbrio, o Estrago e o Estrilho
A prestação televisiva de Artur Baptista da Silva, alegado especialista da ONU, foi um sucesso. Eu vi e gostei. Fiquei todo baralhado por causa das certezas do Artur, inauditas até ao momento em que lhas ouvi. Ludibriar com a Mentira ou Ludibriar com Verdades Cortantes e até Urgentes mas impraticáveis, é ludibriar! Ponto. Agora que o Artur foi denunciado como impostor por vários órgãos de comunicação social, faz o que todos os impostores portugueses têm feito, especialmente o Animal que se acoitou em Paris: queixa-se de ser vítima de um «julgamento sumário», com pena aplicada de «linchamento de carácter». Na sua orfandade, as putas de Sócrates, nos blogues e nalguma Opinião-Câncio, têm passado meses a falar do asco geral e unânime que aquela figura gerou na Opinião Pública precisamente como «assassinato de carácter». Portanto, a cassete é quase a mesma. Não há País que sobreviva a jornalistas e a jornais à cata de especialistas convenientes às suas teses contra-poder porque sim: desta vez foi Artur Baptista e Silva, pago para debitar com o megafone do Expresso e da SIC Notícias, a enganar-nos. Mas não o fez igualmente com estilo, estrago e estrilho essa magnífica geração Vara-Sócrates?! Não os ajudaram e credibilizaram igualmente esses media?!
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