Lettres de Paris #14
Maravilha, maravilha seria acabar com esses fins-de-semana improdutivos.
E aproveitar as 18 horas de trabalho que um dia devia ter. Isso sim.
Bruxelas deixa passar OE
Eis um misto de imperialismo e provincianismo. Quando é que a perda de soberania foi a votos?!
Afinal, qual é o problema da imprensa com Tiago Brandão Rodrigues?
“Os Truques” apresentam uma hipótese. Ou melhor, 65.250 hipóteses amarelas.
Da boca para fora?

Corbis
Começou hoje em Marraquexe a 22.ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, na qual os delegados irão discutir sobre os métodos para reduzir as emissões de gases com efeito estufa e como podem ser verificados os compromissos nacionais. Não se esperam resoluções desta cimeira; A tarefa é fazer trabalhos de casa, operacionalizando os objectivos estipulados no acordo mundial contra o aquecimento global, através de regras específicas.
Veremos como os compromissos serão implementados… A julgar pelo caminho que isto leva – acordos comerciais transatlânticos? Bens básicos a deambularem ao redor do globo?- a implementação vai ser ainda muito mais complicada do que foi o caminho para se chegar a este acordo!
Factos? Quem quer saber de factos?
Segundo o JN, Tiago Brandão Rodrigues “desce” porque, apesar dos factos, que “parecem ilibar o ministro“, a “baralhada” – que Tiago Brandão Rodrigues não criou – é tal, que o ministro já não se livra da desconfiança. Entretanto, numa qualquer repartição do clube do avental, as tríades amarelas esfregam as mãos na perspectiva de mais uma vitória.
Se acha que este absurdo abre um precedente, em que “baralhadas” jornalísticas criam casos fracturantes do nada, desengane-se: a falta de rigor em muitas redacções deste país, aliada à manipulação da opinião pública denunciada e aos interesses que tomaram essas mesmas redacções de assalto, não são propriamente novidades. Factos? Quem quer saber de factos? O que interessa mesmo são as realidades de ocasião que se constroem, ainda que na sua origem estejam o boato ou a informação manipulada. E não é que funciona?
via Os truques da imprensa portuguesa
Quando o Secretário de Estado desautoriza o Primeiro-Ministro…
Ainda relativamente à inacreditável questão da Caixa Geral de Depósitos, ouvi hoje na TSF o Secretário de Estado Pedro Nuno Santos a dizer que António Domingues e a sua equipa vão ter mesmo de entregar no Tribunal Constitucional a declaração de rendimentos e de património.
Poder-se-ia dizer que finalmente alguém no Governo, ao fim de mais de um mês, apresentava uma réstia de bom-senso. Infelizmente, há dois dias, o Primeiro-Ministro António Costa disse exactamente o contrário, ou seja, que competia aos gestores da Caixa saberem se deviam ou não entregar a declaração e que eles é que decidiriam.
É triste que, dois dias depois, um Secretário de Estado venha desautorizar o seu Primeiro-Ministro. É triste e é grave. Porque mostra que, pelo menos nesta questão, o Governo está à deriva.
E eu que, com o meu voto, contribuí para a Geringonça, ficaria muito admirado se ela implodisse devido ao núcleo original da máquina e não devido aos acrescentos que lhe fizeram, como a Direita sempre disse que ia acontecer.
Quanto ao resto, mantenho a pergunta que fiz há dois dias: o que têm a esconder os gestores da Caixa?
A revelação: Porque é que o diabo não chegou em Setembro?
O Aventar está, finalmente, em condições de explicar porque é que o diabo não veio em Setembro. Segundo se apurou, Mefistófeles tinha quase ultimada a compra do seu modesto T-666 ali para os lados da Boca do Inferno, com uma fabulosa vista de mar e pleno de sol, sendo uma questão de dias até se instalar neste el dorado do imobiliário. Era um demónio feliz, que havia encontrado o paraíso na terra, na qual já antevia as delícias que teria ao seu dispor graças ao caldo condimentado com austeridade, propaganda e crescente miséria.
Certa manhã dirigia-se para o Ministério dos Vistos Dourados, para tratar da sua futura casinha, quando sentiu as veias gelarem. A Mariana Mortágua estava na televisão a falar de alterações à tributação do património e das regras do IMI e ele, um pobre diabo, começou a ver para onde caminhava a situação. “Dão-me um visto, olha, compra uma casita, mas querem é os meus tostões.” Foi com este estado de espírito que se dirigiu ao ministro, dizendo-lhe que assim não vinha e de nada lhe valeu o PowerPoint do Comissário das Interpretações Correctas, explicando-lhe que o Imposto Mortágua era, na verdade, o Imposto Passos. O mal estava feito e para ele, fonte de infortúnios para a humanidade, maldade não era coisa para o próprio sentir na pele.
Foi por isto que o Diabo não veio em Setembro. Fruto de impostos demonizados pela Direita, aquele que lhes poderia trazer a passadeira do poder ficou no quentinho.
Lettres de Paris #13
La sociologie? Ça c’est génial. La sociologie rurale… c’est encore plus génial!…
Nuno Crato ao SOL: “Houve quase uma fatwa da Fenprof contra mim”
Se calhar, a incompetência própria ajudou. E o falhanço no arranque do ano lectivo 2014/2015 também.
“O lugar onde eu fiquei”
“O lugar onde eu fiquei”, uma grande reportagem de Catarina Canelas, com imagem de João Franco e edição de imagem de Miguel Freitas – TVI.
Clique para ver: O lugar onde eu fiquei (parte 1)
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