Livros em português para Timor

Recebi um mail de uma professora pedindo livros para Timor. Diz ela que a sua biblioteca pessoal não aguenta tantos pedidos e que pessoas que pretendem aprender ou melhorar o seu português a abordam solicitando livros. Transcrevo parte do mail:

“E O QUE MANDAR?

Mandem por favor livros de ficção, romances, novela, ensaio, livros

infantis etc, etc. Evitem gramáticas e manuais escolares. Dicionários,

mesmo que um pouquinho desatualizados são bem vindos. Este critério é

meu e explico porquê. Alguns timorenses (estudantes e não só) são um

bocado fixados em aprender gramática mas ainda não têm os skills

básicos de comunicação. Parece-me melhor ideia que possam ler outras

coisas, deixar-se apaixonar um bocadinho pelas histórias mesmo que não

entendam as palavras todas, do que andarem feitos tolinhos a marrar

manuais e gramáticas. O caso dos dicionários é outro. Um aluno, por

exemplo, usa um dicionário português-inglês para tentar adivinhar o

significado das palavras. Como o inglês dele tb não é grande charuto

imaginam como é a coisa.”

Os interessados devem enviar os livros para: Joana Alves dos Santos

Embaixada de Portugal em Díli

Av. Presidente Nicolau Lobato

Edifício ACAIT

Díli – TIMOR LESTE

Nos CTT, solicitando a tarifa económica para Timor, o envio de 2 Kg de livros custa 2,49 €.


Comments

  1. carolina santana says:

    não lhe passa pela cabeça o amor que sinto aos meus livrinhos, Pedro… Mas reconheço que a (des)carga tem um fundamento impreterível. ou a causa terá uma carga fundamental… e a desocupação de espaço também. lá estarei. obrigada.

  2. maria monteiro says:

    obrigada. Vou tratar dum envio

  3. Carlos Fonseca says:

    Pedro, vou vasculhar a minha “biblioteca” e, sem que isto signfique escolher lixo, enviarei alguns livros.

  4. Pedro says:

    Eu também vou fazer uma escolhazinha e mandar alguma coisa. Entretanto, o amigo que me enviou o mail da professora em Timor, reenviou-me esta incrível resposta que recebeu de alguém que confunde a árvore com a floresta e troca o principal pelo marginal. Omito a identificação da senhora porque, enfim, dizer asneiras em “privado” é uma coisa e em público é outra:

    “Já que não posso responder à própria, que nem se dignou a fornecer um contacto, aqui vai a minha apreciação, que talvez possam ir remetendo a quem vos enviou, até chegar à remetente:

    Primeiro: É lamentável que uma professora que actua numa universidade e sob a égide da Universidade do Porto, com um lugar de destaque no meio académico português, emita uma mensagem com linguagem tão “rasca”, para usar o seu tipo de terminologia. Parece, pelo que diz, que seja professora de Português, mas não esclarece. Se for, a situação ainda fica pior, pois tem responsabilidades no uso da língua.

    Segundo: Este tipo de ajuda é certamente benvinda, mas carece de um enquadramento formal/oficial, já que está a usar o endereço da Embaixada de Portugal. Uma coisa é receber por seu intermédio alguma correspondência pessoal, outra coisa é dispor dessa instituição do Estado Português para um acto que divulga publicamente. Não creio que a Embaixada aceite tal atitude de ânimo leve.

    Tudo isto retira credibilidade ao pedido e remete-o para o saco onde cabem as fraudes que todos os dias proliferam a web.

    Docente universitária e consultora em cooperação internacional”

    E pronto, temos que viver com esta gente que não faz nem deixa fazer (para não utilizar o equivalente “rasca” da expressão)

  5. carla romualdo says:

    e também assina “professora doutora”?

  6. Pedro says:

    carla romualdo :
    e também assina “professora doutora”?

    Com minúsculas não, de certeza, mas assinar só isso, parece-me pouco.

  7. Pedro says:

    Ah, Já agora, e no caso da Senhora Professora Doutora vir a ler estes indignos comentários:

    Ó Doutora, use o contacto da embaixada para responder directamente à sua “infame colega”. Olhe que o edifício não cai e as embaixadas servem também para apoiar e representar cidadãos.

    Acrescento os meus cumprimentos à Embaixada de Portugal em Timor Leste que -naturalmente está ao corrente da iniciativa, como é mais do que óbvio- cumpre o seu papel e apoia também desta pequenina, mas concreta, forma, a causa da lusofonia.

  8. carla romualdo says:

    E, já agora, sugiro-lhe que não confunda informalidade com “rasquice”, até porque também incorre no erro gramatical “benvinda” e não é por isso que deixa de ser docente universitária e consultora.

  9. Pedro says:

    Já tinha enviado, há algumas horas, um mail à senhora convidando-a a exprimir a sua posição aqui nestes comentários. Não o fez. Acabo de enviar um segundo mail. Tenho quase a certeza absoluta de que aqui virá. Espero que seja de novo tão lesta a criticar, desta vez publicamente.

  10. Diana Falcão says:

    Bom Dia, será que é possivel entrar em contacto com a professora que está a desenvolver o projecto?