Programa das festas aqui.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Programa das festas aqui.
Há coisas que fizemos na vida de que nos orgulhamos. Não tenho muitas, o Mercado Medieval de Óbidos, que produzi nos seus primeiros anos, é uma delas.
Partir do zero, ou quase, e construir o melhor festival de recriação histórica português deu sobretudo um grande gozo. Comecei por aprender que um bom autarca não tem partido, quanto muito tem pouca idade: Telmo Faria era então um novato que confiou noutros novatos, a Companhia de Teatro Vivarte, e tive o privilégio de ver como um moço do PSD foi dando a volta por cima à sua terra, colocando-a no mapa onde sempre mereceu estar. Em Óbidos fiz muitos amigos, e destaco um amigo de Peniche que não o é, Francisco Salvador de seu nome, com quem passei os melhores e os piores momentos, como cumpre nestas coisas dos humanos e das coisas que organizam.
Durante alguns anos ensinei História a multidões, eu sei que pouca e com erros, mas quem não vai à escola também tem direito a aprender mesmo que entre uns tintos e uns petiscos. Maria de Lurdes Rodrigues fez o favor de me recambiar para as atrofiadas salas de aula, reduzindo-me o horário e esforço de trabalho ao contemplado na lei, e essa foi a primeira de muitas coisas que individual e profissionalmente nunca lhe perdoarei.
Gentis damas e nobres cavaleiros, ide por mim ao Mercado Medieval de Óbidos que agora faz 10 anos (é sempre complicado voltar aos lugares onde fomos felizes, mas guardarei Óbidos e as suas gentes no coração para sempre). Parece que o bilhete está caro mas não se vão arrepender.
Estou longe de concordar com muitas das coisas que Miguel Guilherme diz na entrevista que hoje o jornal I publicou e noto que o actor confunde cultura e política cultural com teatro e artes do espectáculo, não fugindo à demarcação por quintalinhos, tão habitual em quem toma a árvore pela floresta.
Eu não cago para a política cultural, até porque ela verdadeiramente não existe e entendo que, mais do que nunca, é urgente e necessária. Mas, face ao que como política cultural actualmente se apresenta, subscrevo a citação que se segue e acrescento -tiraste-me as palavras da boca:
A cultura tem de deixar de ser tão mariquinhas. Eu não gosto de choramingões, e há trinta anos que vejo gajos a choramingar e a traírem-se uns aos outros, a andar de punho cerrado e por trás a lamber o cu ao ministro ou ao secretário de Estado. Por isso, sabes o que te digo, eu caguei. Podes mesmo escrever, eu caguei para isso, cago para a política cultural.
As figuras lendárias e românticas dos grandes vilões perderam-se no tempo. Ficaram os registos históricos e os mitos cinematográficos feitos à medida da grandeza de James Cagney, George Raft, Humphrey Bogart, Edward G. Robinson e outros, nas suas interpretações de maus da fita.
Nos dias de hoje, não há estrela da sétima arte que consiga dar corpo e voz aos grandes maus da fita da actualidade. Porque estes não têm propriamente um rosto: são corporações cujos bairros e cartéis que dominam são nações inteiras, onde estabelecem as regras de jogo por ratios, taxas, indexes, cotações e notações, e traficam aquilo que tornou o mundo inteiro dependente: financiamento.
O domínio das mortes sangrentas a tiros de metralhadora num beco, ou em ambientes de fumo e devaneio do jogo ou da prostituição, acabou. Agora assassina-se identidades nacionais com séculos de história, esmaga-se a dignidade de um povo, instiga-se à escravidão e à fome.
Com todo o brilhantismo que se lhes reconhece, como poderão Robert De Niro ou Al Pacino marcar na tela a sua representação dos grandes maus da fita de hoje?
Não podem. Porque já não há maus da fita como antigamente.
Se dúvidas fossem tidas!
Não deixa de ser sintoma da debilidade mental de uma larga maioria de portugueses o facto de muitos “amigos dos comboios”, parasitas e outros vermes se terem já organizado em cortejos fúnebres para enterrar um comboio… VIVO! Bando de filhos-da-puta.
A título de exemplo, ficam aqui partes do último programa, emitido no passado dia 5 de Julho, sobre as inquestionáveis vantagens do pepino:
Programas acessíveis na página do program A1 Ciência, estando o áudio deste programa em particular aqui.
