O Pingo Doce contratou um famoso publicitário brasileiro para a campanha que começou nas televisões na semana passada. Vai daí, começou outra campanha no Twitter, esta semana: abaixo–assinados de portugueses (já vão em 1600) contra o anúncio do supermercado. (…) Porquê os 1600 e o frenesim, que já apela até a um encontro de indignados? Eu explico: cherchez la femme. O que, traduzido para a circunstância, é: alguém ficou sem a conta choruda que o supermercado tinha para publicidade e que foi parar ao brasileiro. A dor de corno na bolsa é das que mais doem. Espero que sem relação, mas também esta semana, alguém ressuscitou um vídeo da actriz brasileira Maitê Proença, onde ela é grosseira sobre os portugueses.
Para mim a relação entre um estória e outra existe. Chama-se marketing viral, a técnica que passa precisamente por criar um caso sem paternidade aparente, e deixá-lo espalhar-se pelas redes sociais (dantes chamava-se boato, e já foi uma arma da reacção).
Existe porque sou devoto da lei das coincidências significativas, o profissionalismo da causa no Facebook é evidente (e apanhou vários incautos desprevenidos), e profissionais não brincam em serviço.
Condições favoráveis a uma campanha de chauvinismo contra o Brasil, infelizmente estamos cheios delas. E o que já se leu e ouviu por aí em questões desportivas, Rio 2016b e Liedson, por exemplo, demonstra que o terreno social é favorável.
Hoje quero uma grande abada aos pobres malteses. Golos de Pepe, Deco e do levezinho, claro. Os outros podem fazer assistências que não me importo.
E digo mais: assistências só do Nani.
E o Pedro Mendes, não joga?