Paulo VI, o Colégio que tem um contrato de associação no centro de Gondomar e que selecciona os alunos


O post do João José Cardoso sobre a manifestação das escolas privadas em Lisboa fez-me querer saber quais são as 93 escolas que têm contratos de associação no país. Aqui estão elas.
Com espanto, verifiquei que uma das escolas que mantém contrato de associação é o Colégio Paulo VI, em Gondomar. Estamos em presença de um bom colégio, mas não é isso que está em causa.
Porque o que está em causa é o seguinte: é um colégio que não cumpre o principal requisito das escolas com contrato de associação – oferecer educação gratuita a uma região que não dispõe de oferta pública. É que, em redor do Paulo VI, a menos de 1 ou 2 km, existe uma extensa rede de escolas públicas, todas com capacidade para albergar mais alunos. No total, são 47 escolas primárias (1.º Ciclo), 7 escolas E B 2 3 (2.º e 3.º Ciclos) e 4 Escolas Secundárias – Gondomar, Rio Tinto, S. Pedro da Cova e Valbom. São números que respeitam apenas à cidade de Gondomar e às freguesias limítrofes e que não contabilizam, por isso, as freguesias mais afastadas da freguesia-sede, como Jovim, Foz do Sousa ou Melres.
O maior argumento para se manter este contrato de associação cai, pois, por terra – e assim se vêem as mentiras que têm surgido no Público e que o João José Cardoso denuncia nestoutro post.
Para além disso, uma escola com contrato de associação, por definição do próprio site que surgiu recentemente em defesa destes contratos, é

uma escola que recebe os alunos da sua área de implantação sem restrições.

Pois bem, todos sabemos que as escolas privadas seleccionam os seus alunos em função dos resutltados escolares. Não querem maus alunos que façam baixar as suas médias nos «rankings». Por isso seleccionam. É o caso do Paulo VI, que não o poderia fazer por ter contrato de associação com o Ministério.
A situação é tão escandalosa que, antes das reuniões de avaliação do 1.º Período, neste ano lectivo, uma Encarregada de Educação veio ter com uma Directora de Turma da minha escola e pediu-lhe para ela dar positiva ao filho no fim do Período. « – Sabe, senhora professora, é que eu quero pô-lo no Paulo VI pró ano e lá, para entrar, também contam as notas do 1.º Período.»
Ou seja, o Colégio Paulo VI também não cumpre o requisito de aceitar todos os alunos da sua área de proveniência. E mesmo assim, julga-se no direito de receber do Estado todas as verbas como se de uma escola pública se tratasse.
No final, não admira que o Colégio Paulo VI, com todas essas selecções, apareceça em 1.º lugar do «ranking» das escolas do concelho de Gondomar. Mas repare-se: com todas essas selecções, os seus alunos de 9.º ano têm de média 3,63, enquanto que a escola classificada em 2.º lugar, a Secundária de Gondomar, tem praticamente a mesma média – 3,23%.

Comments

  1. Pois!!! tem que haver aí mais qualquer coisa que não se descortina à vista desarmada …

  2. Só por curiosidade e ,desculpem lá qualquer coisinha, quantos alunos por turma tem aquela escola eb 2/3 de Gondomar?

    É giro ‘earthgooglar’ e dá ideia de gente muito à frente, e tal, mas a questão pode estar mal colocada.

    P.S. desde já afirmo que o meu filho anda numa escola publica do primeiro ciclo (numa turma de 28 !!! alunos) por isso não quero saber desta ‘cegada’ mas cheira-me a que estes posts têm a ver com o facto do Colégio se chamar Paulo VI… se calhar se fosse Colégio Saramago, ou quiça família Soares o caso seria analisado com as mesmas maquinas de calcular e números mirabolantes que vimos nas análises aos resultados eleitorais.

    • Paulo Tomé says:

      Portanto, vamos mudar o nome do colégio para Colégio Saramago! Assim, este pessoal quese diz agnóstico, passa logo a bater palminhas!

  3. Mas qual earthgooglar? Eu construí um mapa com os dados de Coimbra que conheço de cor e salteado, é a minha terra. O Ricardo fez o mesmo na sua região. Quer melhor do que professores de uma zona para falarem sobre a realidade a que ela respeita?

