Quem financiou os outdoors do Chega em 2019?

Todos se recordam das dezenas de outdoors que foram colocados por todo o país em que o CHEGA se manifestava contra o serviço público de saúde, de educação, de transporte, etc. Assim que começou a pandemia e era o serviço público a cuidar da população com COVID, André Ventura ficou entalado e negou o conteúdo destes cartazes, explicando que afinal estes outdoors queriam dizer que ele não tinha preconceitos ideológicos contra a saúde privada. Mas o que é certo que foram gastos mais de 75 mil euros em outdoors (assumindo 50 outdoors a 1500€ cada) que afinal não queriam dizer o que diziam. 75 mil euros para um novo partido é uma imensidão de massa, sobretudo quando é para dizer o que não queriam dizer. Mas a profusão de sucessivos novos outdoors com variadíssimas outras mensagens foi uma constante do CHEGA durante 2019. Quanto gastou o CHEGA no total em outdoors em 2019? Certamente bem acima de 200 mil euros. De onde veio tanto dinheiro para um novo partido? Veio do contumaz César de Paço? Veio de milionários nacionais? Ou veio de fora de Le Pen ou de Putin através de algum esquema indireto?

É fundamental que as autoridades, em particular a judiciaria, investiguem a fundo as transferências escondidas do CHEGA de 2019. Em França não houve medo e já houve condenações no caso de financiamento ilegal da campanha de Sarkozy. Aqui queremos investigação e queremos ver resultados.

PSP ARRASA o partido de André Ventura

No Twitter, André Ventura garante que a sua caravana foi recebida com tiros, em Famalicão.

A falange replica.

O objectivo desta farsa é óbvio: culpar os ciganos, acicatar ânimos e capitalizar com a revolta por si fabricada. Demagogia, populismo e canalhice no seu estado mais puro.

Azar do Ventura, a PSP desmontou o seu embuste e repôs a verdade. Afinal, não foram tiros. Foram rateres de uma mota que integrava a comitiva do próprio CH.

Mas a mentira está na net e por lá ficará para sempre.

O próprio Ventura não a apagou do seu Twitter.

Sim, nenhuma força política é imune à mentira ou a comportamentos menos dignos.

Mas não, não são todos iguais.

Ninguém desce tão baixo como Ventura.

E será pesada, a factura do tapete vermelho que o sistema que Ventura diz combater lhe está a estender. Mas a história não terminará aí.

João Rendeiro e Cavaco Silva: uma pequena história com pouco interesse

João Rendeiro, o gangster financeiro do BPP que soma acusações e condenações, fugiu do país. Era expectável. Um criminoso condenado, a quem era permitido viajar sem limitações, foi dar um passeio a Inglaterra mas acabou por se escapulir para um país sem acordo de extradição com Portugal. Era interessante saber que juiz permitiu que viajasse para fora do país, com uma condenação que já transitou em julgado. Se fosse o juiz Ivo Rosa já se sabia, mas este deve ser dos bons e só se enganou desta vez. O gajo era capa das Exames da vida, em princípio era bom rapaz. Deve ter sido isso.
Importa clarificar que João Rendeiro, ao qual a imprensa habitualmente se refere como “banqueiro”, e só como “banqueiro”, é alguém que, noutra vida, circulou nos corredores do poder. Em 2006, João Rendeiro foi um dos principais financiadores da primeira campanha presidencial de Cavaco Silva, atribuindo aos político dos políticos o donativo máximo permitido por lei (22.482€), a par de personalidades tão distintas como Ricardo Salgado ou Oliveira e Costa. A fina flor da banca portuguesa, que sempre encheu as contas bancárias das campanhas de Cavaco.

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Cavaco Silva deve uma explicação ao país. Sem bolo-rei na boca

CSRS

Já era conhecido o papel determinante de Ricardo Salgado e de outros aristocratas da família, nas duas eleições ganhas por Cavaco Silva para a presidência da República, na qualidade de principais patrocinadores das campanhas eleitorais do político mais político da história da política portuguesa. Já é longa, a relação que une Cavaco e Salgado.

