Basílio Horta, o Presidente dos PINs que nos tem inundado de projectos que não interessam a ninguém, vem agora dizer que “toda a gente conhece Portugal e gosta do que conhece, mas esse conhecimento está centrado no golfe, na gastronomia, no Ronaldo e no Mourinho”.
Como se não fosse nada com ele.
“É uma boa percepção e temos enorme orgulho no nosso turismo, mas é uma percepção incompleta”, diz o homem que se arrepia sempre que lhe dizem que durante estes anos tem andado a converter terreno classificado em hotéis e campos de golfe!
Mas isto vai mudar! Vai, vai! Agora vamos lançar uma série de iniciatiavas com o objectivo de trazer, até ao fim do ano, centenas de empresários para cá, nas seguintes áreas: renováveis, software, cuidados de saúde, biotecnologia, inovação dos materiais e dos oceanos!
E quem são os empresários? Ingleses! E porquê agora e nestas áreas? Porque correspondem às opções políticas do governo Britânico para 2009!
Uff! Estava a ver que o nosso governo tinha abandonado o TGV, o aeroporto,as autoestradas em duplicado!
A gente sofre mas diverte-se muito…
A gente diverte-se muito…
Preços das casas caem mais de 40%
À volta das grandes cidades há dezenas de milhares de casas que ninguem quer e que daqui a uma década ter-se-ão degradado tanto que os proprietários vão ter que pagar ao Estado para as demolir.Construídas numa altura em que o acesso ao crédito estava muito facilitado hoje ,mesmo que haja quem queira comprar casa nesses locais, a banca não concede crédito.Estamos perante uma crise financeira mas tambem social.São os divórcios, o sobreendividamento, o desemprego…
As famílias têm que passar a fazer planeamento da sua situação financeira, não podem solicitar crédito que não podem pagar.As questões de personalidade,formação e informação são decisivas para que as famílias não comentam erros de que se arrependem amargamento no futuro.E, não esquecer, que quando se faz um orçamento devemos contar que vamos ter mais despesas e menos receitas do que as nos parecem razoáveis!
Tratado de Lisboa!, diz José Sócrates. Tratado de onde?
Num comício em Coimbra, na campanha para as Eleições Europeias, José Sócrates referiu o Tratado de Lisboa como o grande feito da sua governação.
Tratado de Lisboa? Aquele que foi muito importante para a sua carreira política? Ou aquele para o qual prometeu um referendo que não fez? Ou aquele que a Irlanda não assinou? Ou aquele que simplesmente não existe nem nunca entrará em vigor? Tratado de quê?
Como um pássaro no arame
Quando todos os cantores se transformaram em bombas sexuais, e as vozes se fizeram secundárias em face dos olhares sedutores, das poses de divas ou semi-deuses, e nos perguntamos que espaço teria Ella Fitzgerald, por exemplo, se nascesse agora, eis que irrompem os primeiros acordes da valsa e entra o veterano Leonard Cohen, que, de fato riscado e borsalino a velar-lhe os olhos, enche o palco com sua esplêndida velhice.
Já não se vêem velhos em palco, repararam? A velhice, tão inestética, é escondida ou travestida com grotescas máscaras de falsa juventude. Madonna esconde uns impossíveis 50 anos com coreografias acrobáticas, e apenas os Stones exibem o mapa rugoso das suas faces mas não assumem a condição de velhos. São, antes, eternos jovens gastos pelas muitas infracções.
Mas Cohen é um velho. Os dedos ossudos dedilham a guitarra, o olhar fixa-se num ponto distante que não conseguimos alcançar, e as canções já tantas vezes tocadas saem de novo à luz e revivem uma outra vez, antes do regresso à sombra. A voz envelheceu, perdeu brilho e amplitude, fragilizou-se e Cohen não tenta iludi-lo.