    • Paulo Tomé says:

      Mais uma vez, medir a educação ao metro pode ser contraproducente para as necessidades do país!
      São boas escolas? Então devem existir! Não percebo pq é que estando tão próximas umas das outras, como dizem, umas têm uns resultados e outras….nem por isso!!!
      Viva o Colégio José Saramago!!!!

  4. josejose says:

    Sr. Carlos Alberto:

    … então pelo facto de se chamar Paulo VI, não se podem denunciar todas estas trafulhices, de religiões e (ou) de pessoas que fazem parte delas ?

  5. Caro Cardoso, não se abespinhe com o ‘earthgoogar’ é que estava a olhar para o mapa e juro que está lá escrito Google… mas devem ser os meus olhos anti-esquerdistas, vulgo imperialistas!!!
    Não estou a dizer que está mal feito o vosso trabalho de mostrar as escolas, presumo que sejam gente honesta e pelo vistos não me fiz entender:
    Quantos alunos tem aquela escola e b 2,3 de Gondomar, por turma? Será que o dinheiro que lá está a ser bem empregue? Será que os moços saem de lá a saber que o primeiro Rei de Portugal não foi Mario Soares? Ou que Marrocos não fica na Oceania?

    • Paulo Tomé says:

      Concordo em absoluto!!!
      É fácil atirar os “estudos” como convém! A uns convém ser assim! Outros talvez nem por isso!

  6. António Fernando Nabais says:

    Caro Carlos Alberto, o problema não está só no estado em que saem da escola, mas também no estado em que entram, ou seja, na selecção inicial. É muito mais fácil ensinar quem está, por várias razões, predisposto a isso do que quem vem de um meio mais desfavorecido (o que não quer dizer ser mais burro, é ser mais desfavorecido). De resto, o Ricardo escreve sobre quilómetros e você acha que ele está a atacar a Igreja e defender os comunistas. Leia outra vez: o problema está no facto de uma escola particular que recebe dinheiros do Estado ficar na proximidade de escolas públicas e, ainda por cima, concorrer de forma desleal com escolas públicas, ainda por cima, fazendo selecção de alunos. Deixe lá o Paulo VI e o Saramago!

    • Paulo Tomé says:

      O problema está na generealização que se faz de casos escolhidos pelos senhores! A escola em questão faz escolha porque tem “clientes” em demasia! É o mercado a funcionar, meus caros!
      Na estatal não o fazem, porque é preciso arrastar os pais para lá! Porque será???

  7. Ricardo Gomes says:

    he, he…o Pais não é mau o Povo é que é uma merda!! O Post até não está mau, mas gaita, media de 3,6 é quase o mesmo que 3,2..vc é formado em direito não é…

    • Ricardo Santos Pinto says:

      Pois. Como eu digo aos meus alunos, «você» é carroceiro. Que eu não o conheço de lado nenhum. Não me diga que é formado em Engenharia! (civil?)

  8. Cristina says:

    Cuidado!! Colocar todas as escolas no mesmo saco é, para além de muito injusto, perigoso!! Sou professora numa escola particular COM CONTRATO DE ASSOCIAÇÃO há cerca de 20 anos. Não escolhemos os alunos que temos, são eles que nos escolhem. Não temos só os “melhores alunos”, temos alunos com muitas dificuldades de aprendizagem e – talvez mais grave, muitos alunos com graves problemas economico-sociais. Se existe oferta estatal na nossa área? Sim, mas duas das escolas surgiram depois, contrariando o Dec. Lei existente. Não podem continuar a “blogar” qualquer coisa…sem terem toda a informação!! Não confundir “escola privada” (onde os meninos pagam) com escolas com contrato de associação (gratuitas e para TODOS os meninos!). Não somos descartáveis!!!

    • Ricardo Santos Pinto says:

      Este post, Cristina, não é sobre as escolas com contrato de associação. É sobre esta escola em particular.

      • Paulo Tomé says:

        Que serve para generalizar!
        Temos que começar a fazer o contrário! A escola Secudária de …. esteve 2 meses sem professor de Biologia, no 10.º ano!
        Note-se que vão fazer exame no 11º ano! Todos estes alunos morreram para os cursos mais valorizados no momento!

        Enfim!!!!

