Lembrei-me Agora, Desculpem!

UPS …
-Pssst, desculpe, olhe, fachabôre … não é que seja importante ou que perturbe alguma coisa, mas … lembrei-me agora … aquelas coisas que eu andei a dizer estes anos todos e que fizeram com que aqueles senhores todos fossem condenados ... eram mentira. Drogaram-me, sabe,  e obrigaram-me a dizer coisas que não eram … e só agora me apercebi das coisas que disse … desculpem … eu sei que é chato, mas … os outros senhores são todos inocentes!
Foi mais ou menos assim que o sr Silvino se lembrou, muito de repente, das coisas que lhe aconteceram há já alguns anos. Nesse entretanto, foi ouvido dezenas de vezes pelos agentes que prepararam o processo, foi ouvido em tribunal, leu jornais e ouviu as televisões, e nunca se tinha lembrado de ‘semelhante isto’.
Pelos vistos, as drogas que lhe deram na altura deveriam ter sido muito potentes, para só agora deixarem de fazer efeito.
Tenho pena do sr Silvino, um pobre desgraçado que se diz alegre (gay), mas muito triste por ter mentido. Coitado do homem, mortificado que está por ter feito o que fez, decidiu agora falar a verdade que nunca falou, dizer o que nunca disse e ilibar os já condenados que terão sofrido a bom sofrer pelas calúnias que ele lhes lançou. E, claro, também tenho muita pena dos senhores condenados, coitados.
O triste do alegre (gay) está até convencido de que os outros acusadores / vítimas também terão sido drogados para que tivessem dito o que disseram, e que agora que a droga deixou de fazer efeito irão fazer como ele e passar a falar a ‘nova verdade’.
Por via destas coisas, os advogados dos acusados / condenados, já vieram a terreiro dizer que o processo tem de ser reaberto e voltar tudo à estaca zero, contentes que estão pela possibilidade de ser tudo anulado ou de, com o passar do tempo acabar por prescrever.
Haja pachorra!
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Comments

  1. Rodrigo Costa says:

    … Pois!, Não podemos levar a a mal o silvino -com letra minúscula, é claro!-, porque o país está repleto de silvinos, de anormais que vão fazendo e desfazendo, de acordo com o que lhes dá na real gana.

    Não são menos silvinos os advogados dos condenados, porque, se tivessem uma natureza muito diferente, estariam quietos e calados, por perceberem que houve mais que tempo para arranjar argumentos de defesas credíveis. Como não havia ou não o souberam encontrar, servem-se do raciocínio rasteiro, tão ao jeito dos silvinos… Há pessoas que nºao passam de estrumeira.

  2. José Rocha says:

    Se os mentirosos fossem logo metidos na choça não havia casos destes.