Aumentem lá o preço dos cigarritos…

nao fumar

Uns viciam-se em drogas, outros viciam-se na bebida ou no jogo. Uns estão viciados em não fazerem nada, outros viciam-se no trabalho. Muitos estão viciados em dinheiro e coisas. Todos somos viciados em alguma coisa. Nem que seja em blogs ou notícias. Eu viciei-me no tabaco.

Admito que ando com alguns problemas em deixar o tabaco. Desde há três meses que não compro tabaco. Ainda tenho o meu stock de tabaco de enrolar que me permite não trepar paredes, insultar toda a gente e partir tudo à minha volta, principalmente quando estou a trabalhar e me dá aquela vontade maluca de me esfumaçar todo. Tornei-me o crava número 1 do País. E sempre que fumo um cigarro, estou em silêncio a gritar para comigo: estúpido! estúpido! Tenho a noção de que fumar, muito além de ser uma escolha pessoal, é uma estupidez! Nao me traz nenhuma vantagem e só tem prejuízos.

Numa altura de crise económica, e eu sei bem do que estou a falar, porque apenas os ricos (aqueles que Sócrates disse que ia cobrar mais impostos, mas que entretanto não ficou provado que existissem)  me vão deixando cravar um cigarrito ou outro, proponho que este governo, ou qualquer outro que venha por aí a aparecer, aumente o preço do tabaco.
Portanto, numa perspectiva estritamente economicista, aumentem lá o imposto dos cigarritos. Não tenham medo. Ponham lá o preço nos 10 ou 20 euros por maço, que eu garanto, forreta como sou, que dentro de um mês deixo definitivamente de fumar. De uma vez por todas. Eu, e de certeza muita gente comigo…

A não ser que não se possa ou isso não interesse a ninguém…

PENINHA É MUITA, FALTINHA É QUE É NENHUMA

FERRARI FORA DA F1?


Será realmente uma pena que a Ferrari saia do circo, mas se sair, sai pelo próprio pé e depois de ter mostrado que não está à altura das novas regras, pelo que pena, lamento mas não tenho. Não se pode viver dos fantasmas, bons ou maus, do passado.
Parece não querer aceitar as modificações impostas para 2010, mas todos os outros aceitam e está irremediavelmente só. Há até três novos inscritos, pelo que as novas regras se calhar, para os dias de hoje, não são más.
De qualquer forma, a Ferrari, e também as outras equipas que protestaram as regras, inscreveram-se a tempo para a próxima temporada, embora afirme agora que o fez “à condição”.
Não acredito no entanto que a Ferrari, apesar das ameaças, se atreva a abandonar. É cá uma ideia minha, digo eu!

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O Governo e a legitimidade para gastar milhões

A questão coloca-se agora, por causa do resultado das eleições, mas para mim, o argumento não é o mais feliz.
Não, não acho que o Governo tenha legitimidade para gastar milhões e milhões de euros e empenhar gerações de portugueses em obras públicas de duvidosa utilidade. Mas não é por causa do resultado das eleições. Foram Europeias, não foram Legislativas. É, sim, porque faltam três meses para terminar o seu mandato.
É estranho que, depois de quatro anos de maioria absoluta e sempre a falar no assunto, só agora se queira avançar a toda a força. Eticamente, fica-lhes muito mal quando falta tão pouco tempo para irem embora (ou não irem, logo se verá). Economicamente, é igual ao litro lançar os concursos agora ou depois das férias, lá para Outubro ou Novembro. Se é para favorecer os grupos construtores amigos (a propósito, já encontraram o jogo de xadrez?), deviam ter pensado nisso antes. Se é para ficar na história, não adianta – não é por isso que o rodapé será maior.
Ética é mesmo a palavra central. Mas, do ponto de vista ético, o que se pode esperar de gente que foi capaz de alterar a Reserva Natural do Estuário de um rio e de aprovar um negócio de 250 milhões a três dias de umas eleições legislativas?