Hoje ficamos a saber que esse financiamento, pelo menos no que à eleição de 2011 diz respeito, terá sido canalizado através da ES Enterprises, também conhecido como saco azul do GES, sediado nas paradisíacas e fiscalmente evasivas Ilhas Virgens Britânicas. Compreendem-se agora um pouco melhor as declarações de Cavaco, na antecâmara da queda do império Espírito Santo, quando assegurava que os portugueses podiam confiar no BES. Cavaco não tinha razão de queixa. [Read more…]

Dizem que teremos eleições europeias

Tenho acompanhado menos a campanha eleitoral para as eleições europeias e os ecos mediáticos dizem-me que não tenho perdido coisa alguma.

Na verdade, o pouco a que acabo exposto recorda-me Chernobyl. As radiações acabam por chegar e causam náusea.

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Acabou o circo

Daqui a quatro anos há mais.

As autárquicas e a poder do porco no espeto

Fotografia@Expresso

Eis, em todo o seu esplendor, a problemática do porco no espeto como argumento eleitoral. Chama gente, mas depois a gente não arreda de ao pé dele. Quando vão começar os discursos, uma voz no altifalante pede às pessoas para que se cheguem à frente, para perto do palco montado num camião TIR, mas as pessoas fazem orelhas moucas. São muitos mais os que estão a comer à sombra ou à espera de comida ao sol do que os que fazem o esforço de ficar a engolir discursos.

O caso pede medidas extremas e elas são tomadas: ouve-se ordem para que, “durante os discursos”, pare o serviço de sandes. É um daqueles momentos em que se percebe como uma coisinha de nada pode causar a revolta do povo.

“Então, e a gente não come?”; “Nem pense nisso!”; “Estou aqui há uma hora e param de servir?”. Uns protestam que “isto não tem jeito nenhum”, outro, mais exaltado, ameaça “escaqueirar isto” e só se acalma quando alguém promete “resolver isto”. O facto é que quem estava na fila para “a sande” na fila ficou, porque, como explicava uma senhora com uma bandeira a fazer de lenço na cabeça, “se eu sair daqui vêm outros e eu perco a vez”. Há livros de teoria dos jogos sobre isto.

Filipe Santos Costa, Expresso

Imoralidade eleitoral com idosos – mudar a Lei

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Miguel Teixeira

Discordo como cidadão eleitor deste país, que em altura de eleições se procure aliciar votos dos eleitores (é da tentativa de aliciamento de votos patrocinada pelo erário público que estamos a falar), em centenas de autarquias deste país convidando milhares de idosos para almoçar na Quinta da Malafaia ou em qualquer outro espaço de convívio. Discordo igualmente que em alturas eleitorais se levem os idosos de Centros de Dia a S. Bento da Porta Aberta, a Fátima ou seja lá onde for, em ações patrocinadas por Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesia que configuram uma concorrência eleitoral desleal, falseando com enorme “chico-espertice” os resultados eleitorais. [Read more…]

E se o publicitário corrupto trabalhasse para a esquerda?

Isto é, obviamente, uma não-notícia. Pelo menos no que a Pedro Passos Coelho diz respeito. O homem pode ser culpado de muita coisa, mas seguramente não será responsável pelas alegadas maroscas em que um publicitário que em tempos trabalhou para si se mete ou deixa de meter. Claro que a imprensa não deixa passar em branco, porque, não-notícia ou não, vende mais se lhe for associado o nome do líder da oposição. Como venderia com o nome de outra figura de destaque do panorama político nacional.

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Conselheiro de Pedro Passos Coelho envolvido no processo lava-jato

PPCAG

O Público avança esta noite que o director da campanha da coligação PSD/CDS-PP para as Legislativas, André Gustavo, surge mencionado na 23ª fase da investigação do processo Lava-Jato, o que levou as autoridades brasileiras a pedir informações ao Ministério Público português sobre a actividade do publicitário em território nacional. Não foi a primeira vez que André Gustavo trabalhou com o PSD e Pedro Passos Coelho, tendo sido também responsável pela campanha de 2011. [Read more…]

É preciso lá ter passado para o reconhecer

Passos acusa PS de “ajoelhar” perante a Europa, lê-se no Público.

Não importa o que Costa faça, haverá uma tirada azeda, que nem precisa de ter paralelo com a realidade, por parte do vitorioso de Pirro.

De rosa ao peito, em forma de pin patriótico, lá vai ele em alegre campanha eleitoral, a mesma que dura há quase dois anos. Há que fazer pela vida, mesmo quando Portugal está à frente.

