A Direita e as Direitas – Crónicas do Rochedo 48

 

O principal pecado de RR começa logo nesta divisão. Rio era conservador às segundas, quartas e sextas e liberal às terças e quintas. Nos sábados e domingos dividia-se entre o descanso em Viana do Castelo e afirmar que era de centro esquerda. Em suma, RR era tudo e o seu contrário. No fundo, não era nada. E como não é nada, nada é o resultado da sua liderança no PSD. Um enorme nada.

 

A noite eleitoral de ontem foi um desastre absoluto para parte da direita portuguesa. O CDS-PP desapareceu do mapa que conta e o PSD levou uma pancada monumental. 

Podemos considerar que existem razões internas fruto das respectivas lideranças. Por um lado, temos o CDS-PP de Francisco Rodrigues dos Santos (FRS) que cometeu o erro de não ter feito as directas e, pelo outro lado, Rui Rio (RR) que foi péssimo na oposição. É uma leitura possível mas, a meu ver, simplista. 

Simplista porque o problema do CDS é anterior a FRS. O CDS estava em queda livre e vertiginosa desde que Paulo Portas desertou. A liderança de FRS foi minada desde o momento em que este decidiu, consciente ou inconscientemente, largar as amarras do “portismo”. A partir daí nunca mais teve sossego. Conviveu com um grupo parlamentar que não era o seu e com comentadores CDS nos diferentes órgãos de comunicação social que eram oposição à sua liderança e de fidelidade canina ao “portismo”. Como alguém escreveu (não sei se foi o Rui Calafate ou o João Gonçalves), FRS teve que viver rodeado de lacraus. O cúmulo foi ver como uns desertaram logo no momento anterior à campanha eleitoral e os restantes desertaram da campanha sem desertarem dos palcos oferecidos pelos OCS. Mesmo assim, sem grandes meios humanos, sem meios financeiros e sem boa imprensa até esteve bem na campanha eleitoral. Mas não foi suficiente. 

Por sua vez, Rui Rio com a vitória nas directas conseguiu ter tudo: os meios, a máquina, os opositores e até, pasme-se, boa imprensa. Mesmo assim, não evitou o desastre. Mesmo com a estratégia de comunicação do Rio bonzinho, tolerante e simpático. Quem não o conhecia até podia ser levado a acreditar. Quem conhecia o RR original (que ressuscitou na noite das eleições com o momento alemão) sabia que tudo aquilo era plástico. Não critico a opção dos seus estrategas de comunicação. Apresentar o RR original seria arriscar nem chegar aos 20%. Como os compreendo.

Contudo, o desastre eleitoral do PSD é mais complexo que isto. 

O problema é mais profundo e está nas direitas portuguesas mais do que no PSD ou no CDS ou nas suas lideranças em particular. O Portugal de hoje não é o dos anos oitenta do século passado. E não o é fruto, goste-se ou não, dos governos em maioria absoluta de Aníbal Cavaco Silva. Para o bem e para o mal. O Portugal de hoje é composto por 9,2 milhões de eleitores presentes nos cadernos eleitorais (com imensos mortos à mistura) sendo que desses, 56,3% estão, directamente, dependentes do Estado (e falta acrescentar as respectivas famílias). E quem são esses 56,3%? São os pensionistas, os funcionários públicos, os funcionários de empresas públicas e os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). Repito, nestes números não estão incluídas as respectivas famílias. São 5,2 milhões de eleitores – todos estes dados são da Pordata e referentes a 2020. Recordo que de 2020 até hoje o número de pensionistas e funcionários públicos aumentou. 

Ora, existem, grosso modo e de forma não exaustiva, quatro grandes famílias na chamada Direita e Centro Direita: Os Conservadores nos costumes e na economia; os liberais nos costumes e na economia e a direita que é conservadora na economia e liberal nos costumes e, finalmente, a direita que é liberal na economia e conservadora nos costumes. Ressalvo já: a direita não se resume a isto mas “isto” é a sua larga maioria. 

