A ficar apertado…

O vídeo é extraordinário para demonstrar o que está na cabeça de muita gente, eu incluído. Isto está a ficar apertado. Não é difícil de perceber. No entanto, há quem ande mais interessado em pontos percentuais e o que é ou não economicamente viável. Isso é-me difícil de perceber. E não, não é uma daquelas “trips” maltusianas. Não, também não estive a ler “The limits to Growth“. Percebo simplesmente que este planeta não chega para todos e muito menos para os que ainda aí vêm. A solução? Não sei. Só agora aqui cheguei também…

Preservativos e sexo anal nas escolas secundárias

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Parece que o PS, no âmbito da Educação Sexual, se prepara, ao fim de quatro anos de Maioria Absoluta, para legislar acerca da distribuição gratuita de preservativos nas escolas secundárias. Não se sabe em que moldes é que está preparada essa distribuição nem qual vai ser a entidade directamente responsável em cada escola, mas a medida, só por si, já é excelente.
Como seria de esperar também, o cómico Albino Almeida, o «Pai da Nação», já se mostrou contra, dizendo que se estava a ir «longe demais». Para quem andou quatro anos «amantizado» com a Ministra da Educação, resta esperar para saber qual vai ser a sua posição definitiva. Até porque a Senhora Ministra disse, em 2006, que preservativos nas escolas só com o acordo dos pais.
Todas as medidas que sirvam para combater as gravidezes indesejadas na adolescência são bem-vindas. Portugal é um dos países em que o flagelo é mais grave, e com este tipo de gente, percebe-se bem por quê.
O que se espera é que esta medida vá em frente e que outras se lhe sigam. Sempre com o objectivo de evitar que crianças com o futuro pela frente tenham um travão à felicidade e deixem de ser crianças antes do tempo.
Neste sentido, o sexo anal também devia ser estimulado nas escolas secundárias. Com duas vantagens: é 100% natural e, à parte as distensões musculares, não tem custos para o Estado.

De novo a Casa Pia

Foi há muitos anos. Foi durante anos e anos. Centenas, milhares de crianças ao cuidado do Estado foram violadas durante décadas por gente sem escrúpulos. Gente rica, gente bem da sociedade lisboeta.
Adivinha-se para breve uma decisão judicial. O ex-Procurador Geral da República já disse que só o Bibi seria condenado. Que os outros, claro, nunca violaram ninguém. Tiveram o seu banho de realidade, provaram do mesmo balde higiénico que o comum delinquente, mas, no final, ainda receberão indemnizações do Estado.
E tudo está como dantes na Casa Pia. A nossa comentadora Maria Monteiro alertou-nos para a notícia que se segue:

«Pois é… para alguns a ‘crise’ não é perder tudo é simplesmente ganhar milhões.
E mais um caso eternamente mal explicado: Casa Pia
Foi notícia no DN -> Criança abusada retirada à Casa Pia

Directora do colégio foi afastada. Meninos voltaram a viver com a mãe.
Duas crianças de 8 e 10 anos que estavam a cargo da Casa Pia foram retirada à instituição e colocadas à guarda da mãe depois de se confirmar que o mais velho sofreu vários abusos sexuais por um colega de 14 anos. Em causa, está o facto de a Casa Pia não ter comunicado a situação à mãe das crianças nem à Comissão de Protecção de Menores que acompanha o caso.
Foi a mãe que alertou a Comissão depois de o filho de 10 anos lhe ter contado o que se estava a passar, durante um dos fins-de-semana que passava com a família. O comportamento do agressor já tinha sido comunicado ao tribunal e a nível interno já tinham sido tomadas medidas para manter os rapazes separados, mas nada tinha sido dito a respeito da vítima, admite a provedora da Casa Pia, Joaquina Madeira.
A responsável considera “um erro lamentável e incomprensível” que os pais e as autoridades não tenham sido avisadas, mas diz que não houve intenção de esconder o caso. “Esta situação só penaliza a instituição. Há procedimentos que estão na lei e que não foram cumpridos. Isto é muito grave e por isso tomámos medidas”, assegura – foi aberto processo de inquérito que levou ao despedimento da directora de Sta. Clara, Fátima Consciência.
Os dois menores voltaram já a viver com mãe, depois de dois anos institucionalizados. Tanto a vítima como o agressor estão a ter acompanhamento psicológico.»

