O Estado centralizador já experimentou tudo para obter resultados, incluindo relatórios feitos à medida, gráficos a pedido e exames para facilitar..
É a altura de atribuir à escola meios financeiros, humanos e equipamentos para que em liberdade e em responsabilidade possa tomar em mãos o que lhe compete. Gerir a Escola !
A escola não pode continuar a ser pretexto para as guerras fraticidas entre o Ministério e os Sindicatos. A guerra que se trava há muito, não é uma guerra por uma Escola melhor, é uma guerra de poder e pelo poder.
No centro do Sistema tem que estar a Escola, para ela convergindo todos os esforços dos outros intervenientes, regulando, estabelecendo consensos, metas e objectivos, a nível nacional, deixando para cada uma das Escolas, a realidade local, os seus meios e os seus objectivos.
Não há fato feito nenhum que vista por igual a realidades tão diferentes, a ambientes sociais tão díspares. Não é possível estar na Av. 5 de Outubro e ser o elemento decisivo na Escola que está numa qualquer parcela do território.
A partir do “ranking” das Escolas, que existe há anos, é preciso escolher as que melhor resultados têm vindo a obter de forma sistemática, estabilizar o quadro de professores, negociar um leque de objectivos aceite por todos, atribuir meios e responsabilidades e deixar as Escolas “voarem livres como o vento”.
Ninguem conhece a Escola e as suas necessidades e dificuldades próprias como os professores; ninguem conhece os professores como os seus pares e por isso ninguem está em melhores condições de os avaliar ; como ninguem mais se pode responsabilizar pelos resultados obtidos. Sejam bons ou maus!
O que vemos (estamos a ver mais uma vez ) é os Sindicatos congratularem-se pelo que corre mal, o Ministério a avaliar-se a si mesmo (muito bem segundo os critérios que vai inventando) e as Escolas a serem massacradas por avaliações aos alunos para as quais não foram tidas nem achadas.
A Escola tem que estar no Centro do Sistema! O Ministério e os Sindicatos têm que estar no meio! Nem por cima nem por baixo. Colocarem-se a nível nacional contribuindo para criar as condições para que a Escola possa atingir os seus objectivos!
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