O dia em que o Estado me defendeu

Fui recentemente alvo de protecção estatal, a qual se concretizou no pagamento à Câmara Municipal de Sintra de diversos emolumentos. Para se ter uma ideia do que se está a falar, aqui fica uma amostra:

m.l. = metro linear; lista completa

Portanto, para me proteger – é para isso que estas coisas existem, não é? – preparar-me para o Inverno (algerozes, ter uma sebe com uma regueira que escoe as águas pluviais e arranjar um abrigo para um cão) ficar-me-ia neste exemplo, em cerca de 75 euros (considerando os 25 € a pagar pela “comunicação prévia”). Tive ainda que perder um dia de trabalho para seguir os trâmites que lhes permitam dizer que isto não é apenas extorsão. Ao menos que arranjassem um NIB e que se deixassem deste faz de conta. O resultado era o mesmo e sempre melhorava a produtividade nacional. Mas se calhar eu ficava mais desprotegido…

Comments

  1. Ana Maria says:

    Pelo menos tem casa própria que é um luxo que eu não consigo ter.
    Os ricos que paguem a crise!

    • jorge fliscorno says:

      Fica-lhe mal a inveja. Se a estou a pagar é porque trabalhei e trabalho para isso. Não nasci em berço de ouro e tive que fazer muitas opções duras que outros preferiram não fazer. Com isto quero dizer que onde cheguei qualquer um pode chegar.

  2. As coisas que se aprende aqui: se ter casa que se paga a peso de ouro a um banco que nos empresta o dinheiro e cuja a prestação não pode falhar, mesmo que se tenha que prescindir de coisas essenciais na vida, é ser rico, então parece-me que vivemos num país de milionários.
    Basicamente vivemos é num país onde não há um política de arrendamento consentânea com os rendimentos.

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