Salgueiro Maia não teria gostado

Como todos os grandes homens portugueses, O Capitão de Abril, só depois de morrer é que lhe foi reconhecido o serviço excepcional que prestou à Pátria. Infelizmente, a vida não foi suficientemente longa para ver a profunda injustiça com que o trataram.
Há vinte anos o então Primeiro Ministro, achou por bem conceder duas pensões a dois PIDES, um dos quais disparou sobre o povo, na António Maria Cardoso, do que resultaram quatro mortes.
A explicação foi que o fundamento da proposta não era em teatro de guerra !
Se o 25 de Abril não teve teatro de guerra (se isto quer dizer tiros e mortes) foi porque o inimigo não compareceu , e porque os Capitães não deixaram que tudo se transformasse num mar de sangue. São tudo razões para ainda reconhecer mais mérito a Salgueiro Maia!
Agora, em Santarém, foi-lhe prestada a devida homenagem, simples e popular, como há muito o povo lha guardou no coração, Naquele Largo que tem o seu nome e onde se iniciou a arrancada operacional para o Portugal democrático.
Este caso, que nos devia envergonhar a todos, passou praticamente despercebido, e como quase sempre acontece, falamos muito mas fazemos pouco.
Mas Deus não dorme, e o mesmo homem, então Primeiro Ministro que lha negou, é agora o Presidente da República que as circunstâncias obrigaram a limpar a injustiça então cometida1
Mas o que dói mais é que tudo isto não passa de baixa política, de falta de grandeza, de visão de Estado.
Tudo o que Salgueiro Maia abominava e que o levou a regressar, serviço cumprido, à sua vida de militar impoluto!

Quanto vale a vida humana?

Costuma dizer-se que a vida humana não tem preço. Mas conforme a pessoa nos é próxima, esse valor vai aumentando, seja ele qual for. A vida da minha filha, por exemplo, não tem preço. Nem 20 milhões, nem 100, nem 1000, nem infinitos, como dizíamos quando éramos miúdos. A vida de uma qualquer criança no Sri Lanka ou nos Estados Unidos também não terá preço, mas sobretudo para os seus pais e para os que a amam.
Até que ponto trocaríamos a vida de uma pessoa que não conhecemos por um milhão de contos?
Lembro-me de ter ficado escandalizado, era ainda uma criança, quando o meu irmão mais velho disse que não trocaria o Totoloto pelo fim da fome em África. Que tinha muita pena, mas…
E agora, ficaria escandalizado da mesma forma?
Vem tudo isto a propósito de Cristiano Ronaldo e o Real Madrid. Quanto vale a sua vida? Para mim, como pessoa, não vale um chavo. Mas estou certo de que, para os seus, a sua vida não tem preço.
E como jogador? Bem, como jogador, Ronaldo (não é Rónaldo, senhores jornalistas, não é Rónaldo), vale aquilo que lhe quiserem pagar aqueles que o vêem jogar. Aqueles que compram as suas camisolas. Aqueles que querem saber da sua vida privada. Como dizia antes o Carlos Fonseca, a culpa até nem é sua. Por mim, não receberia ele um tostão, que eu só tenho olhos para o meu Portinho.

Benfica: Ramires em trânsito para «outros grandes centros da Europa»

Excerto da entrevista ao «site» «Samba Foot»:

«Você foi contratado pelo Benfica do Portugal. Porque você escolheu este time? Não representa um risco para sua participação na próxima Copa do Mundo?
Não, eu acho que foi a proposta que tive aí oficial. Sentamos, conversamos, eu não tive nenhuma outra proposta oficial. Achei o Benfica um bom clube também até pela o fato de se adaptar também. E só chegar lá é fazer um bom trabalho.

O que você conhece do campeonato português? Qual é sua visão da Europa e do seu futebol?
Bom, eu conheço pouco do campeonato português. Até porque não tem como acompanhar muito aqui, as vezes passa os gols tudo mas conheço pouco. A gente vai para lá com a intenção de fazer uma boa competição, fazer uma boa temporada para que eu possa dai de Portugal para ir para outros grandes centros da Europa.»

