Afinal quem é o palhaço?

 

 

Em 2011, José Manuel Coelho, deputado na Assembleia Legislativa Regional da Região Autónoma da Madeira pelo PND, chamou “agente da CIA” e “maçónico” ao advogado Garcia Pereira, do partido PCTP/MRPP, “que instrui os processos que o dr. Jardim põe aos democratas”. A invectiva foi proferida quando o partido que representava foi acusado de plagiar os comunicados do PCTP/MRPP, numa altura em que José Sócrates tinha já apresentado a sua demissão e os partidos políticos se posicionavam para novas eleições.

Depois de ter sido, pelo facto, absolvido em Março de 2016 na primeira instância, por o tribunal ter entendido, e bem, que as expressões foram utilizadas no contexto do conflito político, entre adversários que brevemente disputariam o mesmo eleitorado, ambos figuras públicas – o que fazia com que as imputações não fossem sequer típicas, ou seja, não preenchessem sequer a descrição do crime de difamação previsto no Código Penal (a imputação de facto ou formulação de juízo ofensivos da “honra ou consideração”)  -, o arguido Coelho foi recentemente condenado, em recurso, a uma pena de prisão efectiva – por “difamação agravada” – pelo Tribunal da Relação de Lisboa. A pena deve ser cumprida durante 72 fins-de-semana por períodos mínimos de 36 horas e máximos de 48 horas.

A sentença condenatória é um repositório de bolor jurídico, incapaz de fazer uma leitura do Código Penal português que seja conforme à Constituição, e explica na perfeição porque o Estado português, pela actuação dos seus juízes, já foi mais de 20 vezes condenado no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) por violação do artigo 10.º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem (CEDH), que protege a liberdade de expressão. Na verdade, para a Relação de Lisboa, o artigo 180.º do Código Penal – que já muito questionavelmente criminaliza a difamação- consagra a prevalência do direito à honra sobre o direito à liberdade de expressão, excepto nos casos em que este é utilizado para satisfazer um interesse legítimo (costuma invocar-se o direito à informação) e as expressões difamatórias correspondam efectivamente à verdade (ou o seu autor tenha fundamento para as considerar verdadeiras), o que na circunstância não se verificou.

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Para que não restem dúvidas à República

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Corpo Diplomático na Ilha da Pontinha – Serviços Secretos do Principado. E ainda disse ele que o Arnaldo Matos é que tinha sido agente secreto da CIA!

Da Série: As cocas que andam por aí

Não esquecer: há um Coelho bom

coelho-algemado

 

Na Madeira.

PPM

Acabo de ver no Jornal da Tarde da RTP a entrevista a Paulo Estevão, Presidente do PPM.
Por incrível que pareça, não lhe perguntaram, ao contrário do que aconteceu na semana passada com José Manuel Coelho, quais eram as fontes de rendimento da sua campanha.

José Manuel Coelho, Reserva Moral da Nação

A verdade é que aqueles que votaram em Fernando Nobre e que acreditaram nele ficaram muito desiludidos com a sua integração nas listas do PSD.
Não se percebe por quê. Quem estivesse minimamente atento ao percurso de Fernando Nobre e à própria campanha perceberia por que razão não poderia acreditar nele.
Eu, como anunciei na altura, votei em José Manuel Coelho. O único independente que não aproveitou a candidatura às Presidenciais como estratégia política no seio de um Partido de topo.
José Manuel Coelho, hoje em dia, é a verdadeira Reserva Moral da Nação. No futuro, poderão vê-lo num qualquer Partido pequenino, a lutar pelos pobres e oprimidos, mas nunca poderão vê-lo num PS ou num PSD. É a diferença entre ele e Manuel Alegre e Fernando Nobre. É a diferença entre a dignidade e a falta de vergonha. É a diferença entre a verdade e a mentira.

Presidenciais: a luta continua!

0630_guangyiPara os meus lados as eleições correram muito mal para Manuel Alegre e muito bem para José Manuel Coelho.