Buracos (do governo) e poços (do povo)

Uma avisada lei manda que todos os poços, buracos e carreiros sejam declarados, com enormes multas e coimas se não o fizerem. As pobres pessoas nos seus quintais e quintas não fazem ideia nenhuma de tal disposição e a maioria nem ler sabe, como mostrou recente programa televiso, que os colocou perante a boa nova.
E pergunto eu: os buracos do governo tambem estão abrangidos?

Pressionaste, Lopes da Costa, ai, ai

Sempre pressionou segundo as conclusões do inquérito. Pode vir agora a ser alvo de um processo. E fica a pergunta.
Mas se Sócrates nada tem a ver com o caso Freeport, as pressões servem para quê? Arquivem que estão sós, terá dito o magistrado aos colegas.
Mais papista que o Papa?
A versão agora vai ser que Sócrates não pediu nada a ninguem, que foi Lopes da Costa por sua conta e risco que se deu áquele trabalho. Mais do mesmo.
Acontecer aconteceu, mas eu não sou responsável! Nem o conheço, apesar de ter sido meu colega no Governo, de ser meu camarada no partido, de ter sido nomeado para um lugar no Eurojust por um governo PS! Nunca o vi!
Há quem acredite nisto?

Gripe Suína: Para os adeptos da Teoria da Conspiração

Ela veio para ficar e por mais de dez anos

Ela é crise. Veio para ficar porque, lê-se hoje no i, “a crise faz parte do modo de operação da economia portuguesa”. Para mudar o país, acompanha a notícia, “é preciso modificar radicalmente o modelo de funcionamento”.

Se é assim, escusamos de tirar o asno da pluviosidade porque isso nunca irá acontecer. Isto é Portugal e nós somos portugueses. Não alteramos qualquer modelo, ele é que tem de se ajustar a nós. Foi sempre assim ao longo da história. E se não resultar, recorre-se às mais famosas características nacionais, o improviso e o desenrasque. Há dias, foi notícia o facto de os norte-americanos quererem importar essa palavra mágica – desenrascanço – para o inglês. Por mim, até a podem levar. Não é uma questão semântica, é de sentimento, é algo só nosso, como a saudade e o fado. Não institui por decreto ou por incorporação no dicionário.

Numa carta que remeteu ao Governo, Eduardo Catroga (citado na mesma notícia) salienta que se nada for feito, sairemos desta crise conjuntural com os “problemas estruturais agravados”. Pois, bem-vindos ao país real. Tem sido assim ao longo de séculos e a coisa não vai mudar. Teríamos de deslocar a nossa terrinha para outra banda e mudar o povo que, por cá, vai levando a vida conforme pode, numa resignação bem caseira.

Outro ex-ministro das Finanças, Miguel Cadilhe, prefere um caminho diferente e garante que a solução para o país está em duas palavras: reformas estruturais. Valha-nos alguém lúcido. Isso sabemos fazer. Pelo menos, andamos há décadas a falar de reformas estruturais. Algumas devemos ter feito.

Gordon Sócrates pede desculpas

 
Lembram-se da Energie, aquela fabulosa fábrica inventora de tecnologia que o nosso primeiro, mais o sempre extraordinário “farinha Maizena”, foram visitar e ali deixar um camião de massa?
Tal qual diziam os seus concorrentes do sector de energia reciclável, a Energie não inventou coisa nenhuma. Aquilo é um recuperador de energia sustentado a electricidade da rede pública!
Foi-lhe hoje negada a certificação de produtor de equipamentos para energia reciclável!
Já agora, é só para informar que o primeiro ministro de Inglaterra, a mais velha democracia, veio pedir desculpas públicas por ter gasto uns tostões do dinheiro público!

A crise já não é o que era

É desta que damos cabo da maldita crise, que nos tem atormentado há anos. Agora é que é. Os sinais estão aí, já carimbados como reais pelo FMI e pela OCDE. Além, claro, dos bancos nacionais.

Os quatro maiores bancos privados (BCP, BES, Santander Totta e BPI) apresentaram lucros nos três primeiros meses do ano. Lucros, sim, essa palavrinha mágica com seis letrinhas apenas. Já os lucros têm mais zeros. As instituições bancárias lucraram 400 milhões de euros no 1º trimestre, o que significa 4,4 milhões de euros por dia.

É ainda pouco para os bancos? Queriam mais? É bem melhor que uma vergastada nas contas.