        • Ricardo Santos Pinto says:

          Não generalizei, Paulo Tomé. Falei de um único caso. Aliás, foi a primeira vez que falei no assunto. Quero lá saber se é um Colégio Católico ou não.
          Há casos em que os contratos de associação se justificam, porque não há oferta pública à beira. Por muito que se esforce, não é o caso do Paulo VI.
          Quanto aos males do ensino público, já todos os conhecemos e já todos os temos denunciado aqui. Tem estado pouco atento ao Aventar.

          • Paulo Tomé says:

            Caríssimo, compreendo que o Aventar seja a Bíblia do ensino!
            Aponte, os bons exemplos então! Eu posso garantir-lhe que os pais e a sociedade já escolheram! E aqui generalizo! Os srs. continuam a olhar para dentro! A escola não é para os professores! É para alunos, professores, pais, funcionários, comunidade em geral.

          • Ricardo Santos Pinto says:

            Não, Paulo Tomé. A escola não é para os professores, nem para os funcionários, nem para os pais. A escola é apenas e só para os alunos – sem eles, nada faria sentido. Todos os outros têm de conviver com essa realidade.
            O Aventar não é a Bíblia do ensino. Só que falamos muitas vezes no assunto – o Paulo Tomé é que só chegou hoje.
            Mais uma vez, este post não pretende pôr em causa os contratos de associação. O preconceito é seu. Este post pretende pôr em causa este contrato de associação em particular.

          • Paulo Tomé says:

            Mas com a conjuntura instalada, compreende que a elação mais fácil e generalizada é exactamento o que eu disse: generalizar! Como faz a ministra da Educação!

          • Ricardo Santos Pinto says:

            Mas a mim não me interessa nada o que diz a Ministra da Educação. Não é uma personagem recomendável no meio desta «estória» toda…

  9. Cristina: este post particulariza o caso do Colégio devidamente situado Y identificado. Logo: não pode ler qq coisa y identificar-se nela pq não é sobre a sua Escola que este visa.

    Por curiosidade: tem os exactos direitos que um seu colega no sector público? ( Se me responder que sim, avanço que é das centenas de colegas q conheço em escolas particulares que beneficia de subsídio de férias Y natal Y tem as horas extra-ordinárias pagas, adianto-lhe desde já os parabéns).

    …………

    • Paulo Tomé says:

      Tem o colega as mesmas condições para trabalhar que um colega do privado! Sente o seu trabalho a dar frutos? Sente-se valorizado pelo que tem feito? Identifica-se com o projecto educativo? Vive a sua escola com prazer?
      Se sim, desde já os meus parabéns!

      • Ricardo Santos Pinto says:

        Sim, Paulo, penso que tenho as mesmas condições dos privados. Boas instalações, computador em todas as salas com projector e acesso à internet, quadros interactivos, uma Biblioteca decente, alunos respeitadores. Não podia pedir mais.

        • Paulo Tomé says:

          Estamos os dois felizes e concretizados!
          E a avaliação de professores? Está a correr bem?

          • Ricardo Santos Pinto says:

            Está, obrigado.

          • Paulo Tomé says:

            Deveria ser um caso estudo a sua escola!!!
            Proponho que publique e o divulgue pelas outros 99, 9% onde não está!

  10. Ricardo Santos, conforme lhe disse, ontem falei com o Paulo VI (a directora) e com a secundária de Gondomar. O contrato de associação do Paulo VI é para o secundário. Portanto, os pais pagam mensalidades em todos os ciclos, excepto no secundário, onde o Paulo VI tem 15 turmas (10.º, 11.º e 12.º ano) gratuitas, pagas pelo Estado. A directora do Paulo VI disse que os alunos escolhem primeiro o seu colégio, depois a secundária de Gondomar e se não entrarem, preferem ir para o Porto do que ir para as secundárias de Valbom ou de S. Pedro da Cova. Esta opinião foi confirmada pela subdirectora da secundária de Gondomar, que acusou o Paulo VI de concorrência desleal por escolher os alunos. A directora do Paulo VI diz ter 78 alunos com acção social escolar em 420. A secundária de Gondomar tem cerca de 500 em 1100. BW

    • Ricardo Santos Pinto says:

      Isso confirma o que escrevi, Bárbara. Se os contratos de associação existem para as regiões que não têm oferta pública, então o Colégio Paulo VI não devia ter contrato de associação, porque tem muita oferta pública em redor.