Imigrante de luxo e imigrante no lixo

Hoje, lêem-se no ‘Público’ notícias de vidas antagónicas de dois imigrantes em Espanha: numa, Cristiano Ronaldo, futebolista, é destacado em metade da 1.ª página, com o anúncio de vir a ganhar, no Real Madrid, 30.000 euros por dia; noutra, com destaque na última página e desenvolvimento na vigésima, é noticiado que o patrão atirou para o lixo o braço decepado por máquina, do desventurado imigrante indocumentado, boliviano, Franns Vargas, de 33 anos – era padeiro na zona de Valência, trabalhava 12 horas por dia e auferia 700 euros por mês.  

Estes dois casos de imigração, um de luxo e outro de lixo, têm por cenário Espanha. Porém, em minha opinião, poderiam ter lugar em qualquer outra sociedade actual, sob o manto do capitalismo sem ética, que semeou a crise mundial e varreu das cartilhas políticas valores e referências essenciais do mais elementar humanismo.

Os traços de boçalidade com que CR(7?) se costuma exibir constituíam, para mim, tiques suficientemente abjectos para nutrir por ele, como homem e futebolista, a admiração parecida à  que dediquei a Luís Figo, Rui Costa, ou Vítor Baía. Mas, valha a verdade, não é a Cristiano Ronaldo que tenho de imputar culpas de tremenda injúria social, mais condenável ainda na conjuntura de profunda crise em que o mundo inteiro está submerso. Ele, Kaká, e tantos outros não são responsáveis por, ao final de um dia, auferirem até 43 vezes mais do que um humilde imigrante, com 12 horas de trabalho diário, ganha durante um mês. Isto, não estabelecendo comparações com cerca de 5.000.000 de cidadãos que, em Espanha, estão no desemprego e “desfrutam” de rendimento nulo ou pouco acima do zero.

Do obsceno futebol actual, de que gradual e aceleradamente me tenho afastado, chegam exemplos similares de todas as latitudes, com a Europa no topo. Tornou-se tão frequente como repelente a associação espúria entre o futebol e o mundo de negócios obscuros. Florentino Perez, à semelhança de dirigentes de clubes portugueses, é um empresário do sector imobiliário. Inclusivamente, segundo o ‘Público’, já tentou a política. E falhou. Felizmente, acrescento eu, e assim deveria acontecer com Sílvio Berlusconi e gente do género, a quem a sociedade actual concede o privilégio de cometer crimes sociais graves, em conjunto com padeiros e outros artesãos pelo meio.

Deste futebol não quero, obrigado. Os autores da imensa ofensa à justiça social, padeiros incluídos, deveriam ir direitinhos à lixeira. De resíduos não recicláveis, acentue-se. Não fosse o Diabo tecê-las.

A crise também diverte

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A edição onze do PortoCartoon-World Festival abre oficialmente esta sexta-feira (19h00), na Galeria Internacional do Cartoon, do Museu Nacional da Imprensa, no Porto. O tema deste ano é “CRISES”.

A exposição reúne cerca de 400 cartoons vindos de todo o mundo, que estão distribuídos por 800 m2, entre a Galeria Internacional do Cartoon e a Galeria de Exposições Temporárias.

O cartunista romeno Mihai Ignat foi o vencedor do Grande Prémio (imagem). O segundo prémio foi atribuído a Augusto Cid, e o terceiro a Zygmunt Zaradkiewicz, da Polónia.

A qualidade dos trabalhos levou o júri internacional do concurso a atribuir ainda 11 Menções Honrosas a artistas de dez países: Austrália, Bulgária, Coreia do Sul, França, Inglaterra, Itália (2) Irão, Polónia, Rússia, Turquia e Ucrânia. 

Meio milhar de humoristas, de 70 países, enviaram cerca de 2000 desenhos ao XI  PortoCartoon, subordinado ao tema “Crises”.

O XI PortoCartoon tem como mecenas exclusivo a Caixa Geral de Depósitos e pode ser visto até 31 de Dezembro.

Entretanto, a Festa da Caricatura do Museu Nacional da Imprensa volta este ano à Praça da Liberdade, no fim-de-semana de 20 e 21 de Junho, véspera do S. João do Porto, em parceria com a Porto Lazer e a Câmara Municipal do Porto.

