Aviso: este texto destina-se exclusivamente a mulheres

 Aqui entre raparigas, deixem-me que vos conte o que acabo de ler no diário espanhol ABC. Num artigo publicado na edição online, o jornal resume um estudo publicado no Wall Street Journal que poderá ser o elo que faltava na efectiva divisão igualitária das tarefas domésticas entre homens e mulheres.

Diz-nos o ABC que essas tarefas domésticas podem ser um poderoso afrodisíaco e que quem mais se empenha na sua realização tem mais possibilidade de vir a desfrutar de umas noites fogosas.

Para além de dar por assente que para nós é extraordinariamente estimulante ver os nossos companheiros a esfregar tachos e a passar a roupa a ferro – enganamo-los bem, hem? -, os autores do estudo mostram-se surpreendidos com o facto de os homens também se entusiasmarem perante a imagem da sua companheira ocupada a recolher meias pela casa ou a passar a esfregona no chão. E essa parece ser a grande revelação do estudo, a de que todos – homens e mulheres –  acham excitante fazer e ver fazer trabalho doméstico.

Não sei se estão de acordo comigo quando digo que isto é uma treta?  

A menos que se meta a roupa na máquina ao som do “You can leave your hat on” ou se vá intercalando a limpeza do pó com umas acrobacias no varão, não me parece muito linear a ligação entre uma coisa e outra.

Que a partilha das tarefas domésticas contribua para a harmonia conjugal, e que essa harmonia se pode traduzir, entre outras coisas, em noites românticas, parece-me evidente.

Que nós olhemos para eles de aspirador em punho, ou a esfregar a banheira, ou a secar os pratos do jantar e nos sintamos tomadas pelo fogo da paixão… pois tenho as minhas dúvidas, que querem que vos diga. Mas acho que vale bem a pena convencê-los de que assim é. Já sabemos que é sempre melhor persuadir do que forçar e que melhor forma de persuadi-los?

E logo à noite é vê-los, munidos do espanador, vestidinhos com o seu avental, ansiosos por mostrar o quanto são prendados.  E já está. Tudo em nome da igualdade entre sexos e da harmonia conjugal.

Mas atenção, isto fica só entre nós. Eles não podem saber. 

Comments


  1. Carla, descobri isso num filme com a Krinskie e um velho actor de que me não lembra o nome.Ela era nora dele, o filho estava na vida militar, longe.Havia entre eles uma harmonia colorida, com o velhote a viver de recordações e ela nostálgica.Há uma cena fabulosa, com a bela Kriskie a lavar o chão e o sol a entra pela porta, em contra luz, adivinhava-se o corpo da jovem mulher, e o velhote a fazer que dormia.E ela a fazer que não percebia. Aí, adivinhei, quanto importante é ter uma mulher a dias…


  2. Quando eles souberem disso vai ser só casas a brilhar!


  3. Dás-me licença, Carla? Luís e Adão, que raio fazem por aqui! não vos foi expressamente proibida a entrada? Isto é coisa de gajas, que só às ditas compete comentar. E a nós apreciar. Em silêncio, como convém.  

  4. maria monteiro says:

    dignos cavalheiros lamento mas não vão cuscar nada… o meu comentário é…. em silêncio : -): -)