      • Paulo Tomé says:

        Na mesma linha, em Coimbra onde existe excesso de oferta, não percebo pq é que a Parque Escolar intervencionou 3 escolas, gastando milhões aos contribuintes, no último ano, de forma a aumentar a capacidade! Agora, paga contribuinte à Parque Escolar!
        ALGUÉM ME CONSEGUE EXPLICAR ISTO??????
        Se já havia a mais, porque se fez ainda mais?????
        Sejamos honestos!

        • Paulo Tomé says:

          Enfim!!!!!!!!!!!
          Mas, como é do estatal tudo bem!!!!
          Está tudo muito lindo!
          João José foi às inaugurações? Uma vez que tanto fala de Coimbra!!!!
          Aumentaram a capacidade para 1600 alunos!!!!!
          Mas, esperem, não havia excesso por causa dos privados??? Não estou a perceber!!!!!
          Muito mente, quem não quer ver!

        • Não foi para aumentar a capacidade: foi para renovar instalações com mais de meio século, e construir um Conservatória de Música que não tinha edifício.
          Mas se calhar podiam ter intervido nos colégios com instalações velhinhas. Pagávamos nós, é claro.

          • Paulo Tomé says:

            Não foi não meu caro! Foi para construir um princepesco conservatório de música na quinta! Que é de quem??? AHHHHHH!!!!!! Da parque Escolar!!! Pois!
            E na Avelar Brotero? Foi para arrancar, passado uns dias, o pavimento do pavilhão?
            No D. Maria???
            Ai não aumentaram a capacidade dos alunos?
            Os colégios pagam as as suas próprias instalações! Não precisam da Parque Escolar! Paga cidadão!

          • Essa da E.S. Quinta das Flores e do Conservatório, se acha que não fazia falta, nem respondo.
            Já agora, onde é que me viu defender a Parque Escolar e as suas trafulhices? Eu que acho a Parque Escolar meio caminho para a privatização das escolas públicas?

        • Ricardo Santos Pinto says:

          Paulo Tomé, a Parque Escolar é uma das maiores vergonhas do Portugal Democrático. Empreitadas entregues com ajuste directo a arquitectos, engenheiros e empreiteiros, terrenos que no final da obra passam para a Parque Escolar S. A. (empresa pública que pode ser privatizada a qualquer momento, etc.). Claro que muitas escolas tinham de ser completamente renovadas, mas não desta forma.

          • Paulo Tomé says:

            Mas isso não interessa! Até porque não tem a dimensão dos colégios!
            O que interessa é os mauzões dos colégios! Esses marotos!
            Quanto custa um aluno na Quinta das Flores?
            Responda só a isso!

          • O mesmo que qualquer outro aluno no ensino público.

          • paulo says:

            Quanto é que a escola paga à parque escolar por m2????
            Qual é a renda ad eternum?
            Acrescente isso no custo do aluno! Ainda pensa que custa o mesmo???

    • A minha dúvida: e este colégio escolhe ou não escolhe dentro dos candidatos os alunos, de acordo com o seu percurso escolar?

      O Colégio Rainha Santa Isabel em Coimbra escolhe: está no seu regulamento interno, disponível na sua página na net. Aliás escolhe duas vezes: no acesso ao colégio, e depois no acesso ao secundário (embora no que toca ao secundário e segundo sei não exista contrato de associação)

    • Paulo Tomé says:

      Não diga isso cara Bárbara! Pois dá cabo da demagogia desta gente acomodada em gabinetes pagos e bem pelos contribuintes!

      • Demagogia? Você defende as escolas privadas pagas pelos contribuintes (com o acréscimo de pagarmos os lucros). Demagogia? Como construiu a sua fortuna o ex-deputado Calvete do grupo GPS? Demagogia?

        • Paulo Tomé says:

