Les Français sauveront le monde…

Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Acompanho, geralmente, as sessões da Assembleia da República que deliberam sobre o Orçamento de Estado. Não me lembro, em todos estes anos, de uma participação da direita tão politicamente indigente, tão grosseira e iliterata na linguagem, tão intelectualmente preguiçosa, tão cheia de raiva quanto vazia de ideias.
Dir-se ia que poderiam fazer melhor. A verdade é que, recorrentemente, têm mostrado que não são capazes. Seria de esperar uma direita empenhada na difusão das suas ideias – caso as tenha – no combate político pelos seus programas para o país. Mas tudo o que vemos é gente a escavar cada vez mais fundo a toca de seu próprio ódio. Que não leva a lado nenhum. Mas conforta os que lá cabem. Que, voto meu, serão cada vez menos.
Hoje soubemos que a DBRS avisou que poderá baixar o rating da Caixa. E porquê? Porque governo e oposição andam há um mês brincar com coisas sérias. Em particular, a oposição agarrou este osso, escalando sucessivamente, para fazer o maior estrago possível no governo. E o país? O resultado está à vista. Os meios não justificam os fins. Haja decoro, senhores políticos. Fazer oposição não significa destruir o país.
Governo aprova aumento de 25 milhões no imposto cobrado à Galp pelos contratos de gás natural com a Argélia e Nigeria. Já não há respeito por quem leva parlamentares a ver a bola.
O mais novo vai ter teste a história e o Egipto é um dos temas em avaliação. Na dimensão religiosa da temática ele percebeu a importância do estudo “destas coisas porque elas explicam as nossas religiões”. Lá foi caminhando a conversa e o mais velho, “especializado” em Lutero (no ano passado) foi dizendo que a “aposta dos Protestantes na Educação foi importante porque as pessoas tinham que ter acesso livre à palavra de Deus.”
Chega à conversa a aula de Geografia onde a Europa foi apresentada às fatias, a do sul, a do norte. Sugeri a ligação entre as dificuldades do sul, hoje conhecidas, e a dimensão histórica que tínhamos conversado. E a conversa continuou pelo jantar dentro.
E, lembrei-me de partilhar consigo, caro ou cara leitor(a), esta pequena prosa a propósito da notícia de hoje do público :”Empresas obrigadas a dar horário flexível a mães e pais.”
Já o escrevi e mantenho – sou completamente a favor de Educação a tempo inteiro, como resposta à não Educação. Houve um tempo – talvez o meu, em que a rua fazia parte da minha educação. A responsabilidade era partilhada por todos os putos, ali no Meiral, nas ruas de Rio Tinto. Cada um de Nós, além da responsabilidade individual era igualmente responsável por “tomar conta” de todos os outros. E, todos, mais novos e mais velhos, rapazes e raparigas, aprendiam com todos. Claro que havia sempre por perto, muitas mães, que à janela gritavam quando os horários das refeições apertavam. Havia toda uma rua para educar cada uma das crianças. [Read more…]
Com que então, António Domingues entregou a declaração de rendimentos no TC. Depois de um mês neste braço de ferro, acabou a fazer o que disse que não faria, revelando a inutilidade de ter querido uma excepção legal para si. Acho bem que tenha saído, pois demonstrou ser um mau gestor, como é todo aquele que é incapaz de avaliar o contexto económico e político em que se move. Agiu infantilmente e agora leva tudo o que ficou a saber para a banca privada, onde, provavelmente, irá trabalhar.
Centeno não esteve bem por ter cedido a Domingues em exigências que não eram compatíveis com a lei. Mas esteve pior ao não ter demitido a administração que se recusava a obedecer ao accionista. Devia tê-lo feito logo que Marcelo se pronunciou, evitando ao país todo esta encenação degradante e protegendo a Caixa desta prolongada instabilidade.
Pedir a demissão do ministro das finanças por isto não faz sentido. Faria, isso sim, pelos resultados fiscais, se para tal houvesse razões. Como não há, fazê-lo consiste em alinhar na estratégia de guerrilha de Passos Coelho, o qual quer com este caso criar a instabilidade que precisa para se segurar no cargo. Basta, até, ver que já deixou Centeno para trás, tendo agora galgado para pedir a cabeça de Costa. Não ficará por aqui e continuará a escalar. Agora pede esclarecimentos, como se não estivesse tudo claro, para poder dizer que, não os tendo recebido, é uma falta de respeito ao país. Ainda vai acabar a pedir uma comissão de inquérito e a demissão do primeiro-ministro, estando-se nas tintas para o país.