O principal pecado de RR começa logo nesta divisão. Rio era conservador às segundas, quartas e sextas e liberal às terças e quintas. Nos sábados e domingos dividia-se entre o descanso em Viana do Castelo e afirmar que era de centro esquerda. Em suma, RR era tudo e o seu contrário. No fundo, não era nada. E como não é nada, nada é o resultado da sua liderança no PSD. Um enorme nada. Mas esse pecado não é “Rio”. O mais grave é que esse é o pecado do PSD. O PSD começa por ser um partido “social democrata” quando a social democracia está, grosso modo, no Partido Socialista. O PSD sempre foi um albergue espanhol onde conviviam não tão alegremente como se pensa (daí ter sido tantas vezes apelidado de saco de gatos), conservadores, liberais, sociais democratas equivocados na casa e até equivocados da direita dos tempos da outra senhora. A última vez que estiveram minimamente unidos (mesmo que à força) foi durante o consulado de Cavaco Silva. Com a ascensão de Pedro Passos Coelho os liberais ressuscitam em força e ganham esperança. Foi António Costa e a geringonça que acabou com o sonho. A saída de Pedro Passos Coelho da liderança do PSD e a escolha feita pelos militantes em entregar a casa a Rui Rio teve consequências definitivas para o partido e, mais importante, para a reorganização do centro direita e direita em Portugal. Sem querer e sem saber ler nem escrever, Rui Rio é o pai do Chega e da Iniciativa Liberal. Um pai que certamente renega o título e a parentalidade. Mas as coisas são o que são. 

O nascimento da Iniciativa Liberal veio “dar” casa aos liberais portugueses. Uma casa com alicerces fortes. Timidamente, um após outro, os liberais da sociedade portuguesa foram confiando o seu voto na IL e, perdoem-me a expressão, estava o desmame a começar. E ainda não terminou. Na minha opinião, ainda está a meio. Acredito que a IL pode chegar, perfeitamente, a um universo eleitoral entre os 12 e os 14% mas, a partir daí, não sobe mais. Os dados da Pordata acima referidos explicam a minha afirmação. Uma parte importante (mas não toda) dos liberais votantes PSD fizeram a transumância para a IL. Os poucos Liberais estacionados no CDS foram em barda para a IL. O resto é eleitorado jovem citadino. Significa isto que a IL ocupou o espaço que na direita pertence aos liberais na economia e nos costumes. 

O CDS foi sempre a casa portuguesa dos conservadores, dos conservadores na economia e nos costumes. Mesmo a contragosto de alguns dos seus líderes. Por acaso, FRS foi fiel a esta realidade. Mas será que valem só 1,8%? Não, valem mais do que isso. Fruto do estado comatoso em que o CDS avançou para estas eleições, alguns fugiram para o PSD num “remake” do voto útil no cavaquismo nos idos de oitenta, outros fugiram para o Chega e outros nem foram votar. Os liberais ainda estacionados no CDS já foram para a IL, a sua verdadeira casa e já não voltam, ao contrário de todos os outros. O CDS pode renascer se souber afirmar-se como a casa dos conservadores portugueses e se se assumir como tal, sem tibiezas e com um pensamento estruturado (ora, pensamento estruturado é algo que não existe em Nuno Melo, mas enfim…). Pode, facilmente, chegar a votações entre os 6 e os 8% (vou-me repetir, a Pordata explica).

Então e o PSD? Em primeiro lugar, talvez seja melhor usar a expressão que Santana Lopes sempre usou, o PPD. Sim, o actual PSD necessita de uma refundação ideológica que o coloque no seu devido lugar, o do partido dos conservadores na economia e liberais nos costumes, podendo, com arte e uma liderança capaz (algo que não se vislumbra no horizonte actual), centrar-se no que importa e faz falta ao centro direita e à direita. Segurando qualquer coisa na ordem dos 25 a 30% do eleitorado e liderando o espaço político que vai do centro direita até à direita. Daí ser mais PPD que PSD por muito que custe, sobretudo, aos que olham para o partido como os membros das claques olham para o seu clube. É que o mundo mudou e com ele Portugal. O Portugal dos anos oitenta e do cavaquismo morreu há muito e não volta. Só percebendo isto a grande família da direita pode voltar a liderar Portugal. Porque os dados acima expostos da Pordata são o que são e não vão mudar nos próximos anos, bem pelo contrário.

O PPD tem de perceber o que se passou nestes últimos anos. E entender que não foi enganado pelas sondagens, deixou-se enganar. Num Portugal em que 56% dos seus eleitores (com tendência de crescimento, por sinal) dependem do Estado é aqui que está o cerne da questão. Só uma direita social, liberal nos costumes temperada com uma dose q.b. de conservadorismo económico, pode conquistar (reconquistar até) eleitorado suficiente para, em acordos de governo com a IL e o CDS, ou seja, com os liberais e os conservadores, aspirar a ter uma maioria de governo. O PSD, mal ou bem (por iniciativa própria ou obrigado pela troika, com a desculpa que entenderem e encontrarem), que atacou os pensionistas, os professores, os funcionários públicos, que não cuidou dos jovens nem tão pouco dos trabalhadores independentes e dos micro e pequenos empresários é um partido que entregou os eleitores do centro e até do centro direita nos braços do Partido Socialista. Voltar a recuperar este eleitorado é obra. Necessita tempo. Obriga a uma verdadeira refundação ideológica. Exige uma liderança capaz e sintonizado com os novos tempos. Se não o fizer está condenado. Condenado a que outros ocupem o seu espaço. Condenado. A minha grande dúvida é se este actual PSD já percebeu ou continua a sonhar com tempos que não voltam.

