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Em 2010 a peregrinação do Papa Ratzinger à sucursal de Fátima serviu também para provocar a República em seu centenário.
A operação foi bem sucedida através de Cavaco Silva que se comportou como um reizinho devoto, com netinhos e tudo.
A causa monárquica ficou feliz e contente.
Engano seu.
Ficou demonstrada a nobreza da República: até um imitador dos herdeiros do poder por jurisprudência divina pode ser eleito seu Presidente.
Suprema virtude da República, que bem ou mal os escolhe, comparando com a monarquia, que os herda sem ninguém os escolher.
Maravilha de post, JJC. Poucas vezes tenho visto uma imagem e um texto que tão bem exprimam o sentido do ridículo.
«Suprema virtude da República, que bem ou mal os escolhe, comparando com a monarquia, que os herda sem ninguém os escolher.»
Está tão enganadinho. E o que me espanta é que seja um homem da História a dizê-lo. Encontre-me lá um presidente da república, eleito por sufrágio universal (portanto sem golpes de estado), que não fosse militar, político de carreira, sem o apoio de partidos. Ou seja, que tivesse sido, apenas, um simples cidadãos, sem lobbys ideológicos, partidários ou monetários. Oh! Isso sim sim, seria virtuoso. Seria o apogeu da democracia. Mas a república é como o menu de uma cantina: de 3 menus podemos escolher um. Se não gostarmos de carne, comemos peixe mas, às vezes, o peixe cai-nos mal e o de macrobiótica não nos deixa satisfeitos.
Ó Nuno, não tenha medo que os partidos não mordem. Não gosto muito deles, mas ainda não se inventou melhor.
Em compensação a nobreza fede, enoja, e é incompatível com a democracia.
Na monarquia não há 3 menus: eles comem a carne, o povo roe os ossos.