Mas as canções ganharam densidade, a melancolia enriqueceu-se com um travo de ironia, e a alegria não perdeu luminosidade mas tornou-se sábia. Assombradas pela figura agora frágil do seu trovador, as palavras ardem, consomem-se, amanhã renascerão das cinzas. Como aquela que começa assim… “Well my friends are gone and my hair is gray / I ache in the places where I used to play”…
«A mesa para ela, o LCD para ele». Sim, eu vejo o Querido Mudei a Casa!
Acabei de ver, numa típica tarde familiar, o «Querido Mudei a Casa». Até estava hesitante em postar este vídeo bem cómico que me deram a conhecer numa das minhas noites de boémia em Cinfães. Mas se são as mulheres a tratar-se dessa maneira, que mal tem publicar uma coisa divertida que não faz mal a ninguém…
Voltando ao assunto. A certa altura, a apresentadora do «Querido», a Sofia Carvalho, fala das alterações que fizeram na casa e do que deixaram de novo. «Para ela, esta fantástica mesa de jantar. Para ele, este LCD». Assim mesmo, literalmente. Ou seja: ela fica a cozinhar e a pôr a mesa, enquanto ele fica em frente à televisão a ver o futebol. Já agora, como mulher submissa, espero que ela lhe leve uma cerveja fresquinha ao sofá, para ele poder arrotar furiosamente enquanto coça os tomates.
Em que século vive esta simpática apresentadora de televisão?
A Marcha da CDU: 85 mil em protesto
Foi hoje à tarde, em Lisboa. Mais uma mega-manifestação de protesto contra o Governo e, segundo o «Público», um bem afinado conjunto de «slogans» contra esta política.
A dois dias do início da campanha eleitoral para as Eleições Europeias, o PS sente o descontentamento da população. Dir-se-á que foi uma organização de um Partido político, mas nunca outro Governo, como este, teve de defrontar tantas amanifestações desta dimensão. Ao ponto de se relativizarem os 85 mil de hoje.
Foram 200 mil da CFTP por duas vezes, foram 120 mil e 100 mil dos professores, foram os 85 mil de hoje. Poucas vezes, desde o 25 de Abril, a luta de rua atingiu números tão significativos.
«Os números não são importantes» – é o que dizem sempre nesta altura os actuais detentores do poder. Não serão?
De volta ao mar – Estaleiros
São precisos novos investimentos de actualização e modernização dos estaleiros, evitando a degradação dos que ainda operam.Os estaleiros devem ser seleccionados por especialização, para ser criada uma rede nacional, o que implicará associações entre estaleiros para aproveitar a capacidade instalada.Importará estruturar redes de subcontratação e aumentar a flexibilidade laboral.
Deve ser refundada a Associação das Indústrias Marítimas e criados interlocutores seus permanentes junto da Administração Pública,que seja um elo de ligação à UE!
FORMAÇÃO – Devem ser utilizadas as escolas da marinha para formar pessoal civil e alargar a missão da marinha, de forma a considerar outras actividades de interesse nacional, nomeadamente no que respeita à iInvestigação e Desenvolvimento.Devem ainda ser potenciadas as capacidades da Marinha para apoiar a exportação de navios militares e incrementar o seu papel nos meios de segurança da navegação de recreio, reforçando ainda a sua actividade nos meios de intervenção na protecção do ambiente.
A Lavandaria
A Lavandaria reabriu aos fregueses.
Temeu-se o pior mas o Jorge Fiel apenas andou e anda com problemas de “pacotes”. Sem segundas intenções.
Um forte “seja bem regressado” a um dos melhores blogues tripeiros!
Quantos advogados são necessários para mudar uma lâmpada?
“Um advogado fará tudo para ganhar um caso, algumas vezes até dirá a verdade”, disse Patrick Murray numa das inúmeras frases e piadas em redor desta classe profissional. Há muito que os advogados têm má imagem pública, sobretudo nos EUA, em Itália e diversos outros países. Em Portugal eram, até há poucos anos, uma das classes mais respeitadas. Hoje o cenário não é o mesmo. Em parte por culpa própria, mas também por responsabilidades da justiça nacional, um dos sectores mais atrasados e miseráveis deste nosso país.