E o Chega? O Chega é um caso à parte. Intitula-se de conservador nos costumes e liberal na economia. Terceiros apelidam a coisa como um partido de extrema direita. É sempre fácil colar um rótulo e “bola para a frente”. O Chega é o mais recente receptáculo do voto de protesto misturado de albergue de chalupas e saudosistas dos tempos da outra senhora. Com um líder, André Ventura, que de estúpido não tem nada mas que não passa de um “oportunista de ideias fáceis para ter palco”. O Chega sobrevive enquanto as direitas que atrás referi não se emanciparem, não se assumirem. O Chega fala nos ciganos e começam as comentadeiras logo aos gritos de fascista, racista e outros “istas”, mas depois não percebem os resultados do homem em Moura ou em Portalegre. Porque ninguém resolve o problema dessas pessoas, ninguém quer saber delas mas o esperto do Ventura finge que quer. O problema existe e é da falta de aplicação de leis que existem. Qual a dificuldade em resolver? Não percebo. Nunca percebi em outros casos similares. Os poderes públicos democráticos que resolvam com os instrumentos que já existem e é mais um tema retirado ao Chega. O espertalhaço fala dos problemas das forças de segurança e, outra vez, “fascista”. Depois vemos grupos organizados de elementos das forças de segurança a apoiar o Chega e fica tudo espantado mas ninguém se espanta com as condições de trabalho das forças de segurança, com a precariedade do seu trabalho ou com a lentidão da justiça (quando não a ineficácia da mesma) e por aí fora. Aquilo é uma agenda curta de fácil esvaziamento. A única coisa que não se resolve é a questão dos “chalupas” e dos saudosistas, mas esses, todos somados, não passam de 3% de eventuais votantes. A culpa do Chega é da incapacidade dos nossos representantes políticos verem para além da bolha. O Ventura é um mero chico esperto e que, ou muito me engano, vai ser “comido” pelos chalupas e pelos saudosistas. 

Por último, o problema de muitos dos nossos políticos (e aqui falo com experiência na matéria) é estarem mais preocupados com a agenda dos jornalistas do que com a agenda real. O que lhes importa é ter um microfone apontado à boca e, sonho molhado a realizar e exigido aos assessores de imprensa, dominarem os jornalistas. É uma estupidez de todo tamanho. E se queriam prova maior, o Livre do Rui “andor” Tavares é a prova provada que mesmo com os jornalistas a levarem o rapaz ao colo a coisa só dá para 1,28% a nível nacional e lá conseguiu entrar porque Lisboa é Lisboa. Se o vosso objectivo, senhores e senhoras que desejam ardentemente andar pela política é ter 1,28%, estamos conversados. Mesmo estando o menino colocadinho no andor de parte importante da comunicação social ao longo destes últimos 10 aninhos, a coisa não deu para mais. Tivesse ido para o Big Brother Famosos e metia uns dois ou três deputados na maior….

E, como diz o outro, That’s All Folks

#nãotoureiomascontinuoaficionado 

Comments

  1. Alexandre+Barreira says:

    ….o grande problema de RR…é que anda a dizer aos “quatro ventos”….que iria ganhar………sobre o CDS é obra…!…..um parido com 47 anos…..dóis e de que maneira….!!!


  2. Que grande, grande post. Obrigado! Só discordo numa coisa. O PSD pode espernear à vontade, que a direita só volta a ser maioritária quando os tais 56% sentirem o “modus vivendi” ameaçado, ou seja, perante novo colapso das finanças públicas.

  3. Rui Naldinho says:

    Muito bom artigo, Fernando Moreira de Sá.
    Haja alguém na direita com os olhos abertos.
    Há muito que não lia nada com esta frontalidade a chamar os bois pelos nomes.


    • A nota relativa ao Rui Tavares é que destoa. Se ele foi “levado ao colo” pela CS, o que dizer da IL, que em 2019 tinha igualmente eleito um deputado?

