Por falar no Santander…

O virtuosismo frugal que não assiste ao povo de nababos que somos, oportunamente assinalado pelo CEO do Santander Portugal, – um homem com “um apelido muito forte na banca” – trouxe-me à memória alguns casos, mais ou menos recentes, envolvendo a divisão portuguesa do banco espanhol.

O primeiro destes casos remonta a 2015. O Banif estava em colapso iminente e uma notícia bombástica da TVI levou à queda abrupta do seu valor em bolsa, acelerando a morte do banco insular. O Banif acabaria na carteira de activos do Santander, pela módica quantia de 150 milhões de euros, com o alto patrocínio dos contribuintes portugueses, que lá decidiram aplicar 2,4 mil milhões dos seus impostos a fundo perdido.

À data, a TVI era propriedade do grupo Prisa que, imagine o caro leitor, tinha o Santander como accionista da referência. Parece conveniente, mas, na verdade, não passou de uma triste coincidência, rapidamente aproveitada por essa gente que só protesta contra a banca porque é invejosa. [Read more…]

Sérgio Figueiredo pôs “o Moedas a funcionar”?

Quando Fernando Medina tentou atribuir um tacho equiparado a ministro ao velho amigo Sérgio Figueiredo, a oposição caiu-lhe – muito bem – em cima.

Como é costume nestes momentos de roast político, escavou-se até mais não, para que todo o entulho esquecido nos canos viesse ao de cima. E ele veio, sem dó nem piedade, ou não vivêssemos nós numa ditadura socialista.

(risos)

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Fernando Medina e Sérgio Figueiredo: um banquete para a extrema-direita

Quando Sérgio Figueiredo era director de informação da TVI, Fernando Medina, então presidente da CML, era comentador residente. Comentava a actualidade, comentava política interna, comentava eleições. Comentava tudo. E ganhava uns trocos, que a vida em Lisboa está é para os camones.

Agora, que Fernando Medina é ministro das Finanças, e Sérgio Figueiredo enveredou pela consultoria, os papeis inverteram-se. E o antigo director da TVI foi agora contratado pelo antigo presidente da CML, por ajuste directo, para prestar serviços de “consultoria estratégica especializada”, pela módica quantia de 4767€/mês, valor que se equipara ao auferido pelo próprio Medina.

Isto corrói a democracia mais do que qualquer venturice. Porque é exactamente disto que se alimentam as venturices. De portas rotatativas que tresandam a compadrio e outras coisas que vocês sabem. Na falta de emigrantes, muçulmanos e elevada criminalidade, melhor combustível não há.

A quem interessa a campanha contra Sérgio Figueiredo?

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Nos últimos dias o Director de Informação da TVI, Sérgio Figueiredo, tem sido alvo de uma campanha orquestrada, nas redes sociais, com duros ataques públicos, no seguimento do ” caso Banif “, tendo por base, os maiores e mais completos exercícios de imaginação, colocando em causa o seu carácter, a sua idoneidade e o seu profissionalismo.

Antes de mais quero esclarecer que nunca votei José Sócrates, não tenho, nem nunca tive pelo político ou pelo cidadão qualquer tipo de admiraçao pessoal ou política.

Por sua vez tenho pelo Sérgio Figueiredo uma enorme estima. Entendo mesmo que apenas um homem, com um grande carácter e com as ” mãos limpas ” poderia escrever um artigo de opinião no Diário de Noticias, dois dias após a detenção de José Sócrates, afirmando inequivocamente ” Gosto de Sócrates “.

Mais tarde em meados Junho, também no Diário de Notícias, o Sérgio Figueiredo, escreveu um novo artigo de opinião intitulado ” A entrevista que não aconteceu “.

Estes dois textos são de um homem que assume corajosamente as suas opiniões, sendo que tendo em linha de conta os respectivos momentos políticos, são artigos altamente polémicos, mas que dizem muito do carácter do homem que os escreveu e assinou por baixo.

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O Triângulo: Passos Coelho, António Costa e o “ regressado “ Sócrates.

Ontem o jornalista Sérgio Figueiredo escreveu, no Diário de Notícias, mais uma vez, um excelente artigo de opinião que faz uma análise da campanha eleitoral, analisando o triângulo político Pedro Passos Coelho, António Costa e o agora “regressado “ José Sócrates.

antonio costa

Sempre com uma grande lucidez e pragmatismo escreveu que António Costa

perdeu o amigo do peito. Não deu o peito às balas. Também não fez amigos por isso. Só da onça: a sonsa, os patetas, os alegres de sempre e os ratos do costume. Do Largo do Rato sempre fugiram quando a água entra. Costa mete água, muito PS mete nojo. Cambada de camaradas! E, para eles, a caminhada para o dia 4 de Outubro foi-se tornando cada vez mais penosa. Pior que as sondagens, que os castigam, só as imagens de um candidato que perdeu o brilho e a cor.

O processo eleitoral interno, a sua eleição atribulada e a saída de António José Seguro deixou marcas para o seu futuro político, pelo meio teve a detenção e todo o processo judicial que envolve José Sócrates que na passada sexta-feira deixou o estabelecimento prisional de Évora passando para o regime de prisão domiciliária. Agora que entramos no último mês de campanha verifica-se que António Costa é um homem sozinho, que não uniu os socialistas em torno do seu projecto político, a dinâmica de vitória parece que desapareceu, perdeu toda a sua auréola política de vencedor que o acompanhava, desde a Câmara de Lisboa, e o seu principal adversário, Pedro Passos Coelho, com quem esperava debater o futuro do país “ desapareceu “ da campanha eleitoral. [Read more…]

Estamos cobertos

Custa à brava, mas lá vou aguentando o prof. Marcelo chafurdando na sua própria matéria fecal informativa. Nunca se foi tão longe neste jogo sujo e arrepia pensar que esta criatura manipulativa e amoral pode vir a ser presidente da República. É que há quem goste deste estilo entre o calinas intelectualizado e o vendedor de banha da cobra. Ontem a cloaca foi reforçada pelas informações vaidosas de Sérgio Figueiredo, director de “informação” da TVI. Descreveu-nos – orgulhoso, vá-se lá saber porquê – como vão decorrer os debates nos vários canais e como a corja televisiva se entendeu como um cartel; fiquei a perceber que a sua satisfação decorre do bom serviço feito aos patrões, tal como fui informado – por um jornalista com responsabilidades de direcção! – do facto de só haver dois candidatos a 1º ministro (então não são deputados o que vamos eleger?)! De resto, mantendo estes “comentadores”, o modo de cobertura da campanha é relativamente indiferente. A batota está montada à partida. Gostava de falar neste tema noutro tom, mas não há condições. É que me lembro de quando as eleições eram cobertas por um só e obediente canal; agora, é o mesmo. Só os distraídos pensam o contrário.