Uma das palavras de ordem que se propagam é que não há alternativas!Mas alternativas a quê ou a quem?
A Sócrates com a sua determinação, capacidade de comunicação e de decisão, mas também com a cruz Freeport e outras que irá transportar toda a vida enquanto for homem público?
Essa cruz tem elevadíssimos custos não só para o próprio mas tambem para a governança. Sócrates, mesmo que mostrasse capacidade de implementar novas políticas que ultrapassassem o empobrecimento que, nas suas mãos, o país vem conhecendo, não seria a pessoa mais aconselhável para o fazer!
Pergunto, alguem tem dúvidas que a Justiça chegou ao fosso a que chegou porque serve a muita gente? Se nós (pobres mortais) sabemos de tanta coisa o que saberão os agentes da Justiça mas que não podem provar? Onde está pois a liderança ética que possa meter ombros a reformas sérias?
Não é verdade que uma semana depois do Ministro da Justiça ter tomado posse, um proeminente advogado da praça veio dizer que o não queria nem para porteiro? Que o tinha demitido de uma função pública quando ambos estavam em Macau? Não sabemos agora que há magistrados que são elementos de aparelhos partidários e que saltitam do Governo para a Magistratura e vice-versa?Na economia, no essencial, prossegue-se a compíscua sociedade entre o Estado e os grandes grupos económicos que já vem de Salazar!
As obras públicas que dão riqueza às grandes empresas e endividam o país no exterior, enquanto as PMEs, inovadoras, criadoras de bens tansaccionáveis e exportáveis e que são responsáveis por 70% do emprego, ficam entregues a si próprias! Abrir os olhos e ouvir as associacões do sector é quanto basta!
E que dizer da Educação amordaçada pelos burocratas do Ministério e dos Sindicatos? Onde está a escola pública entregue a professores dignos, tendo nas suas mãos a responsabilidade, a que têm direito, de dirigir uma escola gozando de grande autonomia? Não há alternativas a estas políticas que nos empobrecem?
PS: Vou voltar ao assunto com outras áreas políticas!
É tramada a remodelação dos cargos políticos. O poder tem um sabor doce, a troca de influências é fácil, simples e imediata e os problemas existentes podem ter uma resolução mais simples. Depois é difícil sair.
José, o diagnóstico está há muito feito.Só não se tomam as medidas certas porque há cumplicidades, interesses instalados muito poderosos.