Conversas Vadias 53

Na 53ª edição das Conversas Vadias, asseguraram os serviços mínimos, os vadios António de Almeida, Carlos Garcez Osório e José Mário Teixeira. Desta feita a vadiagem rondou: eleições do PSD, candidatos, passados, liberalismo, Iniciativa Liberal, PS, Fernando Medina, contas, Esquerda, Direita, Chega, eleições francesas, protesto, revolta, justiça, impunidade, medo, informação, comunicação social, Passismo, troika, crises e resolução do BES.

Por fim, os vadios apresentaram as suas sugestões: [Read more…]

Conversas Vadias
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Futebol: o campeão vai ser…

IMG_20160515_190227Agora que a janela de transferências (gosto muito destes chavões do mundo da bola) está mais fechada do que a porta da SAD AZUL, resolvi dar uma volta pela Google – sim, assim mesmo no feminino, porque se “ela” sabe tanta coisa só pode ser mulher (pancada no autor!)…

Escrevia eu, antes da fuga prá boca sexista, que fui procurar alguns dados que talvez possam ajudar a pensar as diferentes possibilidades para a nova época.

O site transfermarket dá uma notas (em euros) aos jogadores e aos clubes. Segundo eles, o plantel do SPORT LISBOA E BENFICA terá um valor a rondar os 184 milhões, mais cinco que os vizinhos da frente e mais 7 que a equipa do Porto. Os jogados mais valiosos do SPORT LISBOA E BENFICA são o Salvio, o Rafa e o Pizzi, no Sporting, o William, o Adrian e o Patrício, enquanto no Porto, o Brahimi, o Herrera e o Danilo são os que têm maior valor no mercado.

Diria que, a ver por este factor, teremos um trio de campeões. Curiosamente, no caso do tricampeão o sector mais valioso é o ataque, enquanto nos pretendentes ao trono a maior valia está no meio-campo. Mais longe do objectivo do jogo, portanto. [Read more…]

FCP: O Complexo Basco

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(Este post foi originalmente escrito numa página de grupo privada de adeptos do FCP nas redes sociais depois da derrota com o SCP. Não era para ser publicado no Aventar mas a pedido de muitos decidi colocar aqui a minha opinião. Actualizada fruto dos últimos acontecimentos)

Para muitos este é um post sobre futebol. Para alguns é um pouco mais do que apenas um post sobre futebol.

Mesmo fazendo um enorme esforço não me lembro do momento exacto em que me tornei portista. A influência do meu pai foi fundamental. Recordo-me do velho rádio onde ouvia os relatos (o Quadrante Norte), das disputas na primária com outros miúdos que eram adeptos do Benfica. E depois, a promessa do meu pai de que aos 10 anos me faria sócio do Porto. E assim foi. Mais tarde vieram os primeiros jogos em que fui autorizado a ir sozinho para o Estádio das Antas, depois com os amigos. As alegrias, as tristezas. E 1987. O ano de Viena, do calcanhar do Madjer, as fintas intermináveis do Futre, do eterno capitão João Pinto agarrado à Taça dos Campeões, da cidade do Porto virado do avesso sem esquecer a loucura vivida em pleno cruzamento da Areosa. Os anos oitenta foram intensos. Não estávamos habituados a tantas vitórias. Já os anos noventa foram de vitórias atrás de vitórias. O início deste século foi um verdadeiro regalo: Taça UEFA, Liga dos Campeões, Liga Europa, domínio absoluto a nível nacional, Mourinho, Deco, André Villas-Boas, etc, etc, etc.

Ao longo destes anos o Porto conquistou títulos, lançou jogadores e fez milhões com receitas de todo o género e feitio. Em todo este percurso iniciado no final dos anos setenta passaram por aqui inúmeros jogadores e vários treinadores. Mas existe algo que fez a diferença: Jorge Nuno Pinto da Costa. Liderou o FCPorto e fez uma autêntica revolução. O clube e todos os seus adeptos devem-lhe muito. Ele personifica o FCP vencedor.

Foram poucos, muito poucos, os pontos onde falhou.

Em todos estes anos (mais de três décadas) de liderança ser um tremendo desafio encontrar falhas é algo verdadeiramente impressionante. Claro que existem. Todos as temos e ninguém é perfeito. Nem ninguém vive eternamente. Embora Jorge Nuno Pinto da Costa tenha conseguido com todo o mérito ficar eternamente na história do Futebol Clube do Porto. Só que o tempo é implacável. Para todos nós, sem excepção.

Nem tudo são rosas nos últimos 10 anos do FCPorto no que toca à situação financeira do clube. Em 2004 o passivo do clube rondava os 82,8 milhões de euros. Em 2013 atingia os 220 milhões. Contudo, nesse período, as vendas de jogadores e treinadores foram superiores a 320 milhões de euros. Em 2014/15 o passivo do FC Porto subia de 220 para 276 milhões.

Ao mesmo tempo, no mesmo período, o Porto batia todos os recordes de vendas de jogadores somando mais de 100 milhões em apenas uma época.

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O Porto das boas contas…

Quem costuma ler os meus artigos sabe que não sou socialista, não sou de esquerda nem sou apoiante do PS. Com a mesma liberdade, não posso deixar de partilhar o artigo de Fernando Gomes, antigo presidente da Câmara Municipal do Porto.