      • Rui Naldinho says:

        Mas ao menos a IL elegeu 9 deputados. Já o Rui Tavares ficou-se pelo próprio.
        Mas eu nem valorizo isso no texto. Acho que no geral o post é muito equilibrado, toca nas feridas do PSD e do CDS, e não deixa de ir rebuscar a troica e o seu legado.
        Há uma parte do texto em que o Fernando Moreira de Sá aborda a questão da dependência do Estado de uma boa parte da população. A rondar os 56%. O que escreve está nas estatísticas. Não inventou. Que isso influência em parte o processo eleitoral também é pura verdade. Daí não se pode inferir que sem tanto Estado o resultado seria muito diferente. Numa primeira fase talvez. Depois não sei se seria assim tão diferente. Quem prometesse mais Estado, recuperaria o poder.
        A Espanha tem menos Estado do que Portugal e tem uma Geringonça. O Chile tem muito menos Estado do que grande parte dos países europeus, e ainda agora virou à esquerda.

        • POIS! says:

          A Espanha tem mesmo menos Estado do que Portugal? Não sei, mas desconfio. E as prestações a cargo das Autonomias? E das autarquias?

          Lá a Segurança Social é centralizada, mas a Ação Social está a cargo das Regiões. E, pelo que vi, por exemplo, na Galiza, parece bastante generosa. Embora a galiza tenha um nível de vida superior a outras regiões, um tanto mais pobres.

          Eu não sei como estão as coisas agora, mas os bancos locais (Caixas de Aforro e tais) financiavam muitos equipamentos e programas sociais. E eram públicos.

          A própria Alemanha tem muito Estado. E a França. As coisas, por vezes, não são como parecem.

          Já para não falar do peso do Estado nos países nórdicos. Na Dinamarca, por exemplo, grande parte do parque habitacional é do Estado.

  4. Teresa Palmira Hoffbauer says:

    Um artigo muitíssimo esclarecedor para quem se interessa pela realidade da política portuguesa e se encontra longe. Contudo paga impostos, tem cartão de contribuinte, portanto tem o direito de votar 🗳

  5. Rui Naldinho says:

    Reforçando aquilo que o Fernando Moreira de Sá escreve, note-se que na origem do nosso regime democrático havia quatro grandes partidos, uns maiores do que outros, e verdade, mas todos eles com uma forte implantação regional.
    O CDS chegou a deter mais de 30 autarquias, sozinho. Grande parte delas no Minho e Beira Litoral.
    A CDU, na altura APU, chegou a ter mais de 50 autarquias, quase todas no Alentejo, Ribatejo e uma ou duas na Estremadura.
    Até a UDP, um partido de tendência maoista, apenas com um deputado, primeiro o Acácio Barreiros e depois o Major Tomé, sem grande representação regional, chegou a conquistar uma autarquia na Madeira, o Machico.
    O BE só por uma vez, e apenas num único mandato, teve uma presidência de Câmara.
    Portugal mudou, e bastante. Hoje temos no parlamento 2 partidos com uma forte componente autárquica, o PS e PSD, temos a CDU com meia dúzia de Câmaras, e temos quatro partidos representados na AR sem uma única edilidade na sua mão.
    A desertificação do interior, e aqui o interior significa fora dos grandes centros urbanos, contribuiu muito para este cenário.
    IL, Livre e BE, são todos eles partidos urbanos. O Chega ainda não tem grande implantação regional, mas pode vir a consegui-la, porque é aí que reside uma boa parte dos descontentes com o actual panorama político dos últimos vinte anos. Se lhe somarmos os baixos níveis de rendimentos e de escolaridade, o caladinho está preparado para que eles cresçam.

    • Teresa Palmira Hoffbauer says:

      Um comentário que enriquece o artigo de Fernando Moreira de Sá. Assim dá gosto de visitar o AVENTAR 👍

    • Rui Naldinho says:

      … o caldinho está preparado para que eles cresçam.

  6. Fernando Manuel Rodrigues says:

    Excelente análise, na minha opinião. E partilho 100% no que toca ao CDS: “O CDS pode renascer se souber afirmar-se como a casa dos conservadores portugueses e se se assumir como tal, sem tibiezas e com um pensamento estruturado. Pode, facilmente, chegar a votações entre os 6 e os 8%.

  7. Fernando Manuel Rodrigues says:

    “o Livre do Rui “andor” Tavares é a prova provada que mesmo com os jornalistas a levarem o rapaz ao colo a coisa só dá para 1,28% a nível nacional e lá conseguiu entrar porque Lisboa é Lisboa.”

