Não digo como, mas encontrei isto:
O Ministério das Finanças encomendou um estudo que esconde desde Maio porque desfaz a ideia que os funcionários públicos são bem pagos.
O estudo tem a data de Maio de 2006 e foi feito pela Capgemini, uma das cinco maiores empresas mundiais de consultoria, mas como vai contra a ideia dos funcionários públicos serem bem pagos em relação aos que trabalham no privado foi escondido pelo Governo.20 EXEMPLOS DO ESTUDO
– Director-geral: -77%
– Gestor de RH: -8%– Director de serviços: -61%
– Chefe de divisão: -28%
– Analista informático: -12%
– Consultor jurídico: -5%
– Engenheiro: -37%
– Téc. apoio à gestão:
– 3%- Eng. de sistemas: -1,5%
– Enfermeiro: -10%
– Analista de laboratório: -48%
– Técnico com formação prof. especializada: -29%
– Assistente administrativo: -29%
– Tesoureiro: -36%
– Funcionário de limpeza: -13%
– Motorista de ligeiros: -33%
– Cozinheiro: -33%
– Canalizador: -7%
– Electricista: -17%
– Mecânico: -38%
Com já deu para entender que o autor do artigo, Carlos Sério, mais não diz, resta um apelo à Câmara Corporativa: eu sei que fotocópias é mais para os lados do CDS, mas uma pen, um disco externo, sei lá, não encontram alguém que tenha uma cópia do estudo nunca publicado? sempre era uma pequena redenção, porque para sermos realistas, 6 anos a bater nos funcionários públicos em geral e nos privilégios corporativos dos professores em particular fizeram deles o alvo mais fácil para quem veio a seguir.
Eles queriam dizer ratio ordenado/horas de trabalho…
Eles quem? a empresa que fez o estudo?
Os funcionários públicos podem sempre ir trabalhar para o sector privado, se acham que estão a ser injustiçados…
Deve estar a falar noutro país, certo? ou não sabe qual é a taxa real de desemprego em Portugal?
Vou fazer por isso, mas não num país cheio de gente que não vê o que está à frente dos olhos. Bem, isso se calhar é díficil, a menos que seja noutro planeta…
“vai contra a ideia dos funcionários públicos serem bem pagos”?
Como é que sabem? Acho curiosa esta pressa em tirar conclusões de um estudo que ninguém leu, com base em número escolhidos aleatoriamente.
Onde é que foi parar a diferença de 188% entre o “Grupo Técnico” público e o “Grupo Técnico” privado, encontrada no estudo secreto da Cap Gemini, que o Eugénio Rosa refere nos “estudos” dele? Esse número já não serve para provar que os funcionários públicos ganham menos? Eu diria que não há número mais eloquente para provar que os funcionários públicos afinal são escravizados.
Pelos vistos há pelo menos 21 exemplos no estudo, dos quais escolheram 20 para, na expressão do Eugénio Rosa, também praticarem a nobre arte da manipulação e da mentira? Quantos mais haverá? Será que vão todos “contra a ideia dos funcionários públicos serem bem pagos”?
Argumentar desta forma, essa sim preconceituosa, é muito fácil.
Vamos por partes:
1) cito um artigo publicado pelo Carlos Sério. Onde ele obteve os números desconheço.
2) por mim tenho que qualquer estudo para ser válido teria de ter em conta, sobretudo quando falamos de funcionários de topo, as remunerações não declaradas que são mato nas empresas: do telemóvel ao carro, passando por outras mordomias. Toda a gente sabe que assim se contorna o IRS, e de resto fica muito mais barato à empresa (a título de exemplo, uma conta empresarial tem custos de chamada em qualquer operadora muito mais baratos, como qualquer compra em grupo.
3) o maior grupo profissional do público, o dos professores, tem tabelas salariais equivalentes. Se no privado não recebem o que está contratualizado, a ACT que intervenha.
4) porque não foi o estudo publicado? essa é a minha questão. Como é óbvio porque não satisfazia o objectivo político de quem o encomendou. Se demonstrasse que os funcionários públicos ganham menos tinha aberto os telejornais no dia seguinte.
1) “cito um artigo publicado pelo Carlos Sério. Onde ele obteve os números desconheço”. Precisamente. O Carlos Sério também não sabe de onde saíram os números. Não sabe que outros números fazem parte do estudo. Não sabe como é que esses números foram calculados, nem a que valores dizem respeito. Curiosamente, isso não vos impede de os aceitar como bons. Porque é que não tratam com a mesma ligeireza o tal estudo do Banco de Portugal?