Porque se é para discutir as “contas à moda do Porto” então o melhor é conhecer toda a verdade. A verdade nua e crua dos números. Como alguns gostam de fazer. E terminar com certos “mitos”…

Consultado o Relatório de Atividades e da Conta de Gerência da CMP e dos SMAS referente a 1999, último ano da minha gestão, verifica-se que a dívida total consolidada do município era de 76 523 140 euros (apresentada em escudos e agora convertida em euros). Verificado o Relatório de Gestão de 2012, o último publicado referente à atividade da equipa que agora cessou funções, constata-se que a dívida do município atinge 111 193 330 euros. Um agravamento considerável, convenhamos. Mas se tivermos em conta a dívida total consolidada (que integra as empresas e fundações em que a CMP participa), então já se chega aos 128 831 880 euros.

Futurologia

Daqui a muitos anos, um concidadão meu lá do futuro (há palavra para tal?) há-de desencantar, de algum arquivo, as actas da reunião de ontem da Assembleia Municipal do Porto, e descobrir, porventura com um esgarzinho irónico do canto do lábio, que no ano de 2013 havia, nesta nossa comum cidade, um autarca de nome Rui Rio (quem?) que, na despedida, informou a cidade, o país, quiçá a galáxia, ser “possível pôr as contas em ordem e ao mesmo tempo fazer obra”.

Mas se este meu concidadão for um amante da cidade e conhecedor da sua história, há-de soltar uma risada e comentar, só para consigo, com esse distanciamento que só se pode ter com as coisas do passado:  “Olha que pena não teres feito nem uma coisa nem outra”.

Privatizações à moda do Porto

Rui Rio (pela mão do Vereador líder distrital do CDS que apoia entusiasticamente Rui Moreira) decidiu privatizar a limpeza da cidade. Disse que tinha uns estudos técnicos (que nunca apresentou) que provavam que, com a privatização, a Câmara pouparia cerca de 700 mil euros anualmente. Lançou o concurso público com uma base de 5,4 milhões de euros/ano. No entanto, adjudicou esses mesmos serviços por 7,1 milhões de euros. E, no primeiro ano completo em que essa concessão funcionou, pagou 8,1 milhões de euros! Nos anos seguintes, esse valor aumentou, tendo-se situado, em 2011, nos 10,2 milhões de euros – num quadro de redução dos resíduos sólidos produzidos!

Ou seja, de uma poupança ”prevista” de 700 mil euros anuais, a concessão da limpeza traduziu-se num aumento anual de cerca de 5 milhões de euros! Isto não são ”contas à moda do Porto”! Isto é, apenas, um caso de gestão danosa de quem se intitula como ”rigoroso”. Uma situação que não anda longe do escândalo dos contratos ”swap”, de que, aliás, Rio é um dos responsáveis enquanto administrador, principescamente pago, da Metro do Porto.

A ler todo o artigo de Rui Sá. Via 5 Dias.

Acerto de Contas com o Governo da Republica

albertoMais 18 milhões de acertos?

a brincar às continhas de fazconta, não?!

Os truques do costume

Hollande parece que já encontrou o buraco inesperado nas contas francesas que desculpará as promessas que não vai cumprir. Diz a direita que segue Sócrates. Como se Passos Coelho não existisse.

Dúvida neoliberal

Ao ler o título do texto do nosso JJC, uma dúvida assaltou o meu espírito: se o povo afirma que “quem dá aos pobres empresta a Deus”, não seria melhor suspender a caridade para não se correr o risco de um dia mais tarde as agências de notação finaceira classificarem as contas de Nosso Senhor como lixo?

De uma conta a outra

(Como me escasseia o tempo para posts, peço a gentileza de eceitarem, uma vez ou outra, um post de um dos meus filhos, Marcos Cruz)

DE UMA CONTA A OUTRA

As suas contas cada um que as carregue, mas há contas sem ponta por onde se lhes pegue. Se eu pudesse pagá-la em simpatia, pois nada me importaria, só que além de eu saber que ninguém a aceitaria, sei também que não ma devolveria. Faria dela refém, e com ela ficaria, quem de mim não recebesse, a mal ou a bem, tudo quanto lhe cabia. Eu, por mais voltas que desse, só novamente a veria quando me resolvesse a pôr as contas em dia. Mas se, de repente, me saísse a lotaria, toda aquela gente me perdoaria a dívida pendente, esperando que tal simpatia, por ser de categoria, me enchesse de gratidão, a ponto de abrir a mão e, literalmente, tornar a conta corrente. Então, se eu aumentasse a quantia e, por juros de não-cobrança, lhes desse mais do que devia, até mostrar cagança poderia, que à santidade o meu bom nome subiria. Na verdade, assim é a nossa Bolsa de Valores: uma valsa de cobrados e cobradores. Quem melhor a dança é quem não tem amores para além da finança. É uma fidelidade cómica, mas dela vive o fiel da balança económica. A nós, pecadores, não nos resta outra saída senão amar a balança da vida, esperando que seja devida a frase que desde criança por todos nós é ouvida: ‘Enquanto há vida, há esperança!’.

Contas do Orçamento do Estado estão erradas

Pela exposição feita pelo Ministro Teixeira dos Santos, percebeu-se já um erro nas contas do Orçamento do Estado para 2010.

O Ministro disse claramente na televisão, que este Orçamento assentava em dois princípios basilares:

1) Na confiança;

2) Na sensibilidade social;

3) No rigor.

Afinal não são dois, mas três!

Um escândalo!

Uma vergonha!

Pior do que a história do défice!

Mais a mais, 22 horas e 22 minutos não são horas para apresentar o Orçamento a Jaime Gama. Coitado do homem…

Como se não bastasse, Teixeira dos Santos não usou um Magalhães, mas sim um portátil da concorrência.

Outra vergonha!

Abaixo o Governo!