          Desconheço de quem fala!!!!
          GPS Educação sei o que é! É um grupo económico na área da educação que tem crescido muito nos últimos anos. Do que sei, e sei pouco, é verdade, impediu que a escola de Cernache do Bonjardim falisse e lançasse centenas de alunos e pais para o desepero (já agora, não sei se interessa, professores), fez o mesmo na Nazaré!
          Também sei que tem sido investigado! Também sei que tem tratado mal muitos professores, meus camaradas!
          Relativamente aos lucros, não faço ideia como os conseguiu! Se foi através do financiamento do Estado, só, dá para pensar no que o Estado gasta com o sistema educativo todo: escolas estatais, escolas privadas, drecs (onde se entopem antigos professores sem vocação ou interesse), gabinetes de apoio às escolas (que trabalho prestam!!!!), antigos CAES (huiiiiiiiii!!!!!!!!), os mil e um funcionários das secretarias, os parasitas dos sindicatos, do GAVE (todos os anos conseguem fazer asneiras nos exames), os mil e um funcionários que trabalham nos corredores das escolas estatais que servem os professores e que vão buscar giz, os funcionário que tratam da rede na DREC, que enm foram ouvidos na nova redistribuição (lol que dinheiro bem gasto! Estão lá para o fazer, devem ser incompetentes, o Estado continua a pagar e vai comprar estudos ao sr. Roquette)…enfim! As escolas a funcionar com 1 prof. 1 auxiliar para 2 crianças, etc, etc, etc

  11. O Rainha Santa Isabel em Coimbra tem contrato de associação do 5.º ao 9.º ano (foi um dos parágrafos que caiu no meu texto no papel, hoje no PÚBLICO). A directora admitiu que tem poucos alunos com acção social escolar e que já informou os pais que com os cortes, o colégio poderá passar a ser pago (por eles). A directora do Paulo VI disse que respeitam as regras para as matrículas previstas pelo ME, o que é certo é que tem cerca de um quinto com acção social escolar, ao passo que a secundária de Gondomar tem metade.
    Ricardo Santos, quando o contrato foi assinado pela primeira vez, em 1994 provavelmente ainda se estava a viver o aumento da demografia e a falta de escolas (não faço ideia porque não falei com as outras duas secundárias de Gondomar). Hoje poderá já não fazer sentido, mas a directora do Paulo VI disse-me que já tinha falado com o vereador e que a câmara, se for chamada a pronunciar-se, considera que o contrato é de se manter (isso também não está escrito no papel, só no meu bloco de notas).
    Mas há uma coisa que me intriga: Porque é que os alunos não querem ir para essas escolas e preferem ir para o Porto? Se o Paulo VI deixasse de ter o secundário gratuito, os alunos ficavam todos em Gondomar ou iam para o Porto? BW

  12. Paulo Tomé says:

    Não se compreende o que se passa!
    1.º O Governo age como sempre! Divide e depois conquista! O que eles fizeram no estatal com a complacência dos sindicatos!!! Passaram a valer nada! O sr. Mário Nogueria tratou disso quando falou dos acordos históricos com a nova ministra!!!! Passei a contar com zero enquanto profissional!
    2.º Os nossos “colegas do Estatal” rotos e esfarrapados, enraivecidos ficam todos felizes com a desgraça daqueles gajos do privado! Não é João José?! Olhe que parece!!!!
    3.º As verdadeiras questões do ensino: fim do EA, AP, par pedagógico em EVT, depauperação provocada pelos mega aviários, esses deixam-se para depois.
    4.º A possibilidade de não existirem concursos nacionais, de ficarem 40 mil de fora…. isso é para os contratados, que se lixem! Eu também já fui ! AHHHH!!!!!
    5.º A parque escolar prepara a privatização de todo o ensino, escondendo os buracos orçamentais do país, mas…isso não é muito importante! O que deveras interessa é a quantos metros ficam os malandros dos colégios!!!
    6.º O sr Mário Nogueira, esse arauto da defesa dos professores, que conseguiu fazer da profissão uma actividade/passatempo, veio falar do seú ódio especial: o Colégio S. Martinho!!! Ahhhhhhh!!!! Já veio medir as distâncias, cm a cm para provar e vingar-se de uma guerra perdida! Devia preocupar-se com os milhares do estatal que vão para a rua, mas….instrumentaliza o seu sindicato para ataques pessoais! Os “camaradas” que aqui escrevem não querem saber disso! Este é o nosso guru!!! Este grande professor!

    Enfim….que classe a nossa!!!!!!!!!!!!!!!!!

  13. Fernando Frazão says:

    Eu tinha algumas dúvidas sobre este assunto.
    Fiquei hoje definitavente esclarecido com o estudo publicado no DN.
    De qualquer modo gostei do post por ser bastante objectivo. Quanto aos comentários, excetuando os da Barbara Wong, que parece saber bastante do assunto, são ao nível do que nos habituou a blogoesfera. Para esquecer.