2) e 3) Não é isso que está em causa. Nem que seja porque as manigâncias para poupar nos impostos e no défice (ou seja, pagar mais) estão tão presentes no público como no privado. Eu continuo sem perceber como é que os funcionários públicos do Grupo Técnico podem ganhar menos 188% do que os do privado. E continuo a achar estranho esse número ter desaparecido da lista de exemplos que, do vosso ponto de vista, parece provar o que quer que seja.
4) A minha questão é outra. Porque razão usam um estudo que não conhecem para “provar” que os funcionários públicos afinal ganham menos. Mesmo que essa questão da não publicação seja verdadeira, isso só prova que o estudo não foi publicado. Mais nada. Tudo o resto são suposições e é com essas suposições que vocês respondem ao estudo do Banco de Portugal e é a partir dessas suposições que tiram as vossas conclusões. Isto parece-me, no mínimo, desonesto. Especialmente quando depois começam a dizer que as pessoas são mentirosas com base em números que não sabem onde foram obtidos.
1) não foi isso que ele disse, mas por ele não respondo.
2) e 3)Não, não estão. Ou então o Tomás está a falar de empresas públicas, as quais não jogam neste campeonato. Ou de ilegalidades, tendo em conta as regras da função pública e atenção, o que se faz nas empresas não é ilegal, é truque.
4) Eu não usei nenhum estudo, excepto o do Eugénio Rosa, sobre quem não tenho o preconceito de o saber funcionário da CGTP (até pago quotas para isso), e nem foi aqui.
Usei uma citação que por aí circula para ver se o estudo aparece. Ou duvida que ele existe, que alguns o leram, e acha que só o Paulo Portas traz documentação quando sai do governo?
1) O Carlos Sério fez copy/paste de uma notícia do Correio da Manhã (http://forum.autohoje.com/off-topic/18635-estudo-estado-paga-pior-do-que-o-privado.html). Ou seja, não leu o estudo. Assim como os sindicatos não leram o estudo. Ou seja, estão todos a embarcar na tal manipulação e mentira que tanta confusão faz ao Eugénio Rosa.
2) e 3) Que eu saiba, por exemplo, aquele médico do SNS que meteu ao bolso 796 mil euros não trabalhava numa empresa pública. Mas isto são generalizações que não fazem sentido. Tanto no público como no privado.
4) Estou-me completamente nas tintas para o Eugénio Rosa ser funcionário da CGTP. Não me estou nas tintas para ele andar a acusar os outros de fazer propaganda e depois responder a essa propaganda com mais propaganda, uma propaganda que por coincidência serve os interesses da CGTP e do sindicato que lhe pagam o salário. Não me estou nas tintas para ele aparentemente não ter a competência técnica técnica para pôr em causa um estudo digno desse nome, feito por académicos credíveis. E não me estou nas tintas para que vocês andem a chamar mentirosos aos outros com base nisto.
Não faço ideia se o estudo existe. Admito perfeitamente que sim. E gostava de o ler. Mas gostava também de vos ver, antes de porem para aí a circular estes exemplos que não provam absolutamente nada, a ser minimamente honestos ou pelo menos a serem tão exigentes com o Eugénio Rosa e com estes exemplos como são com as pessoas que defendem um ponto de vista diferente do vosso.
Eu sempre digo, quem não está bem, ponha-se!
Eu, funcionário público? Nunca! Sou mt activo e tenho sonhos e objectivos para a minha vida.
Então ponha-se.
Ainda não entendi qual o ódio em relação ao funcionário público. Basta passar à porta de uma escola ou de uma empresa e vejamos o parque automóvel. Um familiar meu trabalha numa empresa privada e tem subsídio de alimentaçao superior ao meu, tem automóvel da empresa para usar todos os dias e sempre que mete combustível vão mais umas despesas para a empresa. Eu vou no meu bolinhas trabalhar, meto combustível e não posso deduzir na minha empresa – leia-se o Estado. Outro exemplo: como é possível uma vizinha, funcionária têxtil do quadro há cerca de 20anos ganhar o salário mínimo nacional, tanto como qualquer outra que entra na empresa? Estranho não? E mais, só para finalizar: qunto pior estiver a função pública em termos de ordenado e legislação laboral, pior fica o privado.
Mas é um debate interessante este 🙂
Relativamente a este assunto, tenho um estudo comparativo efectuado numa empresa pública que concluiu só o seguinte: que os salários da dita empresa estão nos 10% mais baixos do mercado. Eu trabalho nessa empresa. Só isto…
bla bla bla bla bla bla
”Ainda não entendi qual o ódio em relação ao funcionário público” -exacto! continuem todos uns contra os outros, enquanto a caravana corporativa passa, chupa e seca todos.
uma coisa é certa, no público tudo é público.
no privado é tudo pudico.