Comadres zangadas

O PSD de Gaia tem sido uma anedota, quase tão grande como o PSD nacional. De manhã vão com um, à tarde com outro. swapgaiaPodes, meu caro Estrangeiro (relativamente a Gaia, claro) vir apontar a não filiação partidária do Aguiar. Tens razão do ponto de vista técnico, mas sabemos ambos que ele e quem está com ele são do PSD, com ou sem cartão. Sabemos, até, que a maioria dos que o acompanham são ainda militantes do PSD. Confesso que não sei se a Direcção do PSD de Gaia está com um ou com outro, ignorância minha. Palpita-me que alguns vão esperar mais uns dias para escolher o que vai perder por menos.

Mas, o que me leva a rir com mais intensidade são as zangas entre as comadres. O Aguiar espetou a faca e quem com ferros mata, com ferros morre. Com a Swap do Aguiar foram 370 mil euros que foram ao ar e apenas para despesa corrente, isto é, a aldrabice foi usada para tapar buracos na Gestão do Aguiar e não para investimentos de longo prazo. E esse é o maior erro. Mas, diz-se por cá que o novo chefito do PSD é também pai de coisas do mesmo calibre ou, diz-se, ainda piores. Será que as vamos conhecer também? [Read more…]

CAA: creio que isto será contigo

Ou é coisa para o Aguiar?

Ferramenta de Justiça Social

No Expresso de hoje, Martim A. Figueiredo, sugere que o cheque-ensino de Nuno Crato é uma grande ferramenta de justiça social.

Segundo o autor, metade dos portugueses é pobre antes dos apoios sociais e grande parte da população não é livre para escolher o melhor para si.

Defende que uma família de um bairro social ganha uma nova possibilidade com esta oferta de Nuno Crato ao conseguir ir para uma escola de uma outra área urbana, por exemplo, da classe média.

Pois bem, creio que fica, na argumentação, por explicar uma coisa: se todos os lisboetas decidirem ir para a Escola Secundária Camões ou se todos os Gaienses pretenderem ir para a Secundária de Valadares, quem vai decidir? O pai? Ou a Escola?

Se me permite, Martim sugeria que alterasse ligeiramente os seus argumentos e procurasse defender uma outra ideia que se enquadra, escrevo eu, na sua ideia: vamos aceitar esse cheque-ensino, por exemplo, para as famílias com RSI, para os filhos de emigrantes africanos ou para as crianças de etnia cigana, quase sempre à margem do sucesso no sistema educativo.

Depois, abra as portas dos melhores colégios, com esse cheque e permita que os alunos, das zonas desfavorecidas, possam integrar as melhores escolas e os melhores projectos educativos. Aqui no Porto podemos começar por levar alguns habitantes do Cerco ou do Viso para o Colégio Alemão ou para o Luso – francês.

Se quiser tornar a coisa ainda mais eficiente sugiro outra coisa: os alunos do Luso-Francês passam, no próximo ano, integralmente para a Escola do Viso. Os alunos desta passam para o Luso-Francês. Depois, poderá comparar melhor o sucesso do seu cheque-ensino.

Certo da sua adesão a esta ideia, aguardo pelo próximo sábado. E, já agora,  poderá tentar fazer uma conta: desse cheque, que parte fica para o lucro do colégio? Não faria mais sentido, numa lógica mais aberta de mercado, que cada colégio procure o lucro sem ser à custa do Estado?

A Estátua do Cónego Melo

estatua-conego-meloJá está no pedestal.
A inauguração foi (novamente) adiada para depois das eleições autárquicas.
© Jorge Vilela.

Nuno Crato põe alunos em risco

NUNO-CRATO-PORTRAIT-RETRATONuno Crato é um mero continuador de políticas iniciadas por Maria de Lurdes Rodrigues. O principais objectivos dos três últimos governos, no aparente âmbito da Educação, têm sido o de diminuir as despesas com pessoal e o de contribuir para o lucro de entidades privadas (a festa da Parque Escolar, com o PS, e as ajudas descaradas aos colégios, com o PSD). Pelo meio, os riscos que os alunos correm vão aumentando, especialmente se se tratar de jovens de meios desfavorecidos.

Em primeiro lugar, as condições de aprendizagem têm vindo a piorar. Entre muitos outros factores, temos a diminuição do tempo individual de trabalho dos professores e o aumento do número de alunos por turma. Os alunos correm, portanto, o gravíssimo risco de frequentar uma escola em que é cada vez mais difícil ensinar.

Para além disso, há riscos crescentes para a integridade física e psicológica dos alunos. Para isso concorrem, por exemplo, o fim do par pedagógico em disciplinas que exigem o manuseamento de materiais ou de instrumentos perigosos e um processo de despedimento de funcionários não docentes que está a atingir o seu auge a menos de um mês do início das aulas. É importante relembrar que cabe a muitos destes funcionários zelar pelos alunos nos espaços exteriores às salas de aula: tal como fez com os professores, Nuno Crato está a falsear números para poder despedir funcionários que, já se si, eram insuficientes para que as escolas pudessem funcionar satisfatoriamente. [Read more…]

Cheque Ensino

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