PSD: Que programa?

Já sabemos alguma coisa mas muito pouco, por enquanto. A primeira coisa a saber é, se ganharem as eleições, que PSD vai governar?
O de Manuela Ferreira Leite, social-democrata, com uma grande preocupação social? Ou o PSD de António Borges, liberal, com uma grande preocupação de afastar o Estado da Economia?
Creio que assumir como grande bandeira do programa a defesa e o apoio das PMEs junta ambos. O país não pode continuar em ciclos de grandes obras públicas, que dão trabalho e negócios a uma máquina ávida e insaciável, mas que deixa o país na cauda dos país desenvolvidos.
As PMEs representam cerca de 70% do emprego, produzem bens e serviços transaccionáveis e dirigidos para a exportação. Exige inovação, novas tecnologias e capacidade competitiva, únicos méritos que produzem riqueza.
A promiscuidade do Estado com os bancos e as grandes empresas é um dos mais fortes factores para a fragilidade da nossa economia.
Na Educação, acredito que é pacífico que só uma Escola pública autónoma, entregue aos professores e a quem nela trabalha e estuda poderá criar as condições para uma escola de sucesso, assente no mérito. Há que tirar o Ministério e os Sindicatos do centro do Sistema!
Na Saúde,o objectivo andará para fatias do número de hospitais da ordem dos 50% para o SNS, 30% para os Privados e 20% para as Instituições Sociais. Aqui, há que ter em conta que a componente mais Liberal do PSD lutará por um Estado Financiador e o menos possível Prestador de Serviços.
Não creio que o País, pobre e desigual, esteja em condições de seguir este caminho. Há que assegurar um SNS exigente,
não sub-financiado e com capacidade para manter entre si os melhores, pagando condignamente, segundo o mérito.
Na Segurança Social MFL já veio dizer que nos próximos anos o que está é para manter. A sustentabilidade está assegurada. Mais uma vez o país pobre e desigual não permite tentações liberais.
Na Justiça, para além do trabalho em curso da desmaterialização e de uma melhor cobertura territorial, o “excesso de garantismo” só beneficia quem tem dinheiro para pagar as elevadas custas. E há que introduzir o mérito na progressão carreiras.
Ao nível da arquitectura Política, há que avançar para uma maior aproximação do eleito com o eleitor, princípio caro desde sempre ao PSD, até pela implantação que tem ao nível Autárquico.
Muitas destas questões vão estar em cima da mesa e sabemos que há sensibilidades dentro do PSD que apresentam soluções mais ou menos aprofundads num ou outro sentido.
O PSD tem que abrir a jogo e dizer ao que vem!

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