Ramiro Marques e os “ruídos pela inveja”

transferirO Jorge, no seguimento do Paulo Guinote, assinalou o regresso do Ramiro Marques à blogosfera, o que se saúda, porque rir é o melhor remédio. Saudades, muitas saudades. Para Ramiro, o mundo (d)escreve-se a preto e branco: de um lado, estão os mauzões, ou seja, os “esquerdopatas” (noutros tempos, teriam sido os “comunas”); à direita, estão os bons, isto é, Nuno Crato e Ramiro Marques, a dupla dinâmica, Batman e Robin, Robin e João Pequeno… Estes dois últimos, talvez não, porque isto de andar a tirar aos ricos para dar aos pobres é, de certeza, uma esquerdopatia.

Seja como for, saúde-se o regresso de um homem com um currículo invejável (se não acreditais, perguntai-lhe). Com a generosidade dos frontais, Ramiro deixa-nos um resumo, que inclui, aparentemente, um erro ortográfico. Ele que não se preocupe, porque, quando apagar mais este blogue, estará aqui a imagem a atestar o poder criativo desta sumidade. E também há arquivos. Ele que não se preocupe, como eu dizia.

ruidos

É que isto não é, com certeza, um erro ortográfico, impossível num homem tão de outro tempo, tão melhor, tão frequentador de uma escola tão exigente: “ruídos”, aqui, é um neologismo, meus amigos, e designa o barulho que algumas pessoas fazem quando roem ou quando se roem. Como os castores, talvez. Deve ser isso.

O Ramiro, no entanto, vai ficar mais um bocadinho, não vai? Diga que vai. Já agora, o herói do Ramiro é o Capitão Falcão, não é? Vá, confesse lá. E não apague já o blogue. Fique mais um bocadinho.

Comments

  1. tá bem tá says:

    como se não nos bastassem os anormais que compoem a actual bancada da PaF… e os jornais e tv’s controlados pela direita… ainda temos que aturar mais estas personagens sinistras.

  2. ZE LOPES says:

    Esse post surgiu, no blogue “O Meu Quintal” na sequência de um comentário meu. Primeiro, respondi assim:

    “Alô, alô! Ruídos por quê? Não se ouve nada! Está aqui muito roído!..
    Quanto à última frase [do ramiriano comentário], estou desolado por o fazer interromper um momento tão íntimo para vir para aqui comentar. Espero que também estivesse a fazê-lo gratuitamente, de outro modo o prejuízo seria mais elevado.
    Em nome dos ruídos de inveja, apresento os meus comprimentos.

    E acrescentei:

    “Agora a sério: já mostrei aos meus filhos este post para que aprendam como podem vir a ser bons educadores, e ganharem os concursos todos e a terem sucesso e tal, para que os comunas fiquem “ruídos pela inveja”, se Deus quiser.

    E também lhes fiz ver que se pode trabalhar gratuitamente embora, por vezes, esse salário possa ser, mesmo assim, muito alto. Quanto a mim, o vocacional é algo de impagável, mas acho que se poderia, mesmo assim, tentar pedir alguma coisinha a quem o criou.

    • António Fernando Nabais says:

      Peço desculpa, mas não tinha lido o seu acertadíssimo comentário.

      • ZE LOPES says:

        Só mais uma nota: O sr. R. andava há vários dias a deixar uns comentários “He’s back!” com link para o tal profblogue, talvez á espera que o Guinote o aturasse. Uma vez que segui a “sugestão”, deparei-me com um comentário intitulado “Ensinar aborto a crianças?” onde discorria sobre uma notícia do DN sobre o Referencial da Educação para a Saúde divulgado em outubro. Nesse comentário cita, descontextualizando propositadamente, uma frase que aparece a págs. 69 do Referencial, a saber:

        “Reparem na gravidade do que é dito: “os alunos [do pré-escolar e do ensino básico] experimentam a sua sexualidade…na relação com os docentes e trabalhadores”. Seguia-se um insinuação que tentava ligar esquerda e pedofilia, que posteriormente apagou, deixando agora a frase no ar, para que quem lê pense que a palavra “experimentam” se refere a atos de natureza sexual. Eis o parágrafo completo, retirado do Referencial (pág. 69):

        “Nos vários ambientes que a escola proporciona os alunos ex-
        perimentam a sua sexualidade, quer seja nas suas brincadeiras, no estudo e nos namoros, mas também na relação com os docentes e trabalhadores da escola. Ela está presente nas conversas, nos jogos, nas quezílias, mas também nos conhecimentos científicos. A educação para a sexualidade para ter os resultados desejáveis terá de dirig-se à escola como um todo, penetrar em todos os seus ambientes, envolver todos os seus membros, aproveitar todos os momentos para,através de acontecimentos emocionais estruturados, construir modelos que promovam os valores e os direitos sexuais, sobre os quais os jovens possam desenvolver a sua própriaidentidade e o respeito para com os outros”.

      • ZE LOPES says:

        Mais uma: também apagou do blogue, na secção “vale a pena ler” vários sites, entre os quais o “breitbart” (o site de extrema-direita pró Trump) e também me lembro de outro (havia mais, mas não recordo), salvo o erro intitulado “conservativeteacher”. Ou seja, assim que acaba de voltar, já começou a apagar (olha, rimei!).

        E não terá sido por acaso que apagou a referência ao “incitamento à pedofilia” que estaria implcitamente inscrita no Referencial. Deve ter lido a lista de autores, onde consta muita gente que não perdoaria uma coisa dessas. Autores que trabalharam sob a tutela dos diretores-gerais da educação e da saúde. Não estou a ver o dr. George, que se mantém no cargo há largos anos por indicação de vários governos, gostar de que lhe apusessem o epíteto de “esquerdopata” e de o acusarem de permitir a elaboração de algum “manifesto pedófilo” disfarçado no Referencial.

        Pouca gente terá visto, mas lá que esteve publicado, esteve. E é grave, vindo de um “formador de educadores”. As aspas são propositadas.

  3. ZE LOPES says:

    Não sei se repararam, mas o dito Ramiro, ainda não assinou qualquer post. O blogue tem, realmente, um nome semelhante ao que usava e apagou quando foi, segundo ele gratuitamente, ajudar a porcaria do vocacional. Era “profblog” e agora é “profblogue”. Por lá estão umas catilinárias anti-social-comunistas e um indigente “Manifesto por uma Educação Realista”. Mas nada assinado, que isto de estar sempre a apagar comentários dá muito trabalho.

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