A Batalha da Água

A Blogosfera de direita costuma referi-lo pelo seu segundo nome de baptismo, “Anacleto”, algo que me provoca um daqueles sorrisos parvos a que todos temos direito. Realmente, Anacleto não condiz com a pessoa.

Ninguém estranha que só raramente concorde com ele. Por vezes acontece. Foi o que aconteceu ao ler a sua mais recente entrevista ao i. A meio da entrevista, Francisco Louçã afirmou ser completamente contra a privatização da empresa “Águas de Portugal”. Ora aqui está um ponto comum entre nós, pessoas de campos políticos diametralmente opostos. A privatização da “Águas de Portugal” não serve a ninguém. Perdão, serve aos felizes contemplados com semelhante maná e aos comissionistas deste negócio cuja grandeza de valores transforma em “peanuts” os milhões que o Real vai dar pelo amigo da Paris Hilton.

Foi a afirmação mais importante da entrevista de Francisco Anacleto Louçã. Espero que tenham reparado e que se preparem para esta batalha do século: evitar a privatização da água.

Comments

  1. Luis Moreira says:

    Completamente de acordo, é inaceitável que a água se transforme num negócio, e em monopólio. Não sei se a ideia é só privatizar a “alta” (recolha e tratamento) ou “em baixa” (a distribuição ). Ou as duas, mas mesmo que façam juras que é só a distribuição, abrindo a porta …

  2. Carla Romualdo says:

    O tema é muito oportuno e partilho inteiramente as vossas (do Fernando e do Luís) preocupações

  3. A água é um bem demasiado precioso para ser deixado aos cuidados de empresas privadas. É para serviços como este que exige o Estado, a administração central, a administração local e todos nós enquanto consumidores e cidadão activos na defesa de um melhor serviço.

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