Quem estaciona em cima do passeio é uma besta!

 
Hoje em dia, há pessoas que estacionam tão facilmente em cima do passeio como num lugar de estacionamento livre. O à-vontade é o mesmo, tanto na forma como se ocupa o passeio como no tempo que se demora a retirar o automóvel (muitas vezes só no dia seguinte para ir trabalhar).
Porque urge acabar com isso, Passeio Livre está a promover uma votação para escolher um autocolante a ser afixado pelos peões nos vidros dos carros abusadores. Lá, escolhi a proposta C ou D, as mesmas que dou à estampa aqui.
Porque, justifiquei, não podem ser mensagens muito complexas. Devem ser de fácil leitura, o mais directas possível. Todos sabemos que quem estaciona em cima do passeio não tem assim muita coisa lá dentro.

Bernard Madoff com 150 anos

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Bernard Madoff teve a sentença que se esperava. Foi condenado. E recebeu a sentença de 150 anos de prisão por ter cometido aquela que é considerada a maior fraude financeira da história. Milhares de pessoas, investidores gananciosos, claro, sairam a perder numa fraude de 65 mil milhões de euros, segundo o New York Times. Um balúrdio.

Mas por entre esses investidores gananciosos estavam algumas pessoas que tinham confiado no financeiro de sucesso para multiplicar as suas economias. Correu mal.

Madoff, que já tinha admitido os crimes de que era acusado, disse ao juiz que os seus actos não têm desculpa. Esperava 12 anos de prisão. Também aqui os seus cálculos saíram furados. Aos 71 anos, já deixou os luxos e vive agora numa cela, que será a sua casa até morrer. A mulher deixou o automóvel conduzido por um motorista profissional e viaja de metro.

Salvaguardadas as devidas diferenças, o caso Maddoff não anda assim tão longe do processo BPP. Como será em Portugal?

A linguagem técnica de Joel Santana

Joel Santana tem um excelente currículo como treinador de futebol. Quanto mais não seja por ter sido o único campeão estadual com os quatro grandes clubes cariocas: Vasco da Gama, Fluminense, Flamengo e Botafogo.

Agora, Joel Santana está a treinar a selecção da África do Sul, que recebe o Mundial do próximo ano. Para avaliar das condições de preparação, foi organizada a Taça das Confederações. O treinador brasileiro teve aqui a primeira oportunidade de testar as habilidades dos seus pupilos contra grandes selecções. E a África do Sul terminou em quarto lugar. Nada mau.

O mesmo já não se pode dizer do inglês de Joel Santana. O ‘mister’ bem se esforça para explicar o que aconteceu dentro das quatro linhas mas, na maior parte das vezes, não se sai bem…

Sivan Perwer: Iran music against the terror


Sivan Perwer é um músico iraniano e um activista político da causa curda.

O palhaço rico e o palhaço pobre

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Somos mesmo assim. Passamos a vida a queixarmo-nos da vidinha, das dificuldades, do dinheiro que não chega para nada, de que meia dúzia de coisas compradas no supermercado custam um balúrdio, do sol que faz, da chuva que veio. No entanto, somos felizes. Ou mentirosos.

O estudo “Necessidades em Portugal – Tradição e Tendências Emergentes” mostra um país socialmente muito frágil, pouco capaz de se mobilizar individual e socialmente. Mas com altos níveis de satisfação e felicidade.

Portanto, ficamos satisfeito com pouco e as queixas que apresentamos são apenas as necessidade de nos libertarmos de uma ou outra pequena agrura da vida. Ou somos mentirosos.

Somos assim, perfeitos na tradição dos pobretes mas alegretes. Sem ter onde cair morto mas contente por isso.

Se alguma dúvida houver, basta ver as famosas rábulas circenses do palhaço rico e do pobre. O pobre é quem tem as melhores piadas, é quem responde sempre à altura do rico, que sai dali valentemente gozado, embora, no fim, a música e a actuação final coloque os dois em pé de igualdade. É moralista mas parece ser o retrato do país. Os ricos existem e anda por ai, mas são os pobres que ficam com as piadas de qualidade e com a vida que vale a pena. Não têm dinheiro mas têm boa vida.

Nós, os portugueses, somos assim. Ficamos contentes com pouco. Ou somos mentirosos.