    Cumprimentos

    Fernando Frazão

    • Ficou esclarecido com o trabalho do DN? Mas ele é enganador porque compara o que não é comparável. Logo na primeira escola a ANCORENSIS que fica a sete metros da escola básica, não tem a mesma oferta de ciclos, é complementar, as crianças andam os primeiros ciclos na pública e prosseguem na que tem contrato de associação (a sete metros deve ser só atravessar a rua). Portanto, dizer que só 18 escolas ficam a mais de 15 quilómetros não é o mesmo que dizer que só 18 escolas deveriam ter contratos de associação. É preciso ver caso a caso.
      O trabalho do DN é fraco, mas demagógico. O que vai ficar na cabeça dos leitores, da opinião pública, é que só 18 merecem ter contratos de associação. BW

      • Confesso que nesta altura do campeonato, ou seja quanto mais analiso a realidade, começo a ter dúvidas sobre as tais escolas que supriam mesmo carências da rede pública, e ainda o fazem.
        No distrito de Coimbra (e tendo por base os 15 km, que de resto são muito discutíveis) não encontro nenhuma.
        Até tenho medo de pegar na lista das 92 escolas, na rede escolar pública e no google earth. É que hoje já li que em Lamego não há nenhuma secundária. Devo ter sonhado porque trabalhei lá com duas.

        • 🙂 O que descobri com o trabalho do DN é que não são 93, como tenho escrito desde que isto começou, mas 94 escolas! BW

        • Lá está Cardoso o tal do google earth!

          P.S. ao que parece um aluno do publico vai custar (em 2011)3750€ (disse o secretário de estado neste artigo: http://www.crsi.pt/site_1011/pdf/pdf_ensino_privado/3Dez2010-PUBLICO-SEE.pdf) e um alubi daquelas escolas ‘malandras’ com associação (e que onde até se reza e, quem sabe se acredita em Deus) custa 4440€.

          Ora, eu não sou professor mas quando andei na escola (com muita irritação da minha parte era privada) aprendi que 4440€-30%=3108€.

          Mas isto sou eu, claro que como ás vezes tenho de pagar ordenados aprendi a fazer uma contas que com certeza os professores iluminados não sabem nem querem fazer!

          Em conclusão e apenas economicamente falando (sem ter em conta a qualidade porque não faço mesmo a mínima ideia qual é melhor) um aluno destas escolas com associação ficam mais barato que os da publica.

          Se olharem para o caso tirando os óculos ideológicos veriam que, se calhar o melhor era passarem TODAS a escolas com Associação!!!!

          • Coincidências: as suas contas coincidem com as que o JMF acaba de fazer no Blasfémias, num post intitulado “Desonestidades”.
            Eu quanto a estes números continuo à espera que me expliquem como se pode fazer mais barato no privado. Porque poder até pode, a qualidade do ensino é que terá de ser muito fraca.

          • paulo says:

            Quantos funcionários é que existem numa escola, digamos, para 600 alunos?
            Quantos professores é que existem nessa mesma escola com 12 horas lectivas?
            Pois!!!! Ouviram bem, caros não professores, há pessoas a ganharem o que ganham com um horário lectivo de 12 horas!
            Compreendeu JJ Cardoso???

          • Daniel says:

            Funcionários?

            Se for uma escola do 1.º ciclo com 600 alunos terá uns 10 a 12 funcionários.

            Se for do 2.º ciclo em diante uns 20.

            Professores com horários de 12 horas?

            O Paulo parou em 2005.

  14. João José Cardoso says:

    Ok, Carlos Alberto, por quem sois: vou usar um velho e clássico mapa das estradas.

  15. Ricardo Santos Pinto says:

    Não concordo com o mapa de estradas. Até parece que não se podem aproveitar os planisférios quinhentistas.

  16. paulo says:

    “Percebe-se que o Estado deve diminuir os seus gastos e que também o deve fazer na educação. Já é pouco sério que se diga que o ensino estatal é muito mais barato, quando até o PS se escusou, no parlamento, a criar uma comissão que ajudasse a determinar o valor exacto desse custo (que também não é igual em todos os ciclos de ensino, como é evidente).”

