Ainda faltava uma evidência atestando que a compra dos dois submarinos à Alemanha é um caso típico do poder da tropa, de corrupção, poderio da indústria de armamento neste caso alemã, incompetência e provável financiamento partidário? Já a temos.
A marinhagem acaba de confirmar que os submarinos só podem parar no Alfeite. Não podem atracar nos Açores e na Madeira (e a defesa do nosso espaço marítimo era um dos argumentos para a sua compra). Não sei qual é a sua autonomia, nem me interessa: é o caso típico do pacóvio que compra um móvel que não cabe lá em casa.
Satisfeito o capricho dos almirantes de águas profundas, e doces quando se trata do dinheiro dos outros, fiquemos pois com os submarinos fazendo viagens de ida e volta para o Alfeite, ou iniciemos uma campanha para adaptar outros portos a essa função. Qual crise, não é Paulo Portas, que os comprou, e Augusto Santos Silva que não teve coragem de os mandar à Merkel?
O “problema” dos submarinos é o sonar lateral que tem de ser protegido e como tal precisa de um cais especial para o efeito. Nada de novo para quem está por dentro desta área. Infelizmente os media não fazem o trabalho de casa e publicam noticiais destas dando a entender que de facto existe um problema. Não é a primeira vez e certamente não será a última.
Ah, então o problema é que para ter submarinos ainda por cima é preciso ter um cais especial. Ou seja: um esbanjamento e uma inutilidade nunca vêm sós, trazem sempre mais despesas e mais inutilidades.
O autor do post é um galhofeiro muito maroto. Decerto que ainda vai a tempo de ser alistado na Marinha para prestar serviço a bordo de quarto no barril, ou em alternativa espreitar pela vigia para ver se os navios têm pneus.