José Manuel Coelho ficou no quase quanto aos 5% que lhe dariam direito a financiamento da campanha, mas na Madeira tem uma base para as eleições regionais que coloca toda a oposição ao PSD-M a olhar com cara de parva. Falta ver quem o vai acompanhar e aí temo o pior. Pode vir a ser a minha indigestão de votante mas para já foi bom: a azia do intelectual de esquerda, o militante com horror a pobre, está-me a compensar não haver 2ª volta.

O caso Alegre, e de muito do milhão de votos ter horror a Sócrates, pode terminar numa coisa estranha, uma espécie de derrota de pirro do Bloco de Esquerda. Saindo cabisbaixo das presidenciais, naquilo que interessa – as legislativas não se sabe quando – pode vir a capitalizar a aproximação ao que sobrava de esquerda no PS, os últimos alegristas, como de resto já sucedeu em Setembro. O problema é que pode vir ou pode não vir a. Nunca se sabe. Para já sabe-se que os eleitores do BE saem do rebanho, o que faz só faz bem à saúde da esquerda.

Francisco Lopes vai passar a aparecer mais vezes na televisão. Se será o sucessor de Jerónimo Sousa é tão irrelevante como, não havendo segunda volta, foi toda a  sua campanha: não fez crescer o PCP, e ainda tem o amargo de boca de ter  visto fugir para José Manuel Coelho os votos que contava pescar para os lados do BE.

Bem, e agora é dia 23, vamos lá ouvir as explicações sobre a casinha da Coelha. E talvez comece o julgamento de Oliveira Costa. Ou como se grita em agitpropês: a luta continua, cavaco para a rua.

José Manuel Coelho venceu no Funchal, no Machico e em Santa Cruz


Todos os resultados por distrito no site do Público.

Voto em José Manuel Coelho


Não costumo ter problemas a decidir. PCP ou Bloco – é sempre por aí. Nas últimas Presidenciais, votei Garcia Pereira.
Desta vez, estive tentado a votar em Francisco Lopes. Mas se o PC queria concorrer a sério nestas eleições, devia ter arranjado um candidato forte, por melhor que tenha sido a prestação do seu.
Assim, e porque Fernando Nobre sempre me pareceu uma criação de Mário Soares, decidi optar por alguém de fora do sistema. Mesmo utilizando estratégias discutíveis, é o único que chama os nomes aos bois. E o único que diz todas as verdades.
Palhaço? Não. Esses são os outros.

Presidenciais: a opinião de uma profissional do sexo

Exclusivo Aventar: declarações explosivas da prostituta que prestou serviços aos seis candidatos presidenciais

Em mais um rigoroso exclusivo, e após uma investigação cuidada, o Aventar descobriu Maria (nome fictício), a prostituta cujos serviços, por coincidência, foram solicitados pelos seis candidatos presidenciais, durante a presente campanha. Porque a perspectiva desta profissional do sexo pode permitir aos nossos leitores uma visão diferente dos seis homens que poderão vir a ocupar a cadeira presidencial, aqui deixamos as declarações de uma mulher que partilhou a intimidade de todos eles, ainda que por breves momentos.

No geral

“Olha, amor, os políticos são na cama como na rua: falam muito e não fazem nada. Tirando o Manuel João Vieira, que é um homem como deve ser, que sabe portar-se como um porco, nunca mais aceito clientes vindos da política, até porque isto pode vir a saber-se e fico malvista e eu posso ter muitos defeitos, mas sou muito limpinha, ficas a saber.” [Read more…]

