Sometimes laws are intolerable, and need to be changed by organized legal protest if possible—but otherwise by actual resistance and civil disobedience.
— Geoffrey K. Pullum, “The Great Eskimo Vocabulary Hoax and Other Irreverent Essays on the Study of Language” (foreword by James D. MacCawley)
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Ontem, dia em que a Irlanda derrotou os All Blacks, o jornal da resistência silenciosa em tempos de liberdade (efectivamente, A Bola) deu-nos mais um exemplo quer da diferença entre crer e perceber, quer do espectáculo extremamente triste dado pelos desistentes que têm o distinto descaramento de optar pela resistência silenciosa, em tempos e lugares de liberdade de expressão. Cuidado. Muito cuidado.
Desejo-vos um óptimo domingo e votos de glorioso espectáculo, daqui a pouco, no Estádio do Dragão. Viva o Benfica. Viva!
Quando alguém faz a apologia do jornal A Bola, e a seguir grita pelo SL Benfica, eu fico logo esclarecido.
Tirando este facto anteriormente apontado, a notícia em si é daquelas que tem um interesses relativo.
A resistência ao fascismo teve gente de todos os gostos clubisticos. Cândido de Oliveira nem era Benfiquista, ao que presumo. A Bola é um jornal do Benfica, logo não sei qual a analogia?
Quanto a pretensioso assunto da Irlanda ganhar aos All Blacks, ele é o mesmo que o explicar a um incauto que passa à porta de um estádio de futebol, que o Vitoria de Setúbal fez o “mesmo resultado” ao clube da Luz.
No mundo do rugby, os All Blasks são o Real Madrid, ou se quiserem o Brasil. A Austrália o Barcelona, ou se quiserem a Alemanha, a África do Sul o Atlético de Madrid, ou se quiserem a Itália, e por aí fora, França, País de Gales, Inglaterra e Irlanda…
Qual a é a transcendência?
Quando alguém lê este texto e acha que o autor faz a apologia do jornal A Bola, também fico logo esclarecido.
Concordo genericamente. Só discordo que se trate de “desobediência civil”.
Trata-se, sim, do direito de resistência (art. 21.º da Constituição).