Ficámos a saber que, além de estar «prevista uma sessão pública para discutir o tema», «pretendem convidar pessoas de organizações e de associações, entre outros participantes, que, de alguma forma, estejam ligados à causa». O objectivo, dizem, é «continuar esta batalha na sociedade: mudar mentalidades, destruir preconceitos, chamar a atenção para estas questões». No entanto, apesar de um dirigente do Bloco de Esquerda ter dito que «ficarmos com três grafias (…) é absolutamente insustentável, não faz sentido nenhum, é de uma ilogicidade total”, insistem na ‘adoção’, ou seja, nas ‘aduções’. Lamentável.
Efectivamente.
Mais lamentável que as formas são os conteúdos.
Se é verdade que é lamentável usar o termo “adoção”, com uma grafia incorrecta na forma, mais lamentável é o conteúdo (ou falta dele) de tantas cabecinhas que, dois mil anos após este sujeito que se proclamava filho de deus (minúscula propositada), continuam a pautar a sua vida por algo inexistente e estúpido, em vez de pensar por si próprios.
Lamentável é tanta gente religiosa, que vê coisas onde nada existe e acredita no ilógico em vez do lógico.
Viver de modo tão alienado da realidade é algo lamentável. De facto.
O sujeito que se proclamava filho de Deus deixou uma marca indelével na História que nem o amante da lógica Carvalho conseguirá apagar, apesar de acreditar no absurdo (ilógico) de se considerar um ser pensante menos estúpido que Agostinho ou Tomás de Aquino.
Os cães dos meus vizinhos também deixam “marcas indeleveis” no relvado à frente do prédio. E eu ignoro-as menos do que ignoro as “marcas” que o seu amiguinho de pai duvidoso deixou. Estou-me a cagar para o seu amiguinho imaginário, pá. E para si também!
Confirma!
Sabe onde pode meter a sua confirmação? Ou precisa que lhe faça um desenho?
Carvalho,
Crenças são fáceis de inculcar e dificéis de abandonar.
Estúpidos?! Somos todos, cada um à sua maneira, por acrditarmos em algo.
A racionalidade não comanda as nossas acções e o mundo, muito menos. O mundo é comandado pelas emoções e algumas delas bem nefastas.Mas isso sou eu que digo.
Cristo com dois pais?! Quero lá eu saber.
Preconceitos?! Sim, todos os temos.
A mim aflige-me, um pouco, esta questão da adopção escrita e semântica.
Quanto à escrita, parece-me que a nossa língua, nossa Pátria está muito mal tratada.
Quanto à semântica, não comprendo para quê tanta polémica com o facto de dois homens adoptarem uma criança, ou um, ou duas mulheres ou uma mulher.
Não sou paneleiro (homosexual), porque fui educado para a heterosexualidade e a coisa funcionou assim e não de outro modo.
Mas a heterosexualidade é importante por causa da reprodução biológica (dois para fazer um). Ultrapassada esta barreira com a inseminação e outras técnicas, a heterosexualidade perde o seu interesse para a reprodução biológica.
Sr. Carvalho,
O sr. deixará de ser alienado, quando morrer, tal como eu.
Muitos`são “ilógicos”e não vêm o que o sr. vê. Coitados!!!
A religião aliena?! Sim, alguns alienam-se na religião, outros não.
O Sr. porventura aliena-se noutras circunstâncias da vida.
Se não fosse o Imperador Constantino, já hoje ninguém se lembrava do autoproclamado filho de deus…
É bem verdade. Seria mais um tonto qualquer, como tantos outros, da época e da actualidade, com os seus devaneios e palermices.