q
ue, segundo me parece, país territorialmente pequeno, estamos de Norte a Sul, muito homogeneizados do ponto de vista étnico. Linguisticamente, as diferenças dialectais são irrelevantes – embora, apesar disso, as utilizemos abundantemente em graçolas nem sempre muito imaginosas. Nada tenho contra a regionalização, porque descentralizar parece-me urgente; mas, na realidade, o nosso País é, no seu conjunto, uma região.
Estás óptimo como sempre mas particularmente contundente!
Talvez esteja. Mas não pretendo ofender ninguém. No entanto. acho que todos devemos fazer um esforço nesse sentido – não ofender ninguém.
Ofender, não vale, embora me pareça que quando nos chamam mouros “é só uma figura de estilo”, é atirar o que está à mão.
acho que não ofendem… pelo menos a mim que sou um zero à esquerda no que se refere a futebol
Desculpe, Carlos, mas neste caso parece-me que não tem razão. Esse comentário dos «mouros» foi feito pelo Fernando Moreira de Sá a propósito do «post» de um amigo dele, o João Pereira dos Santos. Aliás, foi por intermédio do Fernando que o João entrou para o Aventar. Por isso, foi apenas uma «boca» entre amigos, nada mais. Agora, reparo que o Carlos viu o comentário dos mouros mas não viu o «post» que lhe deu origem e que dizia algo como isto: «o resultado oficial reflecte a 2ª parte das encomendas do sistema para este fim-de-semana: depois do penalty roubado à Académica e ao golo em offside do FCP, seguiu-se, para já, o golo em offside do Nacional e o golo roubado ao SLB. É evidente que ainda só vamos a meio, pelo que o sistema ainda tem algum tempo para ver a sua estratégia para esta jornada dar frutos. Mas é delicioso ver o desespero. É delicioso ver uma equipa que tem uma categoria que obriga o sistema a abandonar a discrição quando se trata de adulterar resultados. No entanto, deixo a pergunta: o fulano do apito vai acabar o jogo em liberdade? A PJ e o Ministério Público vão deixar passar esta jornada em claro?» Comer e calar? Isso não, Carlos.
Não me é possível escrever um texto destes, tão claro e pedagógico. Tenho pena, mas nãp sou capaz. Por um lado não sei escrever tão bem e por outro nada entendo de futebol nem quero entender. Sou um zero tão redondo como a bola de futebol. Outro assunto bem mais importante: a Carla Romualdo abstemia? Estou para a minha vida! Não sei se abstemia é uma palavra grave (no norte dizem glicemia e no sul dizem glicémia). Se for grave, muito mais grave se torna a abstemia da Carla: Como é que uma pessoa tão inteligente, se priva de um copito, um dos mais importantes elementos do nosso bem-estar, um dos mais evidentes estímulos da nossa criatividade e um dos mais eficazes catalisadores dos nossos sonhos? Para além de conter muitos flavonóides, antioxidantes e protectores do sistema cardiovascular, motor principal da manutenção da vida. Que devo receitar à Carla? Não há receita possível. Apenas começar com umas colherinhas (uma de 12 em 12 horas, por exemplo, poderá ser uma boa posologia para adaptação) de Cortes de Cima 2006, Mouchão 2003, ou outros xaropes, que os há muito bons e de muita confiança, bem tolerados e sem efeitos secundários.
Pois, no meio das considerações à volta dos «mouros» do Carlos, esqueci-me de falar da pobre da Carla Romualdo, uma abstémia. Amiga Carla, conheço-te há algum tempo e nunca te julguei capaz de tal. Cá por mim, como dizia o meu avô, que não conheci, não posso beber água – podia constipar-me e era uma pena, tenho uma filhinha para criar e vem outra a caminho. Continuarei a beber… por mim e por ti.
Caríssimo Ricardo. Não tenho a pretensão de ter sempre razão, basta-me tê-la algumas vezes. Não me refiro a esse comentário, pois deve-me ter passado despercebido. refiro-me a uma expressão que tem sido aqui recorrentemente utilizada. Basta procurar que logo se encontra. Não discuto a sua razão no caso que invoca. Quanto ao FMSá (não recordo se é só ele que usa a expressão, mas acho que não), diria que os textos deles são interessantíssimos desde que não se refiram a futebol. Para não irmos mais longe, é excelente o texto dele sobre o falecimento do António Sérgio; continuo a achar que a minha teoria da obnubilição provocada pelo tema, está certa.
Eu digo glicemia, leucemia, abstemia… embora já tenha ouvido médicos dizer leucémia. glicémia , etc. O caso da Carla é, de facto, preocupante, uma rapariga tão nova… Vejam lá se a curam.
Tomei nota da receita para a Carla. Obrigado, Adão – essa prescrição pode salvar muitas vidas.
Não fui claro na questão gramatical: «abstémia, s.f., a que se abstém de bebidas alcoólicas»; «abstemia, s.f., qualidade da abstémia», na opinião aqui mais defendida, não é uma qualidade, é uma patologia.
Eu também digo glicemia, leucemia etc. e não vou em lisboetices. Um dia pus a questão a um professor conceituado, já falecido, por acaso tio de Marques Mendes, e ele deu-me razão, argumentando lá com umas razões de grego de que já não me recordo.
Felizmente que o meu médico e tambem meu amigo e tambem meu conterrâneo, é um médico que me prescreve receitas da qualidade desta do Adão…
A vossa preocupação comove-me, meus amigos, mas não se preocupem, que estou muito bem assim. Pode ser que o álcool estimule a criatividade a alguns (serão poucos, parece-me) mas não é o meu caso.
Essa ausência de sentimento de culpa torna o caso ainda mais grave. Agora ainda fico mais preocupado, Carla.
isto da ausência de sentimento de culpa deve ser um benefício de não ter tido educação religiosa e andar para aqui sem baptismo nem nada.
Sua herege, Carla. Só os bichos é que não são baptizados.
O sentimento de culpa nada tem a ver com o sacramento do baptismo. E o caso vai-se agravando. Sem pretender meter a foice em seara alheia, sugeria ao Adão em vez das tais colherinhas , uma garrafa inteira da Quinta da Pellada (2001), uma coisa divinal que fazem nas encostas do Dão. Ia para sugerir um Herdade do Esporão, mas produzido em plena Arábia Saudita, reconduziria este debate para o seu tema inicial. Coisa que não queremos. Agora que o caso é grave, lá isso é. Uma abstemia aguda – está bem, está…
“O sentimento de culpa nada tem a ver com o sacramento do baptismo. “Mas tem a ver com a doutrinação que costuma seguir-se-lhe
não chego a ser herege, Ricardo, porque nunca professei a fé. é ainda melhor, é nunca chegar a entrar no matrix
Assim o entendo