Standard & Poor’s subiu o rating da dívida portuguesa, que fica agora dois degraus acima do caixote do lixo. Continua fraquinho, portanto.
Os nossos carrascos e os tipos que levam o país a brincar
Os mercenários da Standard & Poor’s anunciaram ontem a manutenção do rating da República Portuguesa no nível BB+, also known as “lixo”, atribuindo-lhe uma perspectiva “estável“. São más notícias para o país, que continua enfiado no buraco dos terroristas financeiros, piores ainda para os partidos à direita, que continuam a apostar as suas fichas na hecatombe das finanças públicas, muitos deles a rezar sucessivos terços para que o caos se instale e o assalto ao poder se torne mais fácil. Para sua desilusão, o problema não se agravou. Ainda. [Read more…]
Um pequeno golpe no terrorismo internacional
Na passada Terça-feira, a organização terrorista norte-americana Standard & Poor’s sofreu um pequeno golpe na sua actividade. Segundo o site da Agência Lusa, os fundamentalistas da S&P terão que pagar 1,3 mil milhões de euros para conseguir um acordo e fechar o processo judicial onde são acusados de manipulação de ratings pelo Departamento de Justiça, pela capital federal e por 19 estados norte-americanos. “Peanurs” diria Jorge Jesus.
Parece-me pouco. Sabemos bem que com fundamentalistas não se pode facilitar. Bom bom era bombardear os gajos, queimar tudo e prender os sobreviventes em Guantánamo, onde poderiam ser posteriormente sujeitos a técnicas democráticas de tortura, acompanhadas por fotografias em poses animalescas com primatas de uniforme, de forma a contarem tudo o que andaram ou não andaram a fazer.
Passos Coelho diz-nos que o plano está a resultar
A Comissão Europeia tem dúvidas. O FMI está pessimista. A Standard & Poor’s mantêm-nos no caixote. Está portanto tudo bem. Abençoada austeridade!
Porque são as grandes nações grandes
Os EUA vão para tribunal contra a Standard & Poor’s, acusando-a de fraude civil na crise sub-prime. Em Portugal, a maior fraude de que há memória, o BPN, continua num estado incerto e com apenas um arguido, sem bens, em vias de servir de bode expiatório ao sistema partidário do centrão.
O nosso sistema político está podre e não consegue produzir políticos que trabalhem para nação em vez de para o partido. De outra forma, já o sistema judicial teria sido reformado para que os mega processos que se prolongam por décadas sem resultados tivessem terminado. De outra forma, não teria o BPN sido nacionalizado (lembre-se que, antes da nacionalização, este banco valia apenas dois a três por cento do mercado bancário) e estaria julgado e caso encerrado.
Houvesse justiça em Portugal e os danosos contratos das PPP teriam sido anulados e os responsáveis presos por dolo. Fosse este país uma grande nação também e não estariam os contribuintes a pagar as fraudes da ética republicana.
Não gostam os nossos políticos de usar o exemplo estrangeiro quando há medidas a tomar? Pois têm nesta atitude dos EUA um bom exemplo a seguir.
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