Um Português à Passos

Rui Naldinho

O exemplo de um Português zeloso das suas obrigações com os mercados.

Passos Coelho e Ângela Merkel deram os parabéns a Pedro Dias por ter vivido um mês com apenas 60 euros

Eu aproveito para dar os parabéns aos dois primeiros, pelo facto de ao fim de vários anos terem descoberto o “Português Económico”. E, já agora, ao terceiro por ter tido direito a entrevista na RTP, ainda antes de ser detido, privilégio a que nem todos tem acesso, mesmo pessoas importantes.

Na realidade há gajos com sorte!
Sócrates deve estar a roer-se de inveja.

“Temos de empobrecer meus caros, se queremos pagar a nossa dívida. Caso contrário só nos resta emigrar.”

Para a América não, que agora está lá o Sr. Trump! Parece que ele não gosta de “imigras”. Já lhe basta ter de aturar os “cucarachas”. Mas há sempre uma terra desconhecida, algures. Quem sabe um país longínquo onde ninguém queira estar?

Talvez Pedro Dias tenha pensado nisso antes de se entregar!

Grabbed by the balls

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Boris Johnson, Mayor de Londres, 2015:

A ignorância estupidificante torna-o completamente inapto para ser o Presidente dos Estados Unidos

Boris Johnson, Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, 2016:

Parabéns a Donald Trump e um enorme desejo de vir a trabalhar com a sua administração para a estabilidade global e para a prosperidade

Foto@London Loves Business

 

 

O método Felgueiras

Em 2003, a mãe Fátima fez uso do direto televisivo do Brasil para branquear uma fuga inaceitável à justiça quando era acusada de corrupção e de financiamento ilegal da secção local do PS. Fátima Felgueiras chegou a ser acusada de 23 crimes no processo do “Saco Azul” e foi condenada a três anos e três meses de pena suspensa e perda de mandato, sendo absolvida destes crimes em 2011. Mas em Abril de 2011 foi condenada a um ano e oito meses de prisão, com pena suspensa, e a 70 dias de multa pelo crime de participação económica em negócio. Foi obrigada a devolver à autarquia de Felgueiras 16.760 € de honorários pagos pelo município ao advogado brasileiro Paulo Ramalho, quando fugiu para o Brasil.

Em 2016, a filha Sandra que curiosamente trabalha na RTP num programa sobre justiça (adorava ter acesso às atas dos concursos desta contratação), numa jogada de autopromoção, usa a televisão e o direto para dar uma oportunidade de ouro a um suspeito de crimes gravíssimos. Este, obviamente, declara-se inocente e lança suspeitas graves sobre agentes da GNR mortos e vivos criando um desequilíbrio imenso entre a apresentação de argumentos entre agressor e vítimas. Imagino a revolta da família das vítimas quando assistiram àquele espetáculo. Foi um abuso de utilização do serviço público da RTP para promoção pessoal, para um momento de sensacionalismo puro, de reality show, com conteúdo de informação duvidoso ou vago (o que ganhámos ao assistir ao suspeito algemado em direto?).

Independentemente, de algum bom trabalho já realizado no programa de Sandra Felgueiras, este foi um momento de nojo televisivo, de lixo onde crescem os Trumps deste planeta. Este tipo de trabalho não tem lugar no serviço público. A direção da RTP deveria analisar este trabalho e tirar daí as respetivas conclusões, se calhar algumas dolorosas…

Elementar, caro Watson

Hillary teve mais votos do que Trump. Como diria a direita portuguesa, foi a candidata que ganhou as eleições. Aguarda-se a qualquer momento a declaração de Passos Coelho e de Assunção Cristas a apoiar Hilary Clinton, futura presidente no exílio.

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Obsessões académicas

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Ana Paula Vitorino, ministra do Mar do executivo Costa, nomeou o jornalista Fausto Coutinho para seu adjunto. Na nota curricular publicada no Diário da República, para além da vasta experiência jornalística, ficamos a saber que o nomeado se matriculou na universidade, que não chegou a frequentar. Não sendo, nem de longe, nem de perto, comparável com os embustes recentes, questiono-me sobre a relevância de referir que Fausto Coutinho se matriculou numa universidade onde não voltou a pôr os pés. Se isto é currículo, vou ali matricular-me em meia-dúzia de doutoramentos e não aceito menos que uma secretaria de Estado.

Lettres de Paris #16

‘(…) Ne perdez pas de vue que Paris, c’est Paris. Il n’y a qu’un Paris’ (*)

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isto foi o que Van Gogh escreveu em 1886 a Horace Mann Livens, quando viveu em Paris, passando tempos difíceis. Apesar deles, dizia ao seu amigo que o ar de Paris, o ar de França, aclarava as ideias. Fazia bem, muito bem.
É verdade, o ar de Paris, não direi de toda a França, veja-se por exemplo o que se passa em Calais, faz bem. Especialmente este ar cheio de um frio fininho que começa a ser cortante. Mas é bom este ar frio num dia de sol, como hoje. Voltei (voltámos) a ser turistas e quando saímos da Rue Suger, apanhámos a linha 4 do metro na Place Saint-André-des-Arts, depois do café no Le Saint-André, o sítio do costume. Saímos em Barbés-Rochechouart e percorremos o Boulevard Rochechouart até encontrarmos a Rue Steinkerque e, no fim desta, a Place Saint-Pierre onde apanhámos o pequeno funicular para o Sacré-Coeur. As escadas e toda a área em volta da igreja estavam cheias de gente, mas isso foi, claro, apenas um pormenor sem importância.

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Mais vale prevenir

mexico

via Political Cartoon