A Helena e o Zé só me enganaram uma vez. Vi, neles, o crescimento de movimentos e candidatos independentes às autarquias, um primeiro passo para o advento de candidaturas independentes dos partidos às eleições nacionais.
Um e outro na primeira oportunidade trocaram essa mensagem de esperança e de abertura de horizontes, pela tacanhez de um lugarzinho numa lista partidária. Com emprego assegurado.
Mas isto seria pouco. Ambos estão a juntar-se a Costa quando ambos foram ostracizados por Sócrates. Esta leitura faz a diferença toda vinda de políticos profissionais. A Câmara de Lisboa é um trampolim para vôos mais largos, neste caso de cenários político-partidários, mais concretamente dentro do PS.
Diz-se à boca pequena que se está a preparar, tendo como cenário a Câmara de Lisboa, o pós- Socratismo, com a eventual candidatura de Alegre a Presidente da República a troco do seu apoio, aqui em Lisboa, ao PS sem Sócrates.
Isto é uma fuga de gigante para a frente, face a cenários negros que mal adivinhamos. Costa bombardeia ministros e Sócrates já não os defende. Atado de pés e mãos, Sócrates não diz o que quer. Qual é o PS que vai deixar cair? Junta-se a quem? Num caso ou noutro só tem a perder e, pelos vistos, a cama está a ser feita dentro da sua própria casa.
Cavaco recebe recados de gente próxima na eminência de não haver maiorias, no sentido de influenciar o próximo governo. Manuela Ferreira Leite já disse que sim a uma coligação PSD/CDS.
O tempo corre contra Sócrates. Quem diria que o “animal feroz” seria abandonado e sujeito a estes cenários em que é protagonista menor?
Só falta saber que “visão”, se é que a têm, propõem ao país. A de Sócrates não é nenhuma e a sua credibilidade é nula para vir apresentar “visões” que desbaratou em quatro anos de maioria absoluta!
Alguem acredita que o PCP ou o BE se juntam a Sócrates sem que este dê por mau tudo ou quase tudo o que fez até hoje? Mas isso seria a derrota certa. À esquerda o cenário é a maioria absoluta com Sócrates (impensável) ou uma coligação sem Sócrates.
E se Sócrates não tivesse condições para ser candidato a Primeiro Ministro em Setembro?
Qualquer cenário sem Sócrates, sem Lurdes, sem O PSD é bom..mesmo que caótico..tudo é melhor a esta «ordem infeliz, desumanizante e empobrecedora total!»
Análise política ao mais alto nível.Bem-vindo ao teu Aventar.
O recado é para o meu rival Luis ou para mim???