  17. Nuno says:

    Li os comentários e, salvo raras excepções, mostram que alguns, apesar de serem professores, tem um raciocínio tão tendencioso que mesmo que pudesse não colocaria os meus filhos em escolas privadas, nomeadamente onde trabalha o Paulo Tomé.
    Para mim a questão das classificações das escolas são apenas um meio de criar uma “luta” que nem sempre é igual, pois se em determinada escola a média de saída é mais elevada, não quer dizer que os alunos aprendem mais, pois se um aluno entra numa escola com média de 12 e sai com media de 15, quer dizer que conseguiu subir 3 pontos, mas se um aluno entra noutra escola com média de 18 e saiu com media de 16, que dizer que baixou 2 pontos, apesar de o resultado final ser superior. Numa situação destas, como pai, preferia que o meu filho fosse para a primeira escola…
    A questão da qualidade não se coloca entre escolas publicas ou privadas, coloca-se entre boas e más, para mim uma boa escola é não só aquela em que o meu filho tenha melhores notas, mas onde além disso aprenda a ser cidadão, com direitos e deveres, a respeitar e ser respeitado, a ter opinião e a desenvolver-se inserido na sociedade que existe.
    Uma escola com contracto de associação, NÃO DEVE escolher os alunos pelas notas que estes tem, mas acolher, tal como a publica(regra geral, pois também aqui há excepções), sem discriminação, deve respeitar os direitos dos seus funcionários, incluindo os professores.
    Para terminar, no privado/associação poderia, eventualmente, colocar os meus filhos onde anda a Cristina….e não sou professor, trabalho numa empresa privada há 30 anos!

    Citação: “de quem eu tenho pena é dos burros, porque alguns até são boas pessoas.”

  18. cristina says:

    Se têm 150 alunos para oitenta vagas, que critérios usariam então para seleccionar os alunos? Pela foto?Pelas piores notas?
    ò malta vamos lá a falar do que sabemos… sem especulações. se gostam de ter os vossos filhos no público, ótimo. eu cá prefiro os meus no privado Paulo VI. que bem que estão!
    saudações a todos!

    • Ricardo Santos Pinto says:

      Quer os seus filhos no Paulo VI? Muito bem, ninguém tem nada com isso. Mas então que pague com dinheiro seu e não do Estado.

  19. paulo freitas says:

    e o seu filho no publico quanto custa ao estado????? você tambem utiliza dinheiro do
    estado na educação do seu filho,, ou seja a educação dos seus filhos é paga com dinheiro do estado não seu..

  20. Ricardo Santos Pinto says:

    A questão do post não é essa. A questão é o Paulo VI seleccionar os alunos em função das notas. A escola dos meus filhos não faz isso.

  21. anamaria says:

    Claro que o Colégio Paulo VI seleciona os alunos ,então porque é que os pais têm de entregar as notas logo no final do 1º período,e entregar as do 2º e 3º período ? Dizem logo aos pais que os filhos devem ter 5 a Português,Matemática,CN. e F.Q…
    Os melhores alunos do 10º ano são os alunos oriundos do Ensino Público,é ir lá e ver as pautas ! Claro que também há alunos que entram «com cunha»,mesmo com umas notas mais baixas….

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    it is popping it up all over the web without my permission. Do you know any ways
    to help prevent content from being ripped off?
    I’d definitely appreciate it.

  23. Susana Dias says:

    Por amor da Santa! Ter ou não ter nome de papa não muda um colégio! ando no colégio paulo VI desde pequena e nem sequer acredito em Deus. Tenho amigas com notas más ( mesmo más mesmo) que entraram e de todas as vezes que procuro col. paulo VI aparece-me um novo post deste site no que parece ser uma ncampanha anti-privados!

  24. Kicas Fernandes says:

    Como tenho excelentes referências desse colégio eu que vou deslocar-me de Bragança para Gondomar gostava de colocar o meu filho nesse colégio no 12 ano. Parabéns. Como posso contactar o colégio? Obrigado

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  1. […] This post was mentioned on Twitter by Blogue Aventar, helder vicente. helder vicente said: @joaomiranda http://goo.gl/OGCtD olhe um caso […]

  2. […] meu post anterior, já ficou provado à saciedade que o Colégio Paulo VI em Gondomar nunca poderia ter contrato de […]

  3. […] Devo dizer, a bem da verdade, que não acontece neste caso o mesmo que vemos noutros casos, como este. Nunca vi casos de recusa de alunos pelas suas notas ou por convicções religiosas. Além disso, […]

  4. […] Não sabemos onde vão cortar, mas sabemos onde de certeza NÃO vão cortar. […]

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