O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, disse, esta quinta-feira, que Portugal «não é um país de corruptos»
Num país a brincar ao estado de direito Pinto Monteiro é PGR. E fala. A bem dizer, e tendo em conta as sentenças recentes contra Sá Fernandes, ele até tem formalmente razão: Portugal é um país em que a legislação feita pelos amigos dos corruptos permite que a corrupção seja intocável, mesmo que apanhada em flagrante delito.
E se com um grande esforço pensarmos melhor no assunto, Portugal nem é um país de grande corrupção, mais submarino menos fripór, mais banco menos SLN: é o país da cunha, do arranjinho, do sucateiro, e do Pinto Monteiro que se deixa ser PGR a compor o ramalhete, dizendo estas coisas sem se rir.
A esmagadora maioria dos milhões de euros que fogem de Portugal, nem fogem: vão devagarinho e legalmente para um offshore qualquer.
É triste mas acabo por lhe dar razão: Portugal é um país de Pinto Monteiros. Sempre em frente e a assobiar para o lado.
Ora nem mais. Um país onde a cunha é uma instituição não é corrupto. É só uma tristeza. Mas uma tristeza divertida.
Este é outro que não tem a noção do ridículo da suas próprias afirmações…
A questão está em saber se ele acredita mesmo naquilo que diz… cá para mim, por mais estranho que possa parecer, eu acredito que ele acredita!…
Portugal não é um país de corruptos, é um país onde impera a corrupção, mas a maioria nem lá chega, não tem as cunhas. Estatísticamente não somos corruptos.
Que há-de dizer o PGR?
Para além de país de Pinto Monteiro, não será também o país dos professores?
Pedro, não sendo um país de psicólogos, psicanalistas e psiquiatras, esse tipo de fixação doentia costuma ser tratada por eles. Bem precisa.