Há demasiadas leis, decretos, portarias, regulamentos, por vezes contraditórios, e, usando analogias automobilísticas, diversas escapatórias e rotundas que permitem aos advogados e alguns dos seus clientes contornarem decisões desfavoráveis ou utilizarem manobras dilatórias, que prolongam os processos ‘ad eternum’.
Há uns anos, José Miguel Júdice, enquanto bastonário da ordem, denunciou a existência de advogados que cobram “honorários que são autênticos assaltos à mão armada”. Esta semana contaram-me uma historias dessas. Três partes, um queixoso e dois à defesa, três advogados. O queixoso venceu o primeiro ‘round’. Os perdedores recorreram. Destes, um dos advogados, elemento de um grande gabinete, e representando um cliente, apresentou a documentação a tempo e horas e acabou por vencer a contenda. O outro, pequeno escritório, e representando outro cliente, não recorreu a tempo e o cliente voltou a perder. A conta do grande escritório foi de 750 euros. O pequeno escritório apresentou uma factura de 2500.
António Marinho Pinto, actual bastonário, sabe do que fala. Pode não ter a sensibilidade necessária para dizer o mesmo utilizando palavras diferentes mas, se calhar, não quer. O que diz não agrada aos elementos da sua corporação, talvez por ser verdade. Esta semana veio dizer que alguns advogados ou escritórios” são “quase especialistas em ajudar certos clientes a praticar determinado tipo de delitos, sobretudo na área do delito económico”. Os advogados não gostaram mas fiquem sabendo que é isso mesmo que pensam as pessoas que estão de fora das guerrinhas e tricas da classe. Claro que não são todos os que assim procedem. Será até uma minoria mas é sabido que uma maça podre pode estragar todo um pomar.
Hoje sabemos que a Ordem dos Advogados puniu, em 2008, “359 profissionais por infracções que vão desde abuso de confiança a faltas deontológicas várias, como faltas a julgamentos, abandono de clientes ou conflitos de interesses”.
Já agora, sabem quantos advogados são necessários para mudar uma lâmpada? Três. Um para rodar a lâmpada, outros para o atirar abaixo da escada e um terceiro para processar a empresa produtora da escada.
O Banco de Portugal merece aumento
O que o Banco de Portugal sabia em 2005 sobre o BPN!
Operações domiciliadas no BPN Cayman eram feitas num sistema informático próprio, a que acedia um número restrito de pessoas. Os mecanismos de controlo necessários aos príncipios preventivos de braqueamento de capitais não foram aplicados.
O crédito concedido a diversas entidades associadas a El-Assir, empresário envolvido juntamente com Dias Loureiro no ruinoso negócio de Porto Rico, não era reportado de forma consolidada, embora o montante (42.9 milhões de euros) obrigasse o BPN a fazê-lo.
A SNL Imobiliária, apesar de ter vendida em Agosto de 2000 por recomendação do Banco de Portugal, continuava a ser gerida em 2005 no interesse do grupo e estava nas mãos de cinco accionistas da SLN.
O procedimento do crédito no BPN tinha uma organização muito deficiente dos dossiês de crédito e gestão de acompanhamento das carteiras, um problema tambem detectado em 2002.Muitas propostas de crédito estavam fora do sistema.
Como se vê o BdP na pessoa dos seus administradores e directores merecem todos aumento.De trabalho!
Requiem pela Ministra da Educação (II)
O «Novas Oportunidades», lançado pelo ministro David Justino, foi uma excelente medida, igual ao que já existe por toda a Europa. Mas qualquer instituição pode fazer a formação para validação de competências. Há empresas privadas que recebem dinheiro para fazê-lo, mas os seus funcionários não chegam a comparecer uma única vez e obtêm o diploma em dois ou três meses. Há instituições que permitem fazer do 5.º ao 12.º ano em seis meses. As estatísticas é que contam. Faz lembrar o Fundo Social Europeu.