As Sondagens, Mesmo as Estapafúrdias, Dizem que nos Ficamos pela Primeira Volta

O sonho dos candidatos, a segunda volta

O sonho de qualquer dos cinco candidatos à Presidência da República Portuguesa, é forçar Cavaco Silva, o sexto candidato, a uma segunda volta nestas eleições presidenciais. Deixá-los sonhar, coitados, já que as sondagens e estudos de opinião, mesmo que nos digam que são estapafúrdias, nos vão dizendo que a vantagem do candidato Cavaco é tão grande que está quase garantida a vitória na primeira.
Para que nos serviria então uma segunda volta? Só mesmo para gastar mais dinheiro e energias e, caso fosse outra a escolha dos Portugueses, nessa segunda volta, serviria também para que muitos sapos fossem engolidos e o Presidente que nos coubesse em sorte (?), mais não fosse que o Presidente de uns quantos poucos Portugueses e a décima sétima escolha de muitos outros. [Read more…]

Falta um Renato Seabra na campanha para as Presidenciais

Não me interpretem mal. Sim, faz falta nesta campanha eleitoral um Renato Seabra com o instrumento que Deus lhe pôs na mão – o saca-rolhas. Mas como não quero fazer concorrência ao rapazinho de Cantanhede, o saca-rolhas é em sentido figurado. Não desejo assim tanto mal a nenhum dos senhores e um tapume na boca, pelo menos até ao dia 23, chegava perfeitamente.
Cavaco é o mais detestável dos candidatos. Fez muito mal a Portugal ao longo de décadas e só um povo burro como o nosso é que voltará a dar-lhe uma vitória à primeira volta.
Manuel Alegre representa tudo o que de mau tem a política. Viveu na sombra dos Partidos durante mais de 30 anos, mas não hesitou em virar-se contra eles quando precisou de se travestir de anti-sistema. Foi sol de pouca dura e é vê-lo agora a defender o Governo Sócrates como se não tivesse passado nem memória.
Fernando Nobre é o homem errado no local errado. É um bom Homem, não podia ser um bom político.
Francisco Lopes tem sido uma agradável surpresa e o melhor dos candidatos. Tivesse mais carisma e podíamos ter uma surpresa no dia 23.
Defensor Moura foi um bom autarca em Viana, mas sempre que fala de política nacional sai asneira. Foi utilizado para roubar votos a Alegre, mas nem para isso vai servir.
José Manuel Coelho tem dito as verdades que tinham de ser ditas. Fazia falta alguém como ele na Presidência da República. O problema é que, para voto de protesto, falta ali alguma coisa. Talvez não ser um candidato tão a sério.

Jornalismo e presidenciais: um exemplo absurdo

Imagine uma notícia com o antetítulo “Absurdo”. Sobre a campanha eleitoral. Assim:

ABSURDO

Cavaco recebe banho de multidão no Funchal e teve de encurtar arruada

cavaco tejadilho(…)

Cavaco Silva chegou junto do teatro municipal Baltazar Dias, na capital madeirense, subiu ao tejadilho do carro para saudar as centenas de pessoas que o aguardavam há 30 minutos para realizar um arruada que deveria terminar no mercado da cidade, radiante por mais um show off.

(…)

Não imagina pois não? caía o Carmo, a Trindade e um jornalista, fora o editor. Agora veja esta:

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“Já estava a contar com isto”, comentou Coelho, “porque as pessoas são mal formadas. Há liberdade de circulação em todo o território nacional e isto é território nacional. Não é do senhor professor Cavaco Silva. Aqui na rua é praça pública”, conclui, radiante por mais um show off.

O absurdo está em José Manuel Oliveira e o Diário de Notícias seguirem a escola Judite de Sousa e não terem vergonha na cara. Como se não bastasse o artigo da Visão sobre a casa de férias de Cavaco Silva ter sido ignorado por toda a comunicação social (pode entretanto ser lido nos Tabus de Cavaco),  absurdo é um candidato insistir com o jornalismo ultra suave (para alguns) e este achar isso absurdo. Criticar a comunicação social é um absurdo, só pode, porque também nunca se enganam e têm sempre razão.

Candidatos presidenciais 2011 – Defensor Moura

candidatos presidenciais - defensor moura

Esta é sexta e última parte destas caricaturas sobre os candidatos presidenciais 2011.