Contacto com a população imóvel

Há um tipo de campanha eleitoral centrada no “contacto com a população” (designação um pouco tonta que todos os candidatos utilizam), mas uma população maioritariamente constituída por velhinhos, criancinhas, paralíticos, doentes, senis, institucionalizados, gente que, por um motivo ou outro, está impedida de fugir dos candidatos. O pretexto é sempre o de manifestar a extrema preocupação desse candidato com os mais débeis, a sua sensibilidade e capacidade de empatia, a ternura com que leva a colher de maçã assada à boca da D. Felismina, o carinho com que pergunta ao Joãozinho que som é que faz a vaquinha. As pessoas, mais do que pessoas, surgem como uma massa amorfa de carência social. Têm a inegável vantagem de não protestar, não contestar políticas anteriores, não interrogar, seja porque não são fisicamente capazes de fazê-lo, seja porque se sentem coagidas a calar. E ao contrário da maioria dos outros cidadãos, que podem sempre escapar a uma arruada, dar meia volta para evitar um folheto que não se deseja receber, não têm como fugir das acções de campanha. São reféns, para todos os efeitos.

Comparo este tipo de propaganda política com o assédio que sofre o senhor Sousa. [Read more…]

Sobreviver a um comício

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Fui a um comício. Não foi fácil. Ao meu lado estava sentado um velhote que parecia tão à rasca como eu. Várias vezes nos entreolhámos um bocado aflitos, por manifestamente não sabermos aquelas letras e aquela performance de cor. De tanto em tanto tempo, os que estavam sentados ao nosso lado levantavam-se e diziam coisas, umas frases que tinham decorado e que agora repetiam. Pareciam cidadãos iguais a nós, uns quaisquer da população, como nós ali sentados, mas eis que de repente não eram. Sentimo-nos sozinhos naquela nossa condição, que afinal não era assim tão simples.

Tudo piorou quando alguém nos entregou umas bandeiras, acompanhadas de uma ordem para as pôr no ar quando chegasse o momento. Ficámos ali com ar de parvos com as bandeiras na mão, sem saber o que fazer com elas – que ainda por cima impediam que pudéssemos bater palmas se quiséssemos. Nós por vezes até queríamos, porque se disseram coisas muito importantes naquele comício. Coisas verdadeiras, graves, que não tinham nada de festivo mas mereciam o aplauso de serem enunciadas sem medo.

Quando chegou o momento de pôr as bandeiras no ar foi especialmente doloroso. Olhámos um para o outro e juraria que pensámos o mesmo: sair dali o quanto antes. Como não fosse propriamente fácil, dada a multidão compacta que nos envolvia, nada fizemos. Limitámo-nos a ficar ali sentados, cada um a tentar livrar-se da bandeira como podia [Read more…]

Os sonsos

José Xavier Ezequiel

epa04865535 President of PSD (Social Democratic Party), Pedro Passos Coelho (R), greets the CDS-PP (Social Democratic Party) president, Paulo Portas (L), in Lisbon, Portugal, 29 July 2015, during the presentation of the coalition electoral programme for the upcoming legislative elections that will take place 04 October.  EPA/MARIO CRUZ

Os dirigentes do PAF ‘indignaram-se’ no último fim-de-semana com o facto de António Costa ter anunciado que, caso perca as eleições, não viabilizará o próximo orçamento de estado.

Segundo Passos Coelho, é inaceitável que um partido que pede estabilidade não aceite viabilizar o ‘seu’ orçamento, caso ganhe. Acrescenta Paulo Portas que, ainda por cima, se recusa a viabilizar um orçamento que não conhece.

Vamos lá por partes, como dizia o meu falecido primo Delfim, quando começava a ficar com um copito a mais. O PAF apresentou-se a este acto eleitoral sem programa. Ao contrário do que aconteceu há quatro anos, o PAF já nem sequer faz promessas. Limita-se a dar ‘garantias’. A mais importante de todas é a de que prosseguirá, caso ganhe as eleições, a mesma linha de governação. [Read more…]

Campanha Eleitoral

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Campanha eleitoral que se preze deveria contar com a presença de Fanny Rodrigues!
Candidatos às associações de estudantes de todo o país: garantam o vosso futuro, assegurem a vossa eleição de forma limpa e democrática!
“Certamente que será um dia em grande!”