Falando de democracia: Um eléctrico chamado socialismo (I)

Socialismo? Façamos no nosso tranvia de palavras construído, uma breve viagem pelo termo. É um vocábulo sobre o qual se podem escrever (e têm escrito) milhares de páginas, teses e tratados com numerosos volumes. Vamos tentar brevíssimas definições de dicionário – Peguei em dois, no de José Pedro Machado e no de Antônio Houaiss. O primeiro é muito sucinto: «substantivo masculino. Sistema daqueles que querem transformar a sociedade pela incorporação dos meios de produção na comunidade» (…) «pela repartição, entre todos, do trabalho comum e dos objectos de consumo». A definição de Houaiss é muito mais extensa, por isso vou ficar-me pela primeira acepção – «conjunto de doutrinas de fundo humanitário que visam reformar a sociedade capitalista para diminuir um pouco das suas desigualdades». A definição de José Pedro Machado reflecte mais a matriz marxista do termo e o seu longevo lugar na genealogia do socialismo utópico, enquanto a de Houaiss (aquela que eu perversamente escolhi), se aproxima mais da realidade, da praxis dos partidos socialistas actuais – gosto sobretudo da expressão «doutrinas de fundo humanitário», porque me faz lembrar as senhoras da Caritas a distribuir latas de leite condensado pelos pobrezinhos.
Nestas crónicas, a «memória das palavras», como diria o José Gomes Ferreira, assume papel relevante. Revisitando mais uma vez o passado, volto às «Questões e Alternativas», revista de que já vos falei. Publiquei no seu primeiro número, de Março de 1984, um artigo com o mesmo título que escolhi para a presente crónica. Naquela primeira metade da década de 80, a avançada socialista na Europa era impressionante: em 1981, François Miterrand vencia as eleições em França; Em 1983, Andreas Papandreu, Felipe González e Mário Soares ganhavam também as eleições nos seus países. Em Itália, o Partido Socialista Italiano ganhava posições. No que se refere a França, enquanto a União Soviética manifestava preocupação pela derrota de Giscard d’Estaing, Reagan endereçava calorosas felicitações a Miterrand… Nestes 25 anos decorridos, o eléctrico chamado socialismo, qual metro de superfície, percorreu rapidamente alguma da distância que ainda lhe faltava para se assumir como força do centro-direita e como campeão do neo-liberalismo económico. Os socialistas ficam sempre muito irritados quando os acusamos de, com o PSD, terem tecido uma sólida teia de interesses. Há pessoas que, quer o seu partido esteja no Governo ou na Oposição, têm os interesses, os cargos garantidos (os «tachos», como diz, simplificando, o nosso bom povo). Mas será isto uma calúnia?
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Há dias recebi por e-mail uma mensagem muito interessante escrita pelo professor José Ricardo Costa. «A Idade das Trevas», foi o título dado. Com a devida vénia, transcrevo alguns excertos, resumindo o restante. Diz ele que ao ajudar o filho a preparar um teste de História e ao estudar a Idade Média, em que «a nobreza vivia fechada sobre si própria», usufruindo dos privilégios que criava, recordou que os nobres «relacionavam-se entre si, casavam-se entre si, frequentavam os mesmos castelos, participavam nas mesmas festas e banquetes». E José Ricardo Costa chega à conclusão, curiosa no mínimo, de que em Portugal, há décadas dominado pelo PS e pelo PSD, se verifica uma feudalização da sociedade, bem como uma organização cada vez mais endogâmica. E passa a explicar que um bom exemplo dessa endogamia «é o casamento entre a filha de Dias Loureiro, amigo íntimo de Jorge Coelho, e o filho de Ferro Rodrigues, amigo íntimo de Paulo Pedroso, irmão do advogado que realizou a estúpida investigação para o Ministério da Educação e amigo de Edite Estrela que é prima direita de António José Morais, o professor de José Sócrates na Independente, cuja biografia foi apresentada por Dias Loureiro, e que foi assessor de Armando Vara, licenciado pela Independente, administrador da Caixa Geral de Depósitos e do BCP, que é amigo íntimo de José Sócrates, líder do partido a que está ligada a magistrada Cândida Almeida, directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, que está a investigar o caso Freeport, caso onde se tem evidenciado um presidente da Eurojust de seu nome Lopes Mota que, por um acaso da vida, auxiliou essa indefectível democrata e defensora do poder local chamada Fátima Felgueiras. Felizmente que este país tem como ministro da Justiça um Alberto Costa que, a não se aquela questão das pressões sobre um juiz em Macau, há cerca de 20 anos, pouco ou nada tem feito.» (…) «Talvez isto ajude a explicar o que se passa com a Justiça, a Economia, a Educação» …(e eu acrescento e com a Saúde, e com a Cultura, etc.). José Ricardo Costa termina perguntando «se haverá gente em Portugal a beneficiar com a degradação da escola pública?» Uma pergunta retórica, claro. Perante esta densa teia de «coincidências», só me lembro do «lugar-comum» inventado pelo excelente poeta e jornalista que era Eduardo Guerra Carneiro – «isto anda tudo ligado».
(continua)