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Vou botar o meu voto no José Manuel Coelho

JoseManuelCoelho Onde botar o voto nestas presidenciais estava complicado.  O voto rege-se pela sua utilidade e necessidade,* e perante António Cavaco Silva só votando noutro gajo se fica com a consciência tranquila. Qual gajo?

Manuel Alegre foi demasiadas vezes deputado por Coimbra para não ter reparado nele. É da geração do meu pai na sua passagem pela aldeia universitária, quando deixei de o ouvir em ondas curtas continuou a ser um poeta muito pouco interessante para o seu tempo (convém lembrar que Herberto Helder é seu contemporâneo mas sempre escreveu poemas e não se lhe conhecem rimas para cantarolar), caçador, e aquela parte da voz ficou-se-me eternamente associada a coisas politicamente muito más quando passou a ouvir-se em frequência modulada. Voto numa segunda volta, sem urticária, mas irrita-me. Os tactitismos dos meus camaradas que continuam no Bloco de Esquerda são tacticismos muito pouco estratégicos, que é quando se faz da politíca um jogo de sorte e azar. Para a próxima espero que tenham sorte.

Fernando Nobre, que não é grande apelido para um presidente da República como Mário Alberto Nobre Lopes Soares percebeu ao deixar-se conhecer simplesmente por Mário Soares, li esta piada algures e copiei, escutei-o numa missa no Pátio da Inquisição quando a Marisa Matias e o Rui Tavares eram candidatos ao parlamento europeu e fiquei com a ideia de que não iria votar nele para a presidência da república se uns meses mais tarde lhe desse para ser candidato, julgamentos de Inquisição em seu pátio, admito, precipitado, aceito, mas sem dúvidas pelo menos para uma 1ª volta. [Read more…]

Candidatos presidenciais 2011 – José Manuel Coelho

candidatos presidenciais -  José Manuel Coelho

 

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A campanha de José Manuel Coelho parece estar a correr bem

Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira, foi hoje hospitalizado, na sequência de um enfarte de miocárdio agudo. Público

Há quem não goste, e certamente esperava que o candidato presidencial José Manuel Coelho se tivesse espalhado nas tardias entrevistas televisivas. Judite de Sousa bem se esforçou, mas não conseguiu. O coração do Bokassa do Funchal é que parece ter fraquejado. Os meus votos de melhoras: não é na cama do hospital que desejo a sua derrota, e precisa de estar bem vivo para a sofrer.

Um dos candidatos é muito menos igual que os outros

Salta à vista a um míope que José Manuel Coelho foi prejudicado na pré-campanha para as eleições presidenciais, e vai continuar a sê-lo. Por um lado porque a lei garante a igualdade, mas o sistema não, o sistema tem medo, neste caso de um efeito Tiririca. Pelas melhores ou piores razões é um candidato que encontrar votos nos descontentes com um regime onde político e ladrão viraram sinónimos.

coelho tiririca

Coelho parece ter optado pela estratégia emplastro para forçar a comunicação social a dar-lhe alguns segundos, mas isso é problema dele. O meu é simples: é candidato, tem os mesmos direitos que os outros. É também o meu direito de cidadão eleitor que está em causa, o meu direito a ser informado sobre a campanha de todos os candidatos. Por isso assinei a petição que o João Delgado no vermelhos.net em boa hora lançou e que aqui deixo: [Read more…]

José Manuel Coelho – um candidato sério

JARDIM carnaval Homem que Alberto João Jardim insulta desta forma só pode ser boa pessoa:

«Não vejo que seja histórico um fenómeno de pura e mera palhaçada política. Este indivíduo pago pela extrema-direita, principalmente por algumas famílias que foram poder na Madeira e que exploraram o povo madeirense, e que agora lhe pagam para através da palhaçada denegrir o sistema de autonomia política, denegrir o regime democrático e fazer ataques pessoais porque neste país desgraçado o indivíduo é impune perante tudo quanto faz»