É esta a estratégia do PSD. Uma oposição que não apresenta uma alternativa política, apenas procurando destruir para emergir entre os destroços. Aos que apoiam o governo resta-lhes denunciar o oportunismo político e a ausência de ideias. Lembram-se como, no governo, Passos acusava repetidamente a oposição de não ter ideias? Ora aqui temos uma oposição sem ideias, basta encontrar o discurso.
Continua o regabofe à custa do contribuinte, um festim para tubarões e patos-bravos, onde não faltarão robalos, sardinha e carne assada.
O diabo subiu à Terra sob a forma de sondagem. O temor, o sobressalto, o resgate e as sanções, o apocalipse bíblico a pender sobre os 10 milhões de reféns da Geringonça, essa monstruosa máquina soviética de PRECização, e o povo, perdão, a amostra, cuidadosamente seleccionada pela imprensa controlada por um comité qualquer, revela resultados desastrosos, obviamente manipulados, para Pedro Passos Coelho. O estudo, demoníaco, é particularmente cruel, visto de ter sido elaborado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica, que como toda a gente sabe, é um importante centro ideológico da extrema-esquerda. [Read more…]
Há umas semanas, algures entre o Teams e o Zoom, o cronista apresentou, entre outros artigos, os New Methods for Second-language (L2) Speech Research, do Flege — e achou curiosa a serendipidade do próximo parágrafo que lhe caiu ao colo, o dos new methods do nosso querido Krugman. A serendipidade. Nada encontrareis igual àquilo. Nada. Garanto. […]
Como escreve Natalie B. Compton, “um urso fez uma pausa para uma extensa sessão fotográfica“. Onde? Em Boulder, CO, nos Estados Unidos da América.
N.B.:
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Rotura? Rotura incide sobre o físico (ligamentos, canos). Ruptura, sim, diz respeito à interrupção da continuidade de uma situação. Ruptura, portanto. *Rutura não existe.
O analfabetismo tem 292 809 pessoas, enquanto no Porto há menos de 232 000 (dados de 2021).
O assunto é tão grave que até partilho um artigo do Expresso.
Amanhã, em Liège, no Reflektor, Thurston Moore Group (com Steve Shelley). Depois de amanhã, em Courtrai (Kortrijk, no original), Lee Ranaldo, com os fabulosos The Wild Classical Ensemble. Só nos falta a Kim Gordon.
Pais pedem aulas extra para compensar efeitos das greves de professores
o Novo Banco começou a dar lucro. 561 milhões em 2022. E tu, acreditas em bruxas?
Durão Barroso não é nem padre, nem conservador: é José, não é [xoˈse], pois não, não é. Irá casar-se (com alguém). Não irá casar ninguém.
no valor de 3 milhões de euros, entraram no país de forma ilegal? Então o Bolsonaro não era o campeão da honestidade?
fixou o preços dos bens essenciais, em 1980, para combater a inflação. O nosso Aníbal já era bolivariano ainda o Chávez era uma criança.
Enforcamento, ataque cardíaco e quedas de muitos andares ou lanços de escadas, eis como se “suicidam” os oligarcas na Rússia contemporânea. Em princípio foram gajos da CIA. No Kremlin são todos bons rapazes. Goodfellas.
Retirar “referências racistas” dos livros/filmes de 007? Qualquer dia, ”Twelve Years a Slave” ou “Django Unchained” serão cancelados.
Foi para isto que vim ao mundo? Estava tão bem a baloiçar num escroto qualquer, tão descansadinho.
E uma linguista chamada Emily M. Bender está preocupada com o que irá acontecer quando deixarmos de nos lembrar disto. Acrescente-se.
Foto: New York Magazine: https://nym.ag/3misKaW
Exactamente, cacofonia. Hoje, lembrei-me dos Cacophony, a banda do excelente Marty Friedman. Antes de ter ido para os Megadeth, com os quais voltou a tocar anteontem. Siga.
Oh! E não se atira ao Pepê? Porquê? Calimero, Calimero. Aquele abraço.
O que vale é que em Lisboa não falta onde alojar estudantes deslocados e a preços baratos.
Onde? No Diário da República e no Porto Canal. That is the question. Whether ‘tis nobler in the mind to suffer… OK.
Maria de Lurdes Rodrigues escreveu uma crónica intitulada “Defender a escola pública”. Em breve, uma raposa irá publicar um livro intitulado “Defender o galinheiro”
Lição n.º 1: Concentrar elementos do mesmo campo semântico. Exemplo: “Erguemos os alicerces necessários para podermos afirmar hoje, com confiança, que não começámos pelo telhado. A Habitação foi sempre uma prioridade para nós“.
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