A nova campanha negra

À boleia de um resultado eleitoral positivo, o presidente do CDS/PP decidiu prolongar o seu efeito e optou pela via da vitimização, lançando um novo desígnio nacional. Paulo Portas anunciou ontem que solicitou uma audiência ao Presidente da República para “colocar o problema das sondagens” e considerou que estas foram “uma viciação da vontade eleitoral”.

A verdade é que o CDS surge, desde há anos, nas sondagens com valores muito inferiores aqueles que garante nas urnas. Este não é apenas um problema do partido de Portas. Que o diga o PS, que pensava ganhar as eleições de domingo, à luz de inúmeras sondagens, e acabou por perder na verdadeira e única real sondagem.

Este não é um problema novo e tem origem na forma como são preparadas e realizadas as sondagens em Portugal. A maior parte ainda se faz através do telefone fixo, um sistema que era falível já há uma década atrás. Hoje ainda mais. Trata-se de um problema que urge ser resolvido pelas empresas do sector e pelas entidades que encomendam os estudos.

Portas sustenta a sua indignação, e a do partido, em algumas questões: “Quantas pessoas que gostam do CDS não ficaram em casa porque julgaram que o partido estava fraco? Quantas pessoas não votaram noutro partido porque julgaram que nós não elegíamos deputados? Quantas opiniões, quantos artigos, não foram publicados a dizer que o CDS ia morrer?”.

Já agora, uma pergunta que o presidente do CDS se esqueceu de acrescentar: Quantas pessoas foram às urnas votar no CDS para dar mais força ao partido, ajudando-o a eleger deputados e evitando a sua ‘morte’?

A sala vazia do PS

Aquela sala vazia, aquele silêncio, aquela debandada mostra que Sócrates, quando não tiver poder para distribuir lugares bem remunerados, será rapidamente esquecido.
Se fosse necessário perceber o incómodo que grande parte dos socialistas sentem por terem um secretário-geral com o curriculum de Sócrates…
A verdade é que o barulho que a propaganda faz leva muita gente a tirar conclusões erradas, julgando que o governo tem iniciativas.
Não tem, há muito que não sabe o que fazer, e que políticas deve desenvolver.
Há já países (França, Alemanha, Inglaterra, Itália) que dão sinais, embora ténues, de a economia estar a entrar num processo de recuperação. Nós vamos continuar a afundar, embora mais devagar, até meio de 2010, isto é, até que aquelas economias comecem a puxar pela nossa.
Quando se olha com atenção, tambem se percebe que são os países mais ágeis, que estão a dar sinais positivos, os países onde a economia não depende tanto do Estado, como por exemplo em Portugal e Espanha.
Esta situação de cerco pode levar Sócrates a fazer disparates, como os megaprojectos e tentar acelerar, com o objectivo de tornar mais dificil voltar atrás.
Esta obsessão, num homem que enterrou dinheiro no Europeu de Futebol em Estádios desnecessários, é muito preocupante!

Homenagem aos peões portugueses


via João Branco do «5 Dias»