…ensaio destemido….mas necessário….para pais e avós…
Quem lê os meus textos sabe bem que tenho arremetido contra um facto sexual, punido por lei, o abuso sexual de menores por parte de adultos que apenas procuram o seu bem-estar sexual e emotivo, violando crianças que nem têm desenvolvimento emotivo nem intelectual para entender o que acontece. Apenas sofrem fisicamente no minuto do facto, desenvolvendo, emotivamente uma desconfiança nos adultos que não conhecem. Acaba por ter uma vida adulta dura, triste, desconfiada, como tenho analisado em outros textos sobre a pedofilia. Após ter revisto a minha própria produção sobre o agir pedófilo, após rever as provas que tenho, concluí que o abuso de menores é um crime que merece prisão para quem o comete, e atenção psicológica para quem o sofre. No meu livro Yo, Maria del Totoral, publicado no Chile pela Editora da Universidade Autónoma de Chile, 2008, e em Portugal por Estrolabio, 2011, reparei que é um facto que acontece ao longo de muitos anos e nunca tinha sido considerado lesivo nem criminoso. No caso da rapariga abusada em Maria del Totoral, acaba por viver uma vida de vergonha, especialmente porque, quem abusa dela é o irmão da sua mãe, com o saber e consentimento dela. Não apenas esse saber, como a punição da rapariga se não faz o que a sua mãe manda. [Read more…]
Até hoje, eu fazia parte dos que pensavam que a oliveira mais velha de Portugal se situava em Pedras d’el Rei, perto de Tavira, árvore dentro da qual estive – literalmente – algumas vezes.
Hoje fiquei a saber que existe pelo menos uma árvore – outra oliveira – ainda mais velha, em Santa Maria da Azóia. Os números impressionam: 10,15 metros de perímetro na sua base, 7,60 por 8,40 metros de diâmetro de copa e 2850 anos de idade, 640 aniversários mais do que a de Tavira.
Tamanha longevidade não me espanta. Espanta-me, isso sim, que tenham resistido a tanto pato-bravo e tanto construtor civil nos últimos 50 anos. É fantástico.
(Foto de Rodrigo Antunes, LUSA) Os trabalhadores e os proprietários de estabelecimentos de restauração e similares (restaurantes, cafés, bares, etc) vieram para a rua protestar contra a situação que estão a viver desde março de 2020. Mais do que um protesto foi um acto de desespero. Nalguns casos estão sem trabalhar desde março (bares e […]
Há algo de compatível entre um Dão, colheita seleccionada, a moleza do calor e as palavras saídas da guitarra de Pablo Sáinz-Villegas.
Fechar as escolas é péssimo. Não fechar ainda é pior.
acabar o jogo», não há um jornalista que responda: «o Pizzi não acabou o jogo, senhor Pepe, o Pizzi foi substituído ao minuto 77»?
Para Ventura, há portugueses de primeira e portugueses de segunda. Para Ana Gomes, temos de contar com as mulheres para mudar isto.
Mais um episódio de “o meu identitarismo é melhor do que o teu”.
Pois, OK. Mas era sobre assuntos sérios e não sobre futebolices. Já agora, ainda bem que houve quem não tivesse medo. Obrigado.
Ler aqui. Pena a decisão não ter sido tomada em defesa da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa.
… já foi eleito tantas vezes, nas últimas semanas, que poderá ser obrigado a cumprir três ou quatro mandatos seguidos.
Na escola, a disciplina de Cidadania é obrigatória e a miudagem faz educação física de máscara, mas a cura para a maior peste que algum dia assolou a humanidade é “facultativa”. Trata-se de cognição quântica, processos de decisão inspirados nos diários de Schrödinger.
Efectivamente: «Setor diz que “é a cereja no topo do bolo” para acabar de vez com a atividade».
This is not America. This is America. (Flag. Jasper Johns|MoMA)
Não vi a entrevista do André Ventura. Mas quem gosta dele, diz que o MST foi duro. Quem não gosta, diz que foi levezinho. Mais um típico caso tuga de “na minha área é bola na mão, na tua é mão na bola”.
Finalmente, acabou o tempo em que jogávamos à grande e à francesa e voltamos a jogar à “quase que era” e à portuguesa. Confesso, tinha saudades!
Aqueles que aplaudem o jornalista da CNN que se emocionou com a vitória de Biden são os mesmos que criticaram o Rodrigo Guedes de Carvalho quando escrutinou ao máximo a ministra da saúde. Haja mínimos.
Há anos houve o chamado orçamento Limiano. Agora vamos ter o governo Terra Nostra.
Gosto dos dois, dos queijos, entenda-se.
Sim, leram bem: os republicanos meteram uma chalupa no Congresso que acredita que Trump está em guerra com um lobby pedófilo que quer dominar o mundo. RIP, GOP.
Açorda. Enquanto reflectimos acerca da Geringonça açoriana, recomendo um texto do António Fernando Nabais, uma delícia da Banda do Casaco e esta fotografia.
«Este OE falha na questão mais importante do nosso tempo.» Efectivamente.
Ministro da Saúde demitido por organizar reunião num restaurante. Quer se concorde ou não com as medidas, pelo menos não há dois sistemas num país só.
Quanto apostam que amanhã vai haver trocadilho com a Teoria da Evolução nos jornais desportivos?
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