O ” resguardo ” de Joana Amaral Dias.

No mês passado a candidata a deputada do movimento político AGIR, Joana Amaral Dias, anunciou que estava grávida, sendo que até seria uma gravidez de risco, o que iria implicar um maior afastamento e resguardo na campanha eleitoral.

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Quem diria depois de ver a capa desta revista cor de rosa!

Paulo Rangel e PSD “ atiram “ na Justiça e em Sócrates mas ” tiro “ faz ricochete.

fonte: foto capa jornal i

fonte: foto capa jornal i

No último fim-de-semana o antigo secretário de estado adjunto da Justiça, ex-candidato à liderança dos sociais-democratas e actual eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, trouxe Sócrates e a Justiça para a campanha eleitoral. Numa intervenção, durante a Universidade de Verão da JSD, Paulo Rangel surpreendentemente questionou se “ alguém acredita que se os socialistas estivessem no poder haveria um primeiro-ministro sob investigação? “.

O que Paulo Rangel quis dizer, não foi nem mais, nem menos, que a justiça está dependente do governo e que, por isso, é instrumentalizada, passando claramente a mensagem que a justiça é permeável a pressões.

Será que Paulo Rangel quis dizer que enquanto o PSD e o CDS estiverem no poder os seus governantes, deputados, autarcas e dirigentes estão a salvo de investigações e processos judiciais? É natural que depois desta sua intervenção possa ficar a “ pairar no ar “ a dúvida que a Justiça é controlada pelo actual poder político executivo.

A partir deste momento Paulo Rangel partidarizou a Justiça, sendo que entendo estas afirmações ofensivas para o sistema judicial e para os seus intervenientes.

Estas tomadas de posições políticas são inaceitáveis para um licenciado em Direito, advogado e antigo secretário de estado adjunto da Justiça, tendo sido já repudiadas pelos mais diversos sectores da justiça portuguesa. Mais que ninguém Paulo Rangel sabe que o sistema judicial português é independente. Por isso estas afirmações só podem ser entendidas como ” chicana política ” de forma a trazer a campanha eleitoral para o lamaçal, porém, Paulo Rangel deveria saber que em política muitas vezes “o feitiço vira-se contra o feiticeiro”.

Espero, como militante do Partido Social Democrata, que este apenas seja o pensamento do ex-secretário de estado, Paulo Rangel, sobre o funcionamento da Justiça no nosso País. Eu quero uma justiça livre, sem tutelas, competente e com os meios necessários ao seu dispôr para fazer o seu trabalho de forma independente e o mais célere, tanto quanto possível, porque também tenho que reconhecer que muitas vezes a pressa numa investigação pode ser inimiga da perfeição.

As falcatruas nos cartazes

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Depois de dias a fio dos direitolas a desancarem nos cartazes do PS, com razão, diga-se em abono da verdade, mas sem relevância para além do fait-divers, ao ponto de afirmarem que o PS  não poderia querer passar uma imagem de confiança e, simultaneamente, usar fotos sem autorização e colar pessoas a frases que não as proferiram, eis que a trupe do PSD/CDS faz o mesmo que condenou nos outros.

Vá, não se inibam e força com esse hara-kiri.

O altruísmo hipócrita da coligação PSD/CDS-PP

MAC e PMS

Como se de um favor ao país se tratasse, a coligação PSD/CDS-PP anunciou a intenção de reduzir os gastos com a campanha para as próximas Legislativas de 4,6 (valor gasto em 2011) para 2,8 milhões de euros. Porque num país afundado numa dívida gigantesca, a terceira maior da Europa, gastar 2,8 milhões de euros em coisas tão prioritárias como bandeiras, cartazes de publicidade enganosa, tempos de antena repletos de aldrabice e falsas promessas ou canetas com logótipos de partidos é uma necessidade imperativa sem a qual Portugal não pode passar. Pedro Mota Soares colocou a situação nestes moldes:

O país viveu tempos muito difíceis, temos de ter uma atitude de respeito pelos portugueses que fizeram sacríficos e passaram por tempos difíceis. Para esclarecer as pessoas n é preciso muita propaganda. Aliás, já passaram os tempos de quem fazia propaganda, vendia ilusões, mas que se vinham a verificar impossíveis.

