Na versão em papel do Público de hoje, uma fotografia clarividente ilustra o artigo de Ana Gomes Ferreira sobre Mariano Rajoy. Trata-se de uma imagem em que Rajoy surge como o homem perseguido por aquelas que foram seguramente (e meço bem as minhas palavras) as suas acções polutas, de político corrupto cujo entendimento da política é a própria imagem da abjecção. Podemos ter as nossas democracias fragilizadas, mas sabemos bem distinguir os homens. E Rajoy, se dúvidas houvesse, surge nessa imagem com a limpidez que os olhos (que ainda são um espelho, e até mesmo nos que como ele se habituaram a dissimulá-lo) revelam: um homem destruído, imerso em horror e culpa (culpa mariana, não pode haver pior), que insiste em mentir, em pateticamente mentir – para segurar um governo, para tentar safar-se do que não tem maneira, para proteger outros. Só por essa fotografia (assinada por Dani Pozo para a Agence France Presse, tal como a imagem que aqui se reproduz) vale a pena comprar o Público de hoje. Está nela a verdade, e a certeza da queda.
E o Berlusconi está inocente
A Pergunta do Dia
O pior, todavia, o pior, em minha opinião, está nos negócios de venda de dívida pública portuguesa fora de mercado a investidores institucionais e a particulares e as outras operações nos mercados monetários. São esses negócios que têm de ser investigados prioritariamente, no IGCP e no Governo socialista, em paralelo com os swaps mais ou menos especulativos.
Quais foram os governantes socialistas e apaniguados que lavaram o seu dinheiro sujo utilizando a porta guardada pelo Caimão comprando dívida pública portuguesa de curto prazo beneficiando de juros cada vez mais elevados enquanto tudo faziam para adiar o pedido de ajuda internacional, sabendo que quanto mais tarde a pedissem mais os juros de curto prazo subiam e maior seria o rendimento que obteriam com o seu dinheiro sujo com o sangue dos portugueses? O DCIAP já para o IGCP!!!
Menos turmas com os mesmos alunos
Trabalhar numa escola não pode ser fácil, porque implica lidar com muitos e variados domínios do ser humano. Como se isso não bastasse, para se trabalhar numa escola, em Portugal, é-se obrigado a lidar com uma opinião pública frequentemente hostil ou indiferente e com sucessivos governos que, relativamente à Educação, baseiam as suas decisões numa mistura de incompetência, insensibilidade e ignorância que se parece demasiado com má-fé.
Uma das actividades a que as escolas se dedicam, no final do ano lectivo, apesar do mito de que está toda a gente de férias, consiste na criação de turmas. Trata-se de um serviço que envolve membros das direcções, funcionários administrativos e muitos professores. Antes disso, com a maior antecedência possível, cada escola divulga a sua oferta formativa. Graças a todo este processo trabalhoso, os alunos matriculam-se no ano e/ou nos cursos que pretendem frequentar. Assim, a pouco e pouco, é com base em matrículas e inscrições que se vão criando turmas, de cada vez que se atinge o número mínimo de alunos exigido por lei.
Entretanto, a definição da rede escolar deveria ter sido feita até 30 de Junho, o que não aconteceu. Quando alguém, no Ministério, se lembrou de a divulgar, as escolas ficaram surpreendidas com uma redução do número de turmas imposta com a habitual negligência de quem não perde tempo a estudar o terreno. De qualquer modo, quem trabalha nas escolas, já sabe que é em Julho e em Agosto que os ministros ditos da Educação tomam decisões que – das duas uma – ou não deviam tomar ou já deviam ter tomado. [Read more…]
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