Excelente a analogia de João Miranda, no Blasfémias, sobre a questão do financiamento dos partidos.
Expressa aquilo que, de facto, se passou de relevante no parlamento nas últimas semanas. Por um lado, o sempre popular enriquecimento ilícito. Em ano eleitoral os partidos gostam sempre de apelar à veia moralista e soa-lhes bem ouvir uns “muito bem” provenientes da maralha, em vez de apenas da bancada ali perto deles.
Por outro, olham para os cofres da sede e vêm as notas a descer de volume. A festa da democracia exige gastos elevados com inúmeras despesas. Há brindes para distribuir, cartazes para imprimir e colar, tempos de antena para pagar, carros para alugar, uma data de beijos e apertos de mão para trocar. E tudo tem um preço, até os beijos e os apertos de mão. Por isso, o melhor é encontrar soluções coloridas.
De resto, é sempre divertido ver o madeirense Guilherme Silva abordar os contextos sócio-políticos de alguns partidos, “como é o caso do PCP”, fazendo de conta que o Chão da Lagoa já não dá uvas.
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