Não passou nada Pedro. Vocês ainda estão no governo e ainda são governados pelo outro Pedro, o tal que aldrabou o eleitorado no ano em que, apesar de já estarmos em crise e a fazer sacrifícios, vocês gastaram 4,6 milhões de euros em comícios com porcos no espeto, música pimba e camiões que entopem as estradas e os nossos ouvidos com poluição sonora da mais rasca que pode haver. E será que o país precisa de viver tempos difíceis, que é basicamente a história da nossa história, para que percebam que gastar 4,6 milhões de euros em lixo eleitoral é um absurdo e uma afronta a quem verdadeiramente passa dificuldades neste país?

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O povo já não é o que era

Dom Gonçalo da Câmara Pereira, o candidato fadista do Partido Popular Monárquico, foi ontem ao Mercado do Bolhão à procura de circo. Há candidatos assim, que entendem que uma campanha eleitoral se resolve com meia dúzia de aparições chispantes entre o povo, aquele povo chocarreiro, aos berros, a cuspir vernáculo em cada frase, beijoqueiro de políticos mediáticos. O povo está para bater palmas, eternamente agradecido pelos minutos de atenção que lhe dispensem os doutores, e o Gonçalo, ao que fiquei a saber, até já apareceu a fazer depilação no programa do Goucha, o que o alça indesmentivelmente à condição de celebridade à nossa mísera escala. [Read more…]

Acção e reacção

A Terceira Lei de Newton será, por ventura, a de mais simples compreensão, ao alcance de todos, mesmo dos que não tenham estudado física: a toda acção há sempre uma reacção oposta e de igual intensidade; ou as acções mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.

Explica coisas complexas, tais como a natureza de algumas respostas.

acção e reacção

Mas não explica tudo, como se comprova pelas declarações de um certo sujeito, que prefere ignorar que a maior actividade de defesa da lei por parte do Tribunal Constitucional tem origem, precisamente, no governo que mais leis inconstitucionais tem, propositadamente, feito. [Read more…]

Vergonha, António Costa?

Vergonha é quando os políticos não fazem aquilo para que são pagos e culpam as televisões por não terem acompanhado a campanha eleitoral.

A veia artístico/cultural do PSD de Lagos

O Laboratório de Actividades Criativas, em Lagos, a cuja direcção me orgulho de pertencer, tem promovido ao longo dos últimos anos uma residência artística dedicada à Arte Urbana. Como consequência, a cidade de Lagos conta hoje com uma colecção de arte urbana de que poucas se podem gabar – especialmente cidades de dimensão comparável -onde pontuam nomes como os portugueses Paulo Arraiano, Gonçalo Mar, Daniel Heime, Pantónio, Jorge Pereira ou os artistas internacionais António Bokel, Vasmoulakis, Seiner, C215, Bezt ou ROA.

Este ano lançámos mais uma edição que inicia exactamente hoje e conta com autores como Add Fuel, Draw, Natalia Rak, Onur, Samina e Wes 21 além dos já referidos Bezt ou ROA.

Mas não é esta a notícia (podia bem sê-lo).  Há pouco mais de duas semanas, ROA, um dos mais conceituados artistas mundiais de arte urbana, executou dois murais na cidade de Lagos a nosso convite, que funcionaram como “entrada” para a edição que hoje começa. Eis um desses murais:

ROA - flamingo - Lagos, Portugal

Ora, hoje mesmo, pela manhã, o PSD de Lagos, cujo programa eleitoral, entre o bla-bla do costume, diz respeitar muito as associações locais e declara ter como preocupação muito importante a cultura e as artes, assoberbado pela febre comunicativa que nestas alturas dá aos partidos, esqueceu-se do seu programa e decidiu que os seus próprios “artistas” valiam mais, eram mais estéticos e importantes do que um pobre flamingo de pernas para o ar.

Vai daí, e como, a julgar pelo slogan, está a resolver resolver coisas, resolveu fazer isto, danificando mesmo a pintura: [Read more…]

Passos admite que mentiu

Uma promessa eleitoral foi reconhecida como não cumprida. Faltam apenas todas as outras.