    DITTO. O CDS teve mais 33% de votos que este palhaço inútil, mas ficou de fora, devido ao sistema eleitoral existente no nosso país.

    Essa é que é uma das reformas fundamentais e urgentes do nosso regime democrático.

    • POIS! says:

      Pois!

      Lembraram-se agora!

      Mais vale tarde que nunca! O problema é se o nunca é mesmo…nunca!

    • Paulo Marques says:

      Uma chatice que essa fosse a única parte do programa de Coelho que não foi cumprida…

  8. JgMenos says:

    Nada fica bem explicado sem descrever as condições de origem.
    Sob a pata militar e a acção dos agentes soviéticos e uma multidão de franjas esquerdalhas, os partidos democráticos nasceram desde um PS que berrava ser marxista a um CDS que jurava ser rigorosamente ao centro.
    O PPD teve o pendão da autenticidade entre estas duas farsas.
    Passar a PSD já foi um passo em falso.
    Daí, e por todo o tempo, se vive no lodo abrilesco, que preserva o oportunismo romantizado do saque e a tolerância da bandalheira, sob a bandeira dos ‘coitadinhos’ que dizem ser os definidores da nação.
    Finalmente surgem dois partidos que descolam dessa miserável herança, veremos se com sólida ideologia de suporte, agora que têm voz.

    • POIS! says:

      Pois foi!

      Mas na realidade, a coisa já vinha de trás. O grande problema foi a União Nacional ter passado a ANP. Que, aliás, até ganhou duas eleições seguidas com maiorias muito, mas mesmo muito, absolutas.

      Infelizmente, por modéstia, depois de 1974 deixaram de concorrer, para não privar os outros partidos de estarem no parlamento.

      Estou certo que, pelo Menos, o curso da História teria sido diferente se tivessem tido a ousadia de concorrer. Mas a modéstia falou mais alto! Foi pena!

      • JgMenos says:

        Não te cansas de fazer a figura do parvo de serviço, notável!

        • POIS! says:

          Pois, “Parvo de Serviço”?

          É cargo que não existe. Tal qual como a condenação do Venturoso Quarto Pastprinho foi anulado pelo Supremo!

          Vosselência bem queria ficar com o cargo, mas já não vai a tempo.

          Agora asno de serviço está vago.

          Aliás, disseram-me que não. Foi ocupado. Pelo Menos, por um tipo salazaresco, não sei se mais.

    • Paulo Marques says:

      E o agente Carlucci, Menos? Também era um perigoso marxista, a levar-nos à comunista CEE?

  9. Joana Quelhas says:

    Leio por aqui muito lamento em relação à situação do CDS.
    E parece-me genuíno.
    Porque é que é genuino?
    Porque a esquerda gosta de dizer que é plural e assim assinala esta sua suposta virtude.
    O CDS é tão querido pela malta esquerdista porque o CDS sempre foi a “direita” autorizada pela esquerda.
    Mas porquê ?
    Porque havia a esquerda de autorizar a direita ?
    Muito simples , porque o CDS não é direita nenhuma, é assim como, digamos uma esquerda católica.
    Tenta conciliar um pouco de liberdade com a social democracia.
    Não é de estranhar pois que os presidentes do CDS acabem no PS, a serem aquilo que realmente sentem.
    Esperemos que apareçam finalmente , depois deste longo PREC que atravessamos, surja uma direita em Portugal.
    Uma direita de verdade.

    Joana Quelhas

    • João L Maio says:

      Graças a si vamos acabar a descobrir que o CH é de centro-esquerda.


      • Esta Joana é “quelhada”. Para ela, menos que MDLP e rede bombista não é “direita de verdade”. O que fazia falta era um Salazar em cada esquina…

    • Paulo Marques says:

      O CDS não é de direita, por isso é que os membros se espalharam por IL e Chega.

  10. Tal & Qual says:

    Joana:
    Ficas proibida de escrever “coisas” depois de almoço e do café com cheirinho…

  11. balio says:

    o actual PSD necessita de uma refundação ideológica que o coloque no seu devido lugar, o do partido dos conservadores na economia e liberais nos costumes

    Excelente proposta.

    Mas será um bocado difícil de pôr em prática. Muita gente afastar-se-á do PSD durante uma tal refundação, etc.

  12. Paulo Marques says:

    Só não percebo como é que o Livre, que a CS foi obrigada a incluir, foi levado ao colo. De resto, fala bem, e está disposto a ceder em tudo, pelo que é natural seja o modelo de esquerda responsável.

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