Quanto aos professores, o novo Estatuto da Carreira Docente está na base da maior parte das críticas à ministra. Em nenhum dos países desenvolvidos há uma divisão na carreira entre professores e professores titulares. Porque todos são professores e aqui, não há nem deve haver hierarquias. Todos os professores são iguais. O problema piora quando são os titulares que vão avaliar os professores.
Estes titulares, relembre-se, chegaram a este cargo com base apenas nos cargos ocupados nos últimos sete anos. Não são os melhores, são os que tiveram mais cargos. Para efeitos administrativos, em 2007 a ministra Maria de Lurdes de Rodrigues classificou-os a todos com a menção qualitativa de BOM. Onde é que já se viu isto? Já chegámos à Madeira?
É por isso que o Estatuto da Carreira Docente é a fonte de todos os males. Porque tem uma série de implicações negativas, apesar de revelar alguns aspectos positivos, relacionados sobretudo com as faltas dos professores.
Por fim, no que toca à avaliação do desempenho, há alguns anos atrás havia uma prova pública de acesso ao 8.º escalão. Os professores que reprovassem nessa prova nunca ascendiam ao topo da carreira e ficavam para sempre no 7.º escalão. Essa prova pública de acesso, essa sim que distinguia os melhores professores, foi abolida pelo Governo do PS de António Guterres, do qual fazia parte José Sócrates.
A partir daí, 1998, passou a existir a progressão automática na carreira. E aplauda-se o fim desse sistema. É fundamental avaliar e não se pode admitir que um professor que não faz nada progrida da mesma forma que outro que se empenha a sério.
Mas tem de ser uma avaliação justa, que não contenha factores pelos quais o professor não é responsável e que não controla minimamente, como é o caso do abandono escolar ou do insucesso escolar. Não admito que, em Setembro, tenha de dizer que 90% dos meus alunos vão ter positiva e 10% negativa. E se o número de negativas for maior? Devo ser prejudicado na minha avaliação porque não cumpri os objectivos? Ou passo os alunos para ajustar a sua classificação aos meus objectivos? E se os alunos abandonarem a escola para ir trabalhar, ou emigrarem com os pais, como acontece muito no Interior, por que razão devo ser prejudicado na minha avaliação?
Para além disso, era perfeitamente possível avaliar um professor sem obrigá-lo a tamanha carga burocrática. Veja-se este exemplo referido por Manuel António Pina, esse grande sindicalista: «Uma professora com 9 turmas e 193 alunos vai ter que introduzir manualmente no computador 17 377 registos e fazer 1456 fotocópias, além de participar em algo como 91 reuniões. Contas feitas, a 1 minuto por registo, e visto que a professora é um Usain Bolt informático, e não dorme nem come, nem se coça, nem se assoa, inteiramente entregue à avaliação, são 290 horas, isto é, 12 dias (noites incluídas).
Já 1456 fotocópias a 1 minuto cada (tirar o papel do monte, pô-lo na bandeja da fotocopiadora topo de gama da escola, esperar que saia fotocopiado e colocá-lo noutro monte), levam-lhe mais um 1 dia (noite incluída). E 91 reuniões, também de 1 minuto, mais 91 escassos minutos. Ao todo, a professora fará a coisa em pouco mais de 13 dias (noites incluídas). Qual “pesadelo burocrático” qual quê! No fim ainda lhe sobrarão, se alguém a conseguir trazer do cemitério ou do manicómio, 152 dias para dar aulas, aprovar os 193 alunos e contribuir para as estatísticas da ministra.»
Ou veja-se as grelhas de avaliação publicadas pelo Governo em «Diário da República». Duas simples folhinhas, como se pode ver neste PDF.
Marinho Pinto na TVI
O que acho piada é alguém se ter dado ao trabalho de filmar este momento “TV Rural” do Jornal Nacional da TVI. Fantástico!
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