Isso até o PPC sabe

Tozé vai seguro e não formoso nas suas afirmações.

O Nobel da Literatura e Alberto João Jardim

Aqui está um texto sobre Tomas Tranströmer, o Nobel da Literatura de 2011. No final do artigo, temos direito a um poema intitulado “Funchal”, da autoria do poeta sueco agora nobelizado. Alberto João Jardim já manifestou a sua indignação pelo facto de a Academia Sueca estar a querer imiscuir-se na campanha eleitoral, tendo criticado especialmente a parte em se pode ler “todos falam, fervorosos, na língua /estranha“, o que terá sido entendido como uma referência menos elogiosa ao sotaque madeirense. Como retaliação, os madeirenses estão proibidos de importar móveis da IKEA.

O PS vai PCPetizar-se

Agora que vai parecendo que o PS saltará para a oposição, os socialistas vão deixando a nota que será melhor serem convidados para o governo ou então haverá barulho na rua.

António Costa apela a «maioria social e política» para resolver crise – TSF

Em Leiria, o autarca de Lisboa entende que o problema não é a «maioria aritmética» no Parlamento, mas ter-se uma «maioria social que mobilize o país».

Qual era mesmo o líder que ainda ontem acusava outro partido de andar a fazer chantagem?

Democracia em tribunal

O afastamento dos pequenos partidos dos debates televisivos não é apenas uma questão de estações televisivas. É bem mais do que isso.

É evidente que o domínio dos partidos políticos com assento parlamentar em sede de debate televisivo e respectiva exposição mediática, aos mesmos aproveita para garantirem a sua coutada. Todos, da Esquerda à Direita, pactuam nessa garantia. A campanha eleitoral é deles, mesmo quando ainda não há campanha. E mais deles se torna quando abre oficialmente a caça ao voto. Os pequenos não têm lugar à mesa, nem os comensais estão dispostos a “aturá-los”.

A mim não me interessa se os partidos políticos excluídos são de Esquerda, Direita, respectivas extremidades, ecologistas, esotéricos, etc. Interessa-me o respeito pela Constituição e a não capitulação da República a pactos de poder. O não permitir que continue a haver quem queira escolher por pór, decidir por nós, ajuizar por nós.

Digo-vos: quando a democracia é dirimida nos tribunais, muito mal vai o país.

O branqueamento da máquina de campanha socialista feito na TSF

Parte dos 20 monovolumes em permanência na campanha PSDiário de campanha da TSF, pelas 19h10m de hoje. A reportagem diz que foi ver como funciona a máquina da campanha socialista de que se fala. Foi entrevistado o “Director de Caravana”, Rui Pereira.

O repórter começou por dar o mote. “Nestas legislativas o PS reduzudiu os meios em relação a outros anos. Força da crise, que obriga a contenção.” O entrevistado continuou e descreveu a dita máquina de campanha assim: “1 autocarro; cenário dos comícios; 3 automóveis; 6 carrinhas”. Acrescenta o repórter que “a comitiva, a chamada máquina, move-se no terreno a voluntarismo e militância” e complementa o entrevistado afirmando que há “algumas empresas contratadas nas funções técnicas (som, luz, essas coisas)”.

Nenhum destes meios foi referido:

  • 5 (cinco!) autocarros em permanência
  • 20 (vinte!) monovolumes em permanência
  • 1 camião TIR com palco, régie, ecrã gigante e 3 técnicos
  • 3 bancadas para 250 pessoas sentadas
  • 2 estruturas com som profissional
  • t-shirts, sacos de pano, canetas, calendários, chapéus, flyers, autocolantes, etc.
  • mobilização constante de dezenas de autocarros para levar “apoiantes” aos comícios

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Tempos de austeridade

O que pensará a Troika-Regente acerca de todo este aparato? De onde vem a “massa”?

A máquina está bem montada,com sandecas, refrigerantes, autocarros, velhas gaiteiras, boa segurança “parte-megafones dos outros”, bandeiras extra-large, etc. As máquinas de propaganda dos camaradas da Internacional Socialista, os Ben Ali, Mubarak e Zapatero – não, não são “tudo a mesma coisa” -, estavam firmes que nem rochas e naqueles países não tão distantes, os chefes também chegavam ás festas, a bordo  de limusinas do governo.

Onde estacionam agora?