E porque precisam eles do BPN?

Para salvaguardar os “empréstimos” concedidos aos amigos, por exemplo:

Domingos Duarte Lima deve ao BPN 700 mil contos (cerca de três milhões e meio de euros), relativos a um empréstimo que contraiu junto do banco a 5 de Abril de 2001. A quantia faz parte do ‘buraco’ da instituição financeira, sendo que, dois anos após a sua nacionalização, a administração ainda não accionou a dívida. Sol

Adivinhem quem vai pagar?

 O presidente do BIC Portugal disse ainda que não aceitaram todo o crédito mal parado do BPN, apenas parte, mas ficaram com os depósitos do banco. RR

Adenda: sobre o processo BPN, este depoimento é muito esclarecedor:

BPN: ao cavaquismo o que é do cavaquismo

A oferta pelo governo do BPN ao BIC vale também pelo simbolismo. Começa por ser uma prenda à cleptocracia angolana e ao homem mais rico de Portugal, Américo Amorim, aquele que se dá bem com todos, hábito que lhe vem do PREC, altura em que multiplicou a fortuna. Quanto a isso nada de estranho, mais uma variante da caridade agora tão presidencialmente institucionalizada.

Mas sendo o BIC presidido pelo reformado Mira Amaral (18.156 euros mensais, paga-lhe a CGD após 18 de meses de trabalho), o ministro de Cavaco responsável entre outras barbaridades pela destruição da indústria nacional, pode dizer-se que de uma devolução se trata: o cavaquismo tinha um banco, assaltou-se a si próprio levando-o à falência, e recupera-o com capital injectado e metade dos trabalhadores, naturalmente nós pagaremos as indemnizações aos que vão ser despedidos, além dos 2,4 mil milhões de euros que já se sabia.

Tudo está bem quando acaba bem. Dias Loureiro e Oliveira Costa sorriem, um no seu exílio, o outro aguardando um julgamento de que já conhecemos o resultado, começou a temporada de verão na Aldeia da Coelha. Não me voltem é a falar da Grécia como exemplo chocante de esbanjamento de dinheiros públicos em proveito da casta dominante: esse Euro-2011 já o ganhámos nós, marcando golos na própria baliza.

Tripas à moda do Porto?

Do alto dos meus 48 anos de portuense, posso assegurar que nunca esta cidade teve um Presidente da Câmara tão medíocre. As qualidades que os meus concidadãos lhe reconhecem são para mim um mistério. Sempre o vi como uma figura provinciana, poupadinho, sem obra ou visão de futuro para a cidade. Com uma mentalidade tacanha, privilegiando os seus ódios sobre os interesses do colectivo, é um personagem tão desprezível que quase nunca me apetece escrever sobre este Salazar de pacotilha. Lembro o episódio pífio do fogo de artifício que não rebentou, o virar de costas ao maior clube da cidade, passando pela completa ignorância dos movimentos culturais e artísticos que se geraram na cidade sempre à sua revelia. Agora mostra uma vez mais a menoridade da sua dimensão com o triste episódio das tripas. Incapaz de se articular com quem não segue cegamente a sua cartilha, este homúnculo, dá o dito por não dito e não apoia as tripas como candidato às 7 maravilhas gastronómicas de Portugal. Episódio insignificante e um concurso um bocado ridículo, é certo. Mas como autarca da segunda cidade do país cumprir-lhe-ia apoiar o nosso prato mais antigo e tradicional. Mesmo a contragosto, que há muitos tripeiros que não gostam de tripas. Mas, uma vez mais provando a sua menoridade e incapacidade de estabelecer pontes ou consensos, gasta dinheiros públicos para verberar contra o seu rival Menezes. Como cidadão que paga os seus impostos municipais custa-me sobremaneira que o meu dinheiro seja gasto  para alimentar egos desproporcionalmente inflados ou rivalidades provincianas.

Fernando Lopes

heróis chilenos. el roto chileno

el roto chileno

Composto em 1839, música de José Zapiola Cortés e letra de Ramón Rengifo Cárdenas, foi considerado até a segunda metade do século XX, praticamente um segundo hino nacional no Chile, pela sua popularidade. 

Heroínas chilenas, heróis chilenos, são a temática que tenho tratado nestes dias. Mencionei um herói, de quem raramente como tal, excepto nos romances ou em histórias da vida real, nos livros de História, ou entre os proprietários de haciendas: o inquilino. O dicionário de la Real Academia de la Lengua Española, DRAE, fornece três definições: Persona que ha tomado una casa o parte de ella en alquiler para habitarla; Arrendatário, comummente de finca urbana; No Chile: Pessoa a viver numa finca rústica, recebe habitação e um troço de terra a ser trabalhado pela sua família, para vender o produto na féria, con la obligación de trabajar en el mismo campo en beneficio del propietario. [Read more…]

“Comboio, a Opção